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FEVEREIRO ROXO

Alzheimer: “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”

Este é o lema do mês de fevereiro para um dos temas centrais do calendário de saúde, o Alzheimer

Imagem ilustrativa da notícia Alzheimer: “Se não houver cura, que ao menos haja conforto” camera Freepik

O mês de fevereiro, apesar de curto, traz muitas campanhas importantes de conscientização sobre doenças, dentre elas, o “fevereiro roxo”, que alerta sobre o Alzheimer, doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes.

O Alzheimer atinge, especialmente, pessoas idosas, por isso, muitos sintomas podem ser confundidos com sintomas normais da idade, o que torna, muitas vezes, o diagnóstico difícil. A médica Kristel Back, neurologista, explica como funciona esta doença: “a doença de Alzheimer é uma doença neurológica, neurodegenerativa e progressiva, em que algumas estruturas do cérebro não funcionam direito, levando ao prejuízo ou a uma perda neuronal. O Alzheimer afeta, principalmente, a função cognitiva, ou seja, a linguagem, a memória, a capacidade de raciocínio e de atenção. Algumas tarefas que antes eram fáceis de executar, como administrar as contas da casa, ir ao supermercado, ou até organizar o lar, começam a se tornar difíceis. A pessoa que desenvolve Alzheimer não consegue mais fazer atividades básicas do dia a dia”, ressalta a médica.

A neurologista explica que o diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento traga mais conforto para a vida do paciente. “O tratamento com as medicações melhora a qualidade de vida e retarda as fases mais graves da doença em até cinco anos.”

A Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) aponta que 1,2 milhões de brasileiros convivem com o Alzheimer, que é a forma mais comum de demência no mundo. Kristel Back explica que as causas da doença não são totalmente compreendidas, mas que é muito importante compreender os quatro estágios dela:

1. Pré-demência: sintomas sutis e muitas vezes atribuídos ao envelhecimento natural, como a perda da memória recente;

2. Estágio inicial: os sintomas de pré-demência se agravam e o paciente começa a esquecer palavras simples, fica desorientado no tempo e no espaço, esquece de pagar contas e tem dificuldades para tomar decisões;

3. Estágio intermediário: as dificuldades ficam mais evidentes, como esquecer o nome das pessoas; fatos importantes do dia a dia; dificuldade para formular frases; esquecer o endereço de casa; a memória recente é afetada, enquanto consegue lembrar de memórias mais antigas sem muita dificuldade;

4. Estágio avançado (terminal): o prejuízo da memória se agrava, o paciente não reconhece pessoas e locais; têm comportamentos inadequados; perde a capacidade do autocuidado; de tomar banho; de se vestir; dificuldade para se alimentar sozinho; além de poder haver incontinência urinária e fecal, passando a depender do cuidado de terceiros, como familiares e cuidadores.

O diagnóstico precoce aumenta a qualidade de vida do paciente

O diagnóstico é feito através da entrevista médica, “além da entrevista médica, são pedidos alguns exames, laboratoriais e de imagem, para excluir outras doenças e diagnosticar o Alzheimer. Ainda não existe nenhum exame que assegure que o paciente tem Alzheimer, portanto, o diagnóstico é clínico e muitas vezes é necessária uma avaliação neuropsicológica, que é uma avaliação mais estendida das capacidades cognitivas”, orienta a neurologista do Sistema Hapvida, Kristel.

Para melhorar a qualidade de vida da pessoa com Alzheimer, a médica aconselha: “além do tratamento médico, quando indicado a terapia medicamentosa, manter um estilo de vida saudável, praticar atividade física adequada para a idade e condições do paciente, ter uma boa nutrição, cuidar do sistema cardiovascular; controlar hipertensão, diabetes, pressão alta e colesterol para não acelerar o quadro da doença. Além de praticar exercícios mentais, terapias cognitivas e manter a interação social, todos esses cuidados são muito importantes para estimular o cérebro e retardar o estágio final da doença”, finaliza.

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