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Dia das Mães: a inesquecível experiência da gestação

As transformações vividas durante a gravidez vão muito além do físico e passam também pela maneira de encarar a vida, de perceber o mundo, as prioridades. Mulheres falam sobre esta experiência

Imagem ilustrativa da notícia Dia das Mães: a inesquecível experiência da gestação camera Delianne Limaespera pela chegada de Maria | Arquivo Pessoal

O momento da confirmação da presença de uma nova vida em formação é apenas o início de transformações que vão além das mudanças físicas. Para muitas mães, o momento da espera pelo nascimento de um filho é também o de apresentação a uma nova maneira de encarar a vida, de perceber o mundo, as prioridades e, naturalmente, também os medos.

Em meio à surpresa pela confirmação da gestação da primeira filha, a Diretora de Arte Delianne Lima, 31 anos, vivenciou um processo de aceitação de uma mudança que ocorre nos diferentes aspectos da vida quando se torna mãe. Aos nove meses da gestação de Maria, ela vem conhecendo, dia a dia, os efeitos da maternidade. “Não é só depois do nascimento que a vida muda, muda tudo desde o processo da gravidez. Fiquei bem assustada de início, mas depois fiquei bem feliz”, recorda. “A gente imagina que as coisas mudam quando a gente começa a gerar uma vida, mas não que muda tanto. A mudança é física, claro, visível para os outros, mas também uma mudança interna, hormonal que mexe com a tua cabeça e com o seu psicológico”.

Diante de uma gestação muito tranquila, Delianne conta que viu o próprio corpo chegando a níveis extremos que nunca imaginou que seriam possíveis. Já no nono mês, junto com a expectativa crescente pela chegada da primeira filha, vem também o cansaço físico e mental, a dificuldade para dormir. Mas, para além disso, o que chega também é um outro olhar até mesmo sobre momentos e situações corriqueiras e que, até então, eram conhecidos apenas sob uma única ótica.

Se antes, Delianne estava habituada a vivenciar a celebração pelo Dia das Mães, comemorado hoje, como um momento de homenagem ao outro, neste ano, pela primeira vez, ela sentirá a emoção de também estar entre as mulheres que são o foco da data comemorativa. “Quando eu penso no Dia das Mães, só me vem à cabeça a minha mãe, a minha sogra. E esses dias eu estava pensando nisso, que agora eu também sou mãe. É estranho, vai ser diferente, mas é uma mudança bacana”.

Vivendo cada mudança a seu tempo, Delianne conta que, agora, na reta final da gestação, o motivo de maior ansiedade é pelo momento do encontro entre mãe e filha. “É o que mais me dá ansiedade e curiosidade, além da expectativa de saber como vai ser a dor de parto, já que vai ser um parto natural”, conta. “Eu tenho muita curiosidade para saber como vai ser o rostinho dela, fico conversando com ela o tempo todo. O que eu espero é que ela tenha tudo de bom nesse mundo. O melhor que eu puder oferecer, eu vou dar, de todas as formas, principalmente em relação à qualidade de presença”.

Erika Santos
📷 Erika Santos |Arquivo Pessoal

A possibilidade de uma vida plena e com o melhor que o mundo possa oferecer também é o desejo da jornalista Erika Santos, 33, desde o momento em que soube da vinda da Duda. Não foi preciso muito tempo para que ela percebesse que, a partir daquele início de dezembro de 2020, quando recebeu a confirmação da gestação, tudo passaria a ser diferente. “Estou com 33 anos e apesar disso nunca tive aquela certeza de que queria ser mãe, mas eu também não tinha aquilo de ‘não quero’. No final do ano, ela veio e é incrível porque, mesmo sem estar preparada, eu senti que mudou tudo, é uma transformação absurda”, lembra. “Claro, a gente fica cheio de medo, tanto do mundo violento, quanto da pandemia. A gente fica com medo de tudo, mas ao mesmo tempo a gente se sente muito forte, muito capaz”.

A força sentida pela jornalista diante da experiência única de gerar uma vida se traduz em zelo por questões que, antes da gestação da primeira filha, não eram encaradas com tanta preocupação. “Se eu entro no Uber e percebo que o motorista está dirigindo muito rápido, eu já fico desesperada. A gente fica com medo de que aconteça algo com a gente porque a gente não quer que nada aconteça com o bebê que está ali no nosso ventre, a maior preocupação passa a ser o bebê”, conta. “As nossas mães falam para a gente que muita coisa a gente só vai saber quando for mãe e eu estou começando a sentir isso agora. Principalmente sobre essa questão de priorizar o filho”.

Se mesmo antes de conhecê-lo, o bebê que vem sendo gestado já passa a ser a prioridade da vida, Erika imagina como deve ser após o nascimento. Na 26ª semana de gestação, a jornalista ainda tem cerca de três meses de preparação para o nascimento da Duda. Quando o grande dia chegar, o que ela espera é que a filha chegue a um mundo um pouco melhor. “Fico imaginando como ela vai ser e perguntando para a minha mãe como eu era bebezinha. Estamos naquela fase de organizar as coisas, o enxoval e já fico imaginando o bebezinho dentro das roupinhas. Ontem (terça-feira) a minha sogra enviou um presente pelo primeiro Dia das Mães e já fiquei muito emocionada”, lembra. “Eu espero que ela possa vir no tempo dela, que ela chegue saudável e, como estamos vivendo esse momento de pandemia, eu queria muito que até lá a situação estivesse um pouco melhor. A principal coisa é que ela chegue bem”.

A espera de Jocileide Portela Teixeira Dias Sá, 33, é permeada pela preocupação não apenas com o bebê que se forma em seu ventre, mas com o filho mais velho, o João André, de três anos. Ainda que a experiência da gravidez já tenha sido vivenciada durante a gestação do primeiro filho, a dona de casa lembra que a confirmação de uma nova vida reforçou as mudanças provocadas pela maternidade na forma de encarar a vida. “A nossa vida passa a girar toda em prol desse novo membro que vai chegar. Quando a gente gera uma vida, se torna mãe, passa a pensar a vida mais coletivamente, com mais sensibilidade em relação ao outro”, diz. “Assim que eu tive a confirmação, tanto na primeira gravidez, quanto na segunda, a gente já sente um amor inexplicável. A gente ama intensamente uma pessoa que a gente nunca viu”.

Ainda no processo de escolha do nome que identificará o irmãozinho de João André, Jocileide conta que ela e o esposo, José Enilson, fazem questão de aproveitar cada momento com o filho mais velho enquanto ele ainda pode ter a atenção quase exclusiva. Após o nascimento do segundo filho, a expectativa é de que o amor entre a família se multiplique e se fortaleça ainda mais. “É uma expectativa muito boa, uma alegria sem fim. A possibilidade de esperar a chegada de um filho faz com que a gente se torne menos egoísta, passa a ter uma visão mais generosa do mundo”.

Servidora vê a espera pela chegada do terceiro filho como motivo de esperança

A expectativa por dias melhores acompanha a servidora pública Maria Elane Gadelha Costa, 43, durante a gestação do Edgar. Mãe do Samadhi, de 16 anos, e do Ettore, de seis, a servidora pública vê a espera pela chegada do terceiro filho como motivo de esperança por uma realidade mais tranquila do que a vivenciada atualmente. “O momento que a gente vem passando é de medo, de angústia pelo contexto todo. Gestar uma vida nesse momento é assustador, mas ao mesmo tempo renova a esperança de que as coisas vão ser melhores. A expectativa é de que dias melhores virão”, avalia, ao contar que as transformações da própria gestação são vivenciadas em meio à necessidade de conciliar a rotina de trabalho e o curso de mestrado. “Apesar de ser a terceira gestação, a emoção é a mesma, a sensibilidade fica mais aflorada e os dias vão passando diante do trabalho, que não tem como parar, tentando conciliar com o estudo e pesquisa”.

Maria Elane
📷 Maria Elane |Arquivo Pessoal

Iniciando a 19ª semana de gestação, Elane conta que cresce a expectativa pela possibilidade de ver os movimentos do bebê mais bem definidos nos exames de ultrassom. À medida que as semanas se completam, aumenta a expectativa para conhecer o filho gestado com tanto amor. “A gente vê mudanças do corpo, vai se adaptando às transformações e a ansiedade é total de encontrar pela primeira vez, tentar entender como vai ser esse momento. Com os outros também foi assim, entrega integral”, lembra.

Considerando que toda a família é envolvida pelas expectativas geradas pelo nascimento de uma criança, Elane lembra que as mudanças ocasionadas pela chegada de um novo membro na família são sentidas não apenas pelos pais, mas também pelos irmãos do bebê que chega. “Para os dois é uma expectativa diferente. O Samadhi já tinha passado por isso, mas o Ettore está vivenciando pela primeira vez a experiência de dividir a atenção com o irmãozinho”, considera. “É uma mudança em todos os aspectos, tanto do comportamento da criança, quanto do humor da criança que às vezes muda também, a expectativa de saber como vai ser o irmãozinho. Mas a família toda acolheu com muito carinho.”

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