Cerca de 1.5 milhão de pessoas serão atingidas pela greve dos rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba, decidida após Assembleia Geral realizada na tarde desta quarta-feira (26). A categoria cruza os braços a partir da meia noite desta quinta (27). A decisão foi unânime. Cerca de 10 mil rodoviários decidiram pela paralisação por tempo indeterminado.
A categoria alega que tem mantido diálogo com a patronal em busca da manutenção dos direitos trabalhistas há dois meses, porém, as exigências não foram atendidas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Altair Brandão, os trabalhadores amargam uma falta de reajuste desde 2019, por isso acatar a proposta oferecida seria insustentável.
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A proposta oferecida pela patronal consistia em repassar o dinheiro da saúde da clínica, do centro de formação e o ticket desde que a categoria aceitasse a suspensão das negociações pelo período de até seis meses ou até que acabasse a pandemia, mas Brandão reafirma que, além da falta do reajuste e do aumento real, os trabalhadores têm enfrentado atrasos no pagamento e no fornecimento do ticket.
Outra exigência feita pelos rodoviários era o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) que garantissem a segurança dos funcionários em meio à pandemia da Covid-19, como máscaras adequadas e telas ou cortinas divisórias para as cabines dos condutores.
“Foram irredutíveis. Não querem conceder também o aumento porque dizem estar no prejuízo”, explica o presidente do Sindicato. "Infelizmente somos contra a greve. Principalmente para a população que é prejudicada. Nós tentamos negociar até o final, pelo menos que saíssemos do zero, para que pudéssemos discutir ou adiar a paralisação, mas não foi possível. Eles (a patronal) decidiram uma posição e não saíram dela", lamenta.
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