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SEM SANEAMENTO

Alagamentos já fazem parte da vida de moradores de alguns bairros da capital

Eles tentam de tudo, mas não conseguem escapar da água que invade casas e comércios e inunda ruas e transborda canais. Nem precisa chover forte para que o transtorno comece

Imagem ilustrativa da notícia Alagamentos já fazem parte da vida de moradores de alguns bairros da capital camera Ricardo Amanajás

Não precisa chover forte em Belém para que os moradores tenham de conviver quase que diariamente com alagamentos, casas inundadas e água empoçada nas vias. O problema persiste em alguns bairros da capital, com trechos críticos relatados pela população. No bairro do Marco, na travessa Mauriti, entre a passagem Hortinha e rua José Leal Martins, basta uma chuva fina para que tudo alague. Além disso, já é comum que casas e estabelecimentos tenham o nível do calçamento mais elevado para tentar evitar o caos.

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A comerciante Lisete Barros, 45, diz que a rua vira um rio. “Somos muito prejudicados pelos alagamentos e quando enche a água fica na margem das calçadas, que já são altas justamente para evitar a perda de móveis e eletrodomésticos. Mas quando os carros passam, a água invade uma parte de dentro. No fim do ano, as chuvas, mesmo fracas, alagaram tudo. Tínhamos colocado um freezer na frente do estabelecimento, por uma questão visual para atrair mais clientes, mas foi complicado porque molhou tudo”, revelou a mulher.

No mesmo trecho, o pedreiro Marco Antônio Dias, 53, relatou que o problema é enfrentado há anos pelos vizinhos. Inclusive, houve momentos em que ajudou a retirar carros que ficaram parados na rua por conta do alagamento. “A prefeitura asfalta, mas não nivela. Chega o inverno ou qualquer chuva fina e a situação fica mais crítica. Moro há 20 anos aqui e o problema só persiste. Não sabemos quando isso vai acabar. Os moradores dormem e acordam dentro da água nas suas casas”, disse.

No bairro da Terra Firme, a reclamação de moradores e de comerciantes é semelhante. Na passagem Lauro Sodré, entre as ruas Canaã e Pracinha, quase a todas as casas possuem calçamento alto, para evitar inundação. Há ainda bueiros entupidos e buracos com água empoçada. “A chuva entope os bueiros e a água vem toda para dentro das casas. Vai todo mundo para o fundo. Aqui é um ponto crítico, mas espero que os órgãos públicos façam o seu dever e que possam solucionar o problema”, pediu a aposentada Joana Costa, 65.

PREJUÍZOS

Quase na frente da casa dela, o entregador de água Anderson Nascimento, 32, diz que o problema impacta nas vendas. “Atrasa tudo. Preciso esperar melhorar um pouco para sair de bicicleta e fazer meu trabalho”, reclama.

Já a estudante Nathalia Silva, 19, moradora do bairro, comenta que não consegue sair de casa quando chove e que a água ultrapassa a calçada. “Subimos o nivelamento, mas nem isso está dando conta. Fizeram um asfalto para enganar, mas a água está subindo cada vez mais”, relata.

Próximo dali, na avenida Celso Malcher, uma das principais do bairro, a água invadiu toda a largura da rua em frente a uma garagem de ônibus. Pedestres, motoristas e ciclistas precisam driblar o alagamento, pois quando os ônibus passam, formam-se ondas devido a quantidade de água acumulada. O batedor de açaí Daniel Ferreira, 58, conta que a situação prejudica as vendas, já que a água atinge toda a frente do comércio. “Entra prefeito e sai prefeito e ninguém resolve nada. A esperança é a de que este ano alguém olhe por nós”, desabafa.

Ao lado do estabelecimento, o autônomo Adjair Oliveira, 60, retirava com uma pá a lama acumulada em frente a uma igreja. “Fica tudo empoçado. Não choveu ontem (6), mas nem foi preciso para vermos que ainda assim a situação é complicada. Estou tirando o que posso da lama para que não fique ainda pior”, lamenta.

A reportagem do DIÁRIO entrou em contato com Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), da Prefeitura de Belém, sobre as denúncias relatadas, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

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