Nesta quinta-feira (25) completa um mês da tragédia envolvendo um ônibus que saiu de Ananindeua, na Grande Belém, com destino final a Balneário Camboriú, em Santa Catarina. No acidente na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná, 19 pessoas morreram e 33 ficaram feridas.
Andréa Alessandra da Rocha Lêdo é uma das sobreviventes. Atualmente, ela está em Joinville, e, lamenta a falta de apoio por parte da empresa de turismo TC Pires da Cruz.
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"Não recebemos nenhuma ajuda. Somente a seguradora me procurou, fez uma ligação, me pediu um tempo, que ia retornar para conversarmos, mas ainda não me procurou. Mas, a própria empresa mesmo, nenhuma ajuda, nenhuma ligação, nenhum Whatsapp, absolutamente nada", lamenta.
Precisando de ajuda, Andréa tem contado com o apoio de familiares para tentar refazer a vida. "Eles estão me ajudando, porque no sentido de ajuda financeira ou apoio moral por parte da empresa, não veio nada. Nesse momento, todos os sobreviventes que eu tenho contato contam com o apoio moral e financeiro das famílias e amigos", relata ela.
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A tragédia gerou comoção nacional. No ônibus, haviam 53 passageiros, que percorreram mais de 3 mil quilômetros em busca de oportunidades para melhorar de vida no Estado de Santa Catarina, no Sul do Brasil.
Andréa tem grandes esperanças para o futuro, que incluem saúde e trabalho. "Da empresa eu espero apoio moral e financeiro. Tem pessoas que estão com muita dificuldade por não poder trabalhar. Eu graças a Deus, estou com o apoio da minha família. Do futuro, espero recuperar minha saúde e voltar a trabalhar", conclui.
Em nota, a empresa TC Pires da Cruz informou que "permanece prestando toda a assistência às vítimas do acidente ocorrido. A seguradora contratada pela empresa está promovendo suporte a essas vítimas e familiares, inclusive, já realizou entrevista social com grande maioria dos envolvidos, para ponderar as necessidades individuais de cada um, em busca de uma solução efetiva".
A empresa disse ainda, que "dispõe de relatórios circunstanciados, com todas as medidas de amparo às vítimas realizadas até o presente momento, devidamente acompanhados de seus respectivos comprovantes de despesas, cujo montante dos valores, até então, importa em R$103.158,49".
A TC Turismo afirmou que "cada caso é analisado com as suas peculiaridades e resultam em desfechos distintos, em tempos igualmente distintos, dado a urgência prioritária no trato de uma ou outra demanda, sem é claro, minimizar a dor e a necessidade de todos os envolvidos" e "nega veementemente qualquer acusação de estar sonegando apoio às vítimas e está à disposição para quaisquer outros esclarecimentos".
DESPEDIDA
Os 18 corpos foram levados ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) por um caminhão cedido pelo Corpo de Bombeiros. Ao saírem do aeroporto, foram homenageados pelos inúmeros familiares que estiveram no local.
No CPCRC, a direção montou o esquema para o recebimento dos corpos, assim como plantonistas durante a madrugada para atender os familiares para a rápida liberação. A estratégia faz parte das ações do Governo em ajudar na celeridade do caso, que incluíram o custo do traslado dos corpos, entre outras ajudas aos familiares.
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