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'Sentimento de Justiça acalma o coração': o desfecho do crime para a família do paraense João Sabóia

Passados quase 22 anos do crime, a família do paraense celebra a Justiça com a prisão do assasino.

Imagem ilustrativa da notícia 'Sentimento de Justiça acalma o coração': o desfecho do crime para a família do paraense João Sabóia camera Reprodução

Passados quase 22 anos, a família do economista e antiquário paraense João Alberto de Azevedo Sabóia, celebra o desfecho do crime com a prisão do assassino Márcio Fonseca Scherer, 49 anos. Em entrevista exclusiva ao DOL, neste sábado (27), o sobrinho Jacob Serruya Neto revela o sentimento de Justiça e relembra o perfil do tio.

'Sentimento de Justiça acalma o coração': o desfecho do crime para a família do paraense João Sabóia
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"Ainda que passados quase 22 anos do assassinato, nunca desistimos que ele (Scherer) seria capturado. Confiamos na Justiça dos homens e, principalmente, na Justiça de Deus. Mesmo tarde, a Justiça será feita e ele pagará pelo crime que cometeu", diz Jacob.

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O sobrinho lembra que o tio era uma pessoa querida por todos, que gostava de estar na companhia de seus familiares e amigos. "Era uma pessoa que cuidava da sua mãe, de seus irmãos e de seus sobrinhos. Todas as pessoas que o cercavam o adoravam. Ele não merecia uma covardia dessa", acrescenta.

Com a prisão do assassino, a família diz que acompanhará o caso de perto. "Nada tratá nosso amado tio João de volta, mas o sentimento de Justiça acalma nossos corações. Foi um crime de repercussão mundial, ele não passaria impune. Pretendemos mandar um advogado ao RS para acompanhar de perto o caso e para que possamos estar cientes dos acontecimentos", garante o sobrinho.

ARTISTA, MODELO E ASSASSINO

Natural de São Leopoldo, Scherer é de uma família tradicional da cidade. Foi criado pelos avós, é bisneto de Theodomiro Porto da Fonseca, prefeito do município por 16 anos (1928-1944) e neto do general do Exército Mário Fonseca. Segundo o advogado, residia em São Leopoldo há 18 anos. Casou, teve dois filhos, vivia com a família e mantinha uma rotina discreta no Cristo Rei, bairro de classe média alta, a duas quadras da 1ª Delegacia de São Leopoldo

Scherer viveu por oito anos no Rio de Janeiro na década de 1990. Era artista plástico, modelo e tentava decolar na carreira de ator. Em 1996, chegou a fazer figuração para a novela Salsa e Merengue, da Rede Globo. Circulando na elite carioca e conhecido por artistas, em março de 1999, Scherer, então com 27 anos, viajou para os Estados Unidos como acompanhante do milionário João Sabóia.

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O gaúcho recebeu US$ 500 por cada um dos nove dias que passaria com o empresário nos EUA num roteiro que incluía seis dias em Atlantic City e três em Nova York. Na última etapa da viagem, após uma discussão, Scherer matou Sabóia dentro do luxuoso Hotel Waldorf Astoria.

Temendo ser julgado pela justiça americana, adiantou o retorno ao Brasil e fugiu para o Rio Janeiro, onde assumiu a autoria do crime. O corpo do empresário só foi encontrado no dia seguinte. O crime foi julgado pela justiça brasileira por tratar-se de um caso de extraterritorialidade condicionada — quando um brasileiro mata outro brasileiro no Exterior, o processo é de competência do local de residência do réu.

Na denúncia do Ministério Público consta que, após matar o empresário, Scherer roubou aproximadamente U$$ 30 mil, relógios, joias, bolsa de viagem e passagem aérea de retorno ao Brasil. A Justiça do Rio de Janeiro entendeu que o caso se tratava de um latrocínio – roubo com morte – e em 2002 condenou o réu a cumprir 22 anos em regime fechado.

O ASSASSINATO

A discussão que culminou com o assassinato do empresário iniciou por Scherer ter feito um programa com outra pessoa em Nova York. Na versão sustentada pela defesa, a briga começou por ciúmes.

Sabóia teria pego um furador de gelo e atacado Scherer, que teria sofrido um corte na mão direta. No segundo golpe, o réu teria revidado e atingido uma das artérias carótidas da vítima. Sabóia morreu no local e o corpo só foi encontrado quando amigos do empresário.

"Esse era o típico crime para ir ao Tribunal do Júri, ele não negou o fato, mas negava o roubo. Ele não matou para roubar, matou se defendendo de uma agressão entre pessoas que estavam se relacionando no Exterior. Não havia intenção nenhuma na morte, ele já havia recebido pela viagem, foi uma ação provocada por uma irritação de João", sustentou Paulo Gall, advogado de Scherer.

E AGORA?

O mandado de prisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é válido até 2023 – quando a pena seria prescrita. Scherer permanece detido na DPPA de Novo Hamburgo aguardando vaga no sistema prisional.

Ele deve ser levado para penitenciárias de Sapucaia do Sul ou Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Quando cumprir um sexto da pena, Scherer poderá pedir progressão para o regime semiaberto. Se tivesse ficado na prisão, já poderia estar livre.

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