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PERIGO

Máscaras e distanciamento são ignorados em feiras de Belém

Equipe de reportagem do DIÁRIO viu nesses espaços negligencia nos cuidados contra a Covid-19, tanto nos feirantes quanto em muitos frequentadores

Imagem ilustrativa da notícia Máscaras e distanciamento são ignorados em feiras de Belém camera Flagrantes do DIÁRIO mostram aglomerações nas feiras | Mauro Ângelo

Em grande parte das feiras de Belém, o uso de máscaras e o distanciamento social - medidas essenciais para a prevenção da Covid-19, que já matou cerca de 365 mil pessoas no país – estão cada vez mais raros. Mas não são só os feirantes que estão deixando esses cuidados de lado. Muitos consumidores também dispensam essas proteções fundamentais ao irem às compras.

Foi o que se viu na manhã de ontem (15) na Feira do Jurunas, uma das maiores da capital. No local, grande parte dos comerciantes não faz uso da máscara. A maioria deles, por acreditar que estão livres da contaminação pelo vírus mortal. O mesmo ocorre com ambulantes que circulam na área, principalmente na Avenida Fernando Guilhon, próximo ao Posto de Saúde do bairro. Vendedor de frutas nessa área há mais de 15 anos, o feirante que se identificou apenas como “Carlos”, contou já ter tido covid no ano passado e que por isso já não teme o vírus. Informado que ele poderia ser reinfectado, ele respondeu que não acreditava.

Na Feira do bairro da Marambaia, a situação se repetiu. No entanto, lá chamou atenção o fato de os clientes optarem pelo uso da máscara, enquanto feirantes negligenciam esse item. No local também havia alguns pontos de aglomeração em frente às barracas.

Na Feira do Barreiro, especialmente na parte que fica próxima ao canal, a aglomeração é visível e o uso de máscaras tanto por consumidores quanto por trabalhadores é dispensado. A ausência do item leva os frequentadores da feira a olhar com desconfiança para a equipe de reportagem, indicando que existe sim uma consciência de que estão deixando de cumprir o decreto em vigor, que determina o uso de máscara e o distanciamento social, mesmo em áreas públicas e abertas, como é o caso de feiras.

Pessoas conversando sem máscaras
📷 Pessoas conversando sem máscaras |Mauro Ângelo

Na feira do bairro da Cremação, a maioria dos feirantes faz uso da máscara, especialmente aqueles que estão organizados nos boxes de venda. O problema no local fica por conta dos frequentadores. “Tem muita gente que vem aqui só para passear, beber, não vem comprar nada na feira e fazem questão de ficar sem máscara colocando a vida de quem está aqui trabalhando em risco”, denunciou uma trabalhadora do local, que preferiu não se identificar. Ela acrescentou ainda não ter visto fiscalizações sobre essa questão.

O vendedor de farinha Edvaldo Seixas trabalha há 15 anos no local. Ele diz que os feirantes estão bem conscientes sobre a necessidade do uso de máscara. “Aqui todo mundo usa, inclusive no ano passado tiveram alguns feirantes que ficaram doentes, mas este ano não soube de nenhum, porque todos estão cumprindo as regras de prevenção”, garantiu.

Em nenhuma das quatro feiras visitadas pela equipe de reportagem foi encontrada fiscalização da prefeitura relacionada ao cumprimento das medidas de prevenção contra o coronavírus.

Nos bairros, aglomerações são comuns

Na quadra Eduardo Angelim, que fica na travessa Alferes Costa, esquina com a rua Antônio Everdosa, no bairro da Pedreira, em Belém, a aglomeração de pessoas no local tem sido rotineira, assim como nas demais parte do logradouro, com a maioria sem usar sequer a máscara de proteção.

Nas ruas, jovens se aglomeram sem máscaras e praticam atividades esportivas próximos
📷 Nas ruas, jovens se aglomeram sem máscaras e praticam atividades esportivas próximos |Celso Rodrigues

Segundo os moradores das proximidades da praça, as práticas esportivas são comuns durante todos os dias, mesmo sendo proibidas pelo decreto estadual. Na Terra Firme, a quadra esportiva que fica ao redor do canal próximo ao antigo curtume no local, é disputada entre homens e mulheres nas partidas de futebol. A mesma movimentação foi registrada no populoso bairro do Guamá. As ruas, como ao redor do canal do Riacho Doce, eram feitas de quadra esportiva com inúmeros jovens jogando futebol. As vias também são tomadas por pessoas, inclusive crianças, andando pela rua sem máscaras, entre outras medidas de prevenção ignoradas. “Estou em frente à minha casa apenas por um momento. Quando tenho que sair de casa para ir trabalhar ou ir num supermercado, claro que uso máscara e tomo outros cuidados”, se justificou Adelina Melo, 38 anos, doméstica.

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