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Gerente do Líder diz que professores não trabalham há um ano e pede corte nas verbas da educação 

Confundindo "mas" e "mais", o funcionário ainda pede que cortem o dinheiro da educação e distribua para o auxílio emergencial.

Imagem ilustrativa da notícia Gerente do Líder diz que professores não trabalham há um ano e pede corte nas verbas da educação  camera Reprodução / Facebook

A pandemia da Covid-19 impôs novas rotinas de trabalho, mesmo para os que exercem serviços essenciais. Vários grupos de trabalhadores tiveram que mudar hábitos do cotidiano para tentar (sobre)viver ao "novo normal". Com isso, muita coisa mudou e várias categorias tiveram que aderir ao serviço remoto, como é o caso dos professores, sejam da rede pública ou privada, dos menores graus de ensino até a pós-graduação.

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Na última semana, Orimar Benedito Sousa Rodrigues, gerente comercial do grupo Líder, fez um post em seu perfil no Facebook criticando a categoria e ainda sugerindo que o dinheiro do auxílio emergencial seja retirado da educação.

Segundo ele, os professores estariam sem trabalhar há um ano e deveriam perder seus rendimentos para que fossem destinados a pagamento de auxílio emergencial, ignorando, por exemplo, um amplo "investimento" do Governo Federal em cloroquina e ivermectina, medicamentos que comprovadamente não ajudam em nada contra a Covid-19 ou ainda a compra, no mínimo estranha, de leite condensado e outros produtos para militares. Veja o post:

Orimar ainda afirma que os professores "não irão voltar tão cedo", certamente resultado do desconhecimento acerca de qualquer calendário acadêmico atual, já que praticamente todas as instituições de ensino, no grau que for, seguem em pleno funcionamento, buscando educar pessoas para que se tornem bons cidadãos e saibam diferenciar "mas" e "mais", como é citado erroneamente no post.

A publicação de Orimar gerou revolta e vários comentários sobre a crítica feita foi ele.

"Orimar, não fale o que vc não sabe, se alguém da sua família é da área de educação e NÃO TRABALHOU, é porque fugiu do seu compromisso, agora posso falar de CADEIRA CATIVA que nos EDUCADORES, trabalhamos ao EXTREMO, pois antes da atividade remota, preparavamos atividades únicas, agora temos que preparar no mínimo 4 atividades por aula, para atendermos todas as classes, e nosso contato ficou a disposição de alunos e responsáveis, nos indagando sobre as dificuldades das atividades , no sábado, domingo até às 22h de qualquer dia, então não nós chame de desocupados", disse uma internauta.

"Respeito muito suas opiniões meu amigo, mas essa não procede, venho de uma família de educadores e posso lhe afirmar com convicção de que eles estão trabalhando, e muito, porque não pense que é fácil ensinar pela plataforma digital, muitos tiveram que se reinventar, meus irmãos, cunhada e filha não deixaram de trabalhar, com exceção de minha mãe, 88 anos, aposentada, acho que você foi infeliz nessa colocação, aqui fica o meu repúdio!", disse outra.

Partindo do princípio que, "quem fala o que quer ouve o que não quer", Orimar, que desde seu perfil defende "tratamento precoce" também recebeu críticas com relação aos preços abusivos implementados por sua categoria.

"Agora vcs da classe de SUPERMERCADISTAS é que deveriam verificar o aumento abusivo de suas mercadorias e oferecendo risco de contaminações nas lojas lotadas diminuindo com isso o DISTANCIAMENTO SOCIAL necessário e pedido pela vigilância sanitária. Como é o caso da unidade de ICOARACI. Beijo de luz", disse uma internauta.

A reportagem do DOL entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Pública no Pará (Sintepp) e aguarda um posicionamento da categoria. O Sintepp informou que divulgará em breve uma nota sobre o caso.

O DOL também entrou em contato com a assessoria de comunicação do Grupo Líder, sobre a postura do funcionário. Pelas redes sociais, a empresa afirmou que possui "mais de 15 mil funcionários" e que não é "responsável por seus posicionamentos pessoais na internet".

Muitos internautas destacaram, na postagem feita pelo Líder, que a rede de supermercados não repudiou ou censurou as falas de Orimar Rodrigues.

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