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CONCLUSÃO DA CORREGEDORIA DA PM

Assessor do PGJ Gilberto Martins é denunciado à Justiça por intimidar policiais

Caso ocorreu durante ações da operação "Quimera", em outubro de 2020, que apurava desvios na saúde pública da gestão de Zenaldo Coutinho

Imagem ilustrativa da notícia Assessor do PGJ Gilberto Martins é denunciado à Justiça por intimidar policiais camera Vídeo mostra Geomarcio em atitude vista como intimidatória ao trabalho policial | Reprodução

A Corregedoria Geral da Polícia Militar do Pará concluiu que há indícios de crime e transgressão da disciplina policial militar no caso de tentativa de obstrução à Justiça cometida pelo tenente-coronel da Polícia Militar Afonso Geomárcio Alves dos Santos durante uma operação de busca e apreensão para investigar desvios de verbas da saúde na gestão do ex-prefeito Zenaldo Coutinho. O caso ocorreu em outubro de 2020.

PM é acusado de intimidar equipe policial que fez busca e apreensão na casa da sogra do PGJ Gilberto Martins. Veja o vídeo!

Nota de Gilberto Martins, chefe do MPE, traz omissões e contradições

A tentativa de obstrução foi cometida no dia 9 de outubro, quando agentes da Polícia Civil cumpriam ações da operação “Quimera”, que investiga superfaturamento e fraudes de mais de R$ 1 milhão na compra de respiradores por parte da gestão de Zenaldo Coutinho na prefeitura de Belém.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais em um dos endereços de Sérgio Amorim, então titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), no bairro de Nazaré, o tenente coronel da PM Afonso Geomárcio apareceu no local e começou a intimidar os policiais que realizavam a operação.

De acordo com a delegada de Polícia Civil Daniela Borges Vasconcelos, que registrou um boletim de ocorrência na época, o tenente-coronel chegou ao apartamento filmando, com um telefone celular, a delegada e os demais participantes da operação. Geomarcio também pediu a identificação de todos, sendo repreendido pelos policiais civis.

SUBORDINADO DO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA

O tenente-coronel Afonso Geomárcio Alves dos Santos, na época do fato, era lotado no gabinete do procurador geral de Justiça, Gilberto Martins, que, por sua vez, é cunhado do ex-secretário Sérgio Amorim, alvo da investigação.

Em gravação feita pelos policiais civis que cumpriam os mandados, Geormacio é indagado sobre o motivo dele estar filmando a equipe. O tenente-coronel respondeu que estava cumprindo ordens do “doutor Gilberto”, em possível referência a Gilberto Martins.


JUIZ ACIONARÁ A PROMOTORIA DE JUSTIÇA MILITAR

Após as condutas do tenente-coronel, foi aberto um inquérito para apurar as condutas do policial, e o caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar.

No último dia 4 de fevereiro, o Corregedor Geral da PM, Albernando Monteiro da Silva, “concordou em partes com a conclusão” do Inquérito da Polícia Militar e concluiu que há “indícios de crime e transgressão da disciplina policial militar” nas ações de Afonso Geomarcio.

As conclusões da corregedoria foram remetidas a juiz militar estadual, e o magistrado deverá acionar a Promotoria de Justiça Militar. O Ministério Público poderá oferecer a denúncia em desfavor do tenente-coronel, requerer o arquivamento do processo, pedir novas diligências do caso ou enviar o crime para a Justiça Comum.

Por fim, a Corregedoria da Polícia Militar do Pará determinou que seja instaurado um processo administrativo disciplinar pelo comando da corporação. O tenente-coronel poderá receber penas disciplinares que variam de advertência ou licenciamento a bem da disciplina.

RELEMBRE O CASO

No início de outubro de 2020, a Justiça paraense determinou busca e apreensão na casa do secretário municipal de Saúde Sérgio Amorim, na sede da Sesma, e em outros endereços da capital. A Operação Quimera foi realizada pela Polícia Civil do Pará.

A operação foi determinada pelo juiz de Direito Heyder Tavares da Silva Ferreira, titular da 1ª Vara Penal dos Inquéritos de Polícias e Medidas Cautelares de Belém, a partir da apuração da Polícia de um esquema criminoso envolvendo a Sesma sob a suspeita de crimes como fraude à licitação, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, dentre outros atos ilícitos.

As denúncias foram recebidas pela Divisão de Combate à Corrupção de Desvio de Recursos Públicos (Decord), e os prejuízos envolvendo a GM Serviços Comércio e a Representação Eireli, inicialmente, somavam R$ 740,6 mil, mas podem ultrapassar R$ 1,1 milhão.

O DIÁRIO DO PARÁ denunciou o caso em reportagem publicada no dia 21 junho de 2020. A matéria mostrou que o prefeito Zenaldo Coutinho pagou R$ 260 mil por um respirador, bem mais do que outros gestores. A informação foi tirada do site da Prefeitura que mostrava os gastos no combate à Covid-19. Dias após a reportagem, as informações foram retiradas da página e republicada com alterações nas informações sobre a compra de equipamentos.


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