Uma mulher acusa um mototaxista de cometer importunação sexual dentro de uma embarcação que seguia de São Sebastião da Boa Vista, no arquipélago do Marajó, para a cidade de Belém, capital paraense, durante a madrugada da última segunda-feira (11).
De acordo com relato da vítima, que prefere não ser identificada, ela e a mãe dormiam em redes próximas na embarcação. Durante a madrugada, a denunciante afirma que sentiu alguém passar a mão pelas pernas dela. Ela se assustou e tentou enxergar quem era, mas não viu ninguém.
A vítima adormeceu novamente e já acordou com o homem tocando os órgãos genitais dela. Ela se levantou e começou a gritar com o abusador. A mãe dela também reagiu e avançou contra o mototaxista.
“Fiz Boletim de Ocorrência assim que o barco encostou no porto. Isso [o abuso] aconteceu quando o barco estava quase encostando em Belém. Pessoas da embarcação chamaram a polícia e fui até a delegacia, mas, inicialmente, não obtive justiça”, relata.
Com as dificuldades em denunciar o abuso sofrido, a vítima decidiu expor o caso nas redes sociais. Ela conseguiu também imagens de câmeras de segurança da embarcação que mostram o momento do crime sexual.
Veja:
Com a repercussão, uma investigadora da Delegacia da Mulher (Deam) entrou em contato com a vítima, e o caso será transferido para lá.
Para a denunciante, a determinação para levar o caso adiante veio do apoio recebido de diversas mulheres e do desejo para que o suspeito seja punido e não faça novas vítimas.
“[Levei adiante por] Todas as mulheres que começaram a se manifestar com a tag #ELANÃOESTASOZINHA, as que me mandaram mensagem desejando forças e pedindo para eu não deixar pra lá, porque indo adiante eu estaria representando todas as mulheres que já passaram por algo parecido e tiveram medo de falar, vergonha, ou até mesmo se culpam por isso. Quando eu pensei em desistir, as filmagens foram liberadas”, explica a denunciante.
Depois que o caso se tornou público, diversas mulheres também relataram crimes sexuais que teriam sido cometidos pelo mesmo abusador.
Quem tiver informações de outros atos cometidos, pode denunciar por meio do número 181 ou diretamente na Delegacia da Mulher.
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