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SAÚDE

Redobre os cuidados com o Aedes aegypti

Período chuvoso traz alerta sobre o mosquito que transmite a dengue, zilka e a chikungunya, doenças que podem levar o paciente à morte. No ano passado, quase 3 mil casos de dengue foram registrados no Pará

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Imagem ilustrativa da notícia Redobre os cuidados com o Aedes aegypti camera É importante limpar terrenos, com o recolhimento de resíduos que podem acumular água | Oswaldo Forte/Agência Belém/Arquivo

Com a chegada do período chuvoso, o estudante Daniel Ferreira, 21, já começou a ficar mais atento com a limpeza da casa onde mora, em Icoaraci, distrito de Belém. No imóvel funciona ainda um salão que aluga para eventos particulares e a sujeira após as festas chega até o quintal do terreno. Copos e colheres descartáveis são despejados ali, assim como embalagens plásticas. “Tudo isso acumula pequenas poças de água e se a gente não recolher logo, surgem as larvas do mosquito Aedes aegypti. Dentro de casa não temos vasos de plantas para evitar acúmulo de água também”, destacou o rapaz.

Ele ainda não teve nenhuma doença que é transmitida pela picada do mosquito, como dengue, zika e chicungunya. “Mas cresci ouvindo a vizinhança relatando casos. Então, quando eu cuido do meu quintal e de casa, estou cuidando também da saúde deles. Já não basta o surto de gripe e as variantes do coronavírus, que a gente se preocupa da hora que acorda até a hora de dormir”, comentou Daniel.

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A preocupação dele está correta, afirma o coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD) da Secretaria Municipal de Saúde de Belém, Tadeu Morais, que destaca que os quatro primeiros meses do ano são os mais críticos no que se refere ao aumento de casos de dengue em Belém.

“No ano passado tivemos 600 casos confirmados. Isto foi três vezes mais que em 2020, quando tivemos 192 casos confirmados”, apontou Tadeu. “Não estamos falando das subnotificações e nem dos pacientes que foram acometidos pela dengue, mas que acabaram não procurando atendimento especializado”, pontuou.

Em todo território paraense 2.992 casos de dengue foram confirmados ao longo de 2021, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O número de pessoas que tiveram a febre chikungunya chegou a 107 e o de pacientes de zika, 28.

O levantamento de casos de dengue nesta primeira semana de 2022, na capital, ainda não foi computado pela Sesma. “Assim que a semana encerrar nós faremos as análises para reforçar o planejamento de enfrentamento a dengue – não somente a dengue, como também a zika e a chikungunya”, frisou Tadeu. Essas doenças têm sintomas parecidos, segundo a comunidade médica. Pesa ainda o fato de a capital paraense estar enfrentando um surto de síndromes gripais e covid-19.

BAIRROS

Entre os bairros que mais preocupam a Sesma estão Barreiro, Pedreira, e Marancagalha, pois apresentam os maiores índices de casos de dengue no ano passado. “Somente no Barreiro foram 70 casos confirmados”, enumerou o coordenador.

Os bairros do Jurunas e Guamá também nos preocupam porque são bastante populosos. No mês passado tivemos uma ação mais intensa no Jurunas”, disse.

ORIENTAÇÕES

Entre as orientações que ele repassa está a limpeza da casa e dos terrenos, com o recolhimento de resíduos que podem acumular água. “Higiene e evitar acúmulo de água parada. Nossos agentes de saúde estão nas ruas e estamos levantando índices de criadouros do mosquito para ser combatido.

Pará

Total de casos de doenças provocadas pelo Aedes aegypti em 2021:

Dengue - 2.992

Febre chikungunya -107

Zika -28

Fonte: Sespa

Sintomas das doenças

Dengue: Febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas, manchas vermelhas na pele. Sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

Zika: Dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

Febre Chikungunya: Febre, dores intensas nas articulações de pés e mãos, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.

Fonte: Ministério da Saúde

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