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PL que fixa teto para ICMS deve passar por mudanças

Nesta quinta-feira, houve reuniões entre secretários de fazenda do Estado, senadores e ministro do STF para discutir perdas do Estados

Imagem ilustrativa da notícia PL que fixa teto para ICMS deve passar por mudanças camera Titular da Sefa, René Sousa participou de audiências com senadores e o STF em Brasília | (Divulgação)

O governo federal não pretende acatar nenhuma proposta que aporte a ideia de criação de um fundo para compensar eventuais perdas de receita dos Estados, caso o Senado Federal confirme o texto aprovado pela Câmara dos Deputados do projeto de lei complementar 18/2022. A informação foi dada pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), ao final da reunião com os secretários de Fazenda dos estados e o relator do PL no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Paul Prates foi indicado pela minoria na Casa para ser o interlocutor e conciliador nas reuniões que tratam da proposta que limita a cobrança do ICMS sobre combustíveis e gás natural, telecomunicações, energia elétrica e transporte coletivo.

De acordo com o parlamentar, a tendência é que os senadores aprimorem o gatilho já aprovado pela Câmara para cobrir queda na arrecadação dos entes. Os secretários já haviam se reunido com o relator da proposta na terça, 31 de maio, e ficaram de formalizar sugestões ao texto. Prates enfatizou que ainda estão pendentes vários pontos que precisam ser negociados com o governo. Ele disse que o grupo de senadores quer “uma solução que realmente funcione” e consiga frear a escalada de preços.

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O relator Fernando Bezerra confirmou a informação e descartou a possibilidade de incluir na proposta a criação de uma conta para compensar perdas de arrecadação dos estados com a medida. Bezerra disse ser possível votar a proposta no Senado na próxima semana, ficando a votação final na Câmara para a semana seguinte. Ele informou que levaria as propostas apresentadas ontem pelo Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz) para a equipe econômica do governo. Uma dessas propostas é exatamente a inclusão de uma forma de compensação pelas futuras perdas de arrecadação.

O Comsefaz estima que o projeto pode provocar perdas anuais de R$ 64,2 bilhões a R$ 83,5 bilhões aos governadores, o que prejudicaria os serviços públicos estaduais e municipais – já que as prefeituras recebem 25% da arrecadação do ICMS. Para os secretários estaduais, o aumento nos preços dos combustíveis é causado pela alta do dólar e pelas consequências econômicas da guerra na Ucrânia – e não pela tributação, que está congelada desde o ano passado.

Segundo o senador Prates o projeto de lei 18/2022 representa apenas um paliativo diante do problema real e pode criar distorções permanentes. Prates acredita que a proposta que está em discussão no Senado deve resultar em redução de cerca de 10 a 18 centavos no preço dos combustíveis. “Trabalhamos numa dimensão diminuta do problema, não estamos trabalhando na política de preços de combustíveis para o país como deveríamos. As mudanças que estão sendo propostas [seriam] permanentes no código tributário. Essa não é uma medida circunstancial”, argumentou.

CONCILIAÇÃO

Antes do Senado, os secretários estaduais participaram de uma reunião de conciliação com o ministro André Mendonça, no Supremo Tribunal Federal (STF). Em reunião presencial no plenário da Suprema Corte, em Brasília, estiveram presentes os secretários de Fazenda de 21 estados, entre eles o titular da Sefa do Pará, René de Oliveira e Sousa Júnior.

O objetivo do encontro era o de buscar um consenso entre estados e União sobre as cláusulas de um convênio firmado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que autoriza os Estados a dar descontos nas alíquotas de ICMS sobre o óleo diesel. A decisão de André Mendonça, que é relator da ação direta de Inconstitucionalidade (ADI 7164) proposta pelo governo federal que discute o referido convênio que regulamentou a alíquota do tributo nos combustíveis, foi de determinar a criação de uma comissão composta por cinco representantes dos Estados e cinco representantes da União para buscarem uma proposta consensual entre as partes.

A comissão deverá apresentar até o dia 14 deste mês, uma proposta de conciliação. A proposta conciliatória a ser apresentada deve contemplar também a determinação de não ampliação da base tributária, a monofasia -mecanismo semelhante à substituição tributária, pois atribui a um determinado contribuinte a responsabilidade pelo tributo devido em toda cadeia de um produto ou serviço - e a essencialidade dos combustíveis, já visando a discussão do projeto de lei complementar 18/2022, que coloca os combustíveis como bens essenciais e obriga aos estados e Distrito Federal promoverem a redução do ICMS. “Foi dado um passo inicial numa possibilidade de composição geral”, informou ao DIÁRIO o secretário de Fazenda do Pará, René Souza Júnior.

“Estamos cientes de que os estados terão que dar sua cota de contribuição, e por essa razão, vemos como positiva a conversa que tivemos com o ministro Mendonça que mostrou estar disposto a encontrar um ponto de equilíbrio”, informou, antecipando que os estados devem decidir pela revogação do contrato que deu causa à ação direta de inconstitucionalidade (ADI) da qual Mendonça é o relator. “Mas sentimos que há boa vontade por parte do ministro em buscar soluções justas para os estados. Por essa razão vamos continuar conversando com o STF”, concluiu.

Grupos

discussão

 O secretário René de Oliveira Souza Jr participa dos dois grupos de discussão sobre as propostas para reduzir as tarifas de combustíveis. O titular da Secretaria de Fazenda do Pará representa os estados da Região Norte e está entre os cinco representantes de estados com assento nessas duas composições que negociam com o STF; Senado Federal; Advocacia Geral da União; vice-procuradora-geral da República, representada por Lindora Araújo; representantes do Ministério da Economia; entre outros.

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