Movimento foi tranquilo nas praias de Outeiro e Icoaraci neste final de semana

Quem escolheu a ilha de Outeiro para passar o domingo, encontrou um cenário tranquilo. Depois da publicação do novo decreto governamental que aumenta as restrições de funcionamento de bares e restaurantes, além do movimento nas praias, poucas pessoas se arriscaram a curtir as areias e o banho de água doce.

Com pouca aglomeração, sobrou reclamação para quem tem comércio. Eles reclamam das restrições que têm atingido em cheio o movimento e pedem maior diálogo com as autoridades.

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Na praia Grande, a mais movimentada da ilha, o cenário na areia era de paz e zero tumulto. Algumas famílias aproveitaram para levar as crianças, grupos de jovens e alguns vendedores ambulantes tentavam aproveitar ao máximo para divertir-se ou faturar algum.

A comerciante Nazaré Castro, 61, por exemplo, é moradora da ilha e diz que a situação complicou para quem depende do movimento de banhistas.

“Está muito ruim. São muitas pessoas que trabalham e elas precisam do seu ganha pão. Quando a gente fica proibido, afeta a vida de todos. Eu sei que vivemos uma pandemia, um problema grave, mas é preciso achar uma solução para quem não tem outro trabalho, outra fonte de renda. Se não vier ninguém pra cá as pessoas vão passar fome. E aí, quem vai dar um jeito na nossa situação?”, questiona.

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Nas barracas, a sensação era de tristeza. Sem clientes, o faturamento caiu, a música baixou e os olhares seguiam no vazio da incerteza. “Nós estamos arrasados. Isso abala o dono do bar, o funcionário, as pessoas que oferecem seus produtos pela praia, uma cadeia. Eu trabalho aqui há cinco anos e nunca vi uma situação dessas”, lamenta Francisca Ferreira, 44, proprietária de um restaurante na beira da praia.

ICOARACI

Movimento semelhante foi visto na praia do Cruzeiro, em Icoaraci. Poucas pessoas estavam na faixa de areia, seja para uma prática esportiva ou para o banho de rio. Nos restaurantes, o fluxo de pessoas era considerado normal.

Poucas pessoas, no entanto, portavam máscaras, acessório indispensável como forma de proteção à Covid-19. A Polícia Militar fazia rondas constantes pela orla. Durante a presença de nossa equipe, nenhuma alteração foi registrada.