A Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da capital do Ministério Público do Estado do Pará divulgou, nesta semana da mulher, um relatório sobre os atendimentos realizados a mulheres que sofreram violência no ano de 2020. Ao todo, 4.712 vítimas foram atendidas pela Promotoria.
Os dados mostram que fatores como baixa renda, pouca escolaridade e filhos no relacionamento são comuns entre as vítimas de violência doméstica e os agressores.
Cerca de 40% das mulheres afirmaram não ter renda nenhuma e 51% têm pelo menos um filho com companheiro violento. Além disso, um terço das vítimas e dos agressores não terminou o ensino fundamental.
Acesse aqui o relatório completo
Nos atendimentos feitos pelo MP, mais da metade das vítimas contou que os episódios de violência eram frequentes e ocorreram durante o relacionamento atual. Já no caso dos agressores, 51% deles eram ex-companheiros das mulheres agredidas e somente 37% estavam em algum relacionamento com as vítimas. Os bairros com maiores incidências de casos de violência contra a mulher são: Jurunas, Guamá e Pedreira. Entretanto, caso de violência doméstica foram outros bairros também.
Além de disponibilizar o relatório com dados anuais sobre a violência doméstica, a Promotoria de Justiça da Mulher também participou de uma reunião virtual com deputadas e com representantes de outros órgãos para discutir políticas públicas de enfrentamento a violência contra mulher.
“Quando as mulheres procuram a Promotoria de Justiça, elas querem um local que elas possam sair da casa do agressor e ficar com seus filhos. É preciso uma política pública que dê casa para as mulheres. Precisamos estimular os empresários com redução de impostos para que eles possam qualificar e empregar as vítimas, pois o empoderamento econômico é uma forma delas se livrarem da violência doméstica”, explicou.
No evento online, o promotor de Justiça Franklin Prado falou sobre a importância de políticas públicas para dar habitação e fonte de renda às mulheres que sofreram violência, pois muitas delas dividem o mesmo teto com seus agressores devido à dependência financeira.
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