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PANDEMIA

Covid-19: atendimentos clínicos sobem após fim de ano

Número de infectados pela Covid-19 também aumentou no Estado. Especialista acredita que aglomerações nos encontros de Natal e Réveillon podem ter provocado a alta e faz apelo para o seguimento dos protocolos

Imagem ilustrativa da notícia Covid-19: atendimentos clínicos sobem após fim de ano camera Aumentou a busca por atendimentos | Wagner Almeida/Diário do Pará

Dez meses após confirmar o primeiro caso do novo coronavírus, o Pará está perto de atingir a marca de 300 mil infectados. Embora as autoridades e profissionais de saúde insistam na importância de manter as medidas preventivas para preservar vidas, o que se vê nas ruas é um claro abandono dos protocolos, a exemplo do uso de máscara e o distanciamento social. A preocupação cresceu com a chegada das festas de final de ano.

Para a infectologista Andrea Beltrão, no Pará, o aumento do número de casos de Covid-19 e de mortalidade acompanha o cenário atual observado no restante do Brasil e do mundo. Na avaliação da especialista, provavelmente, esta situação está relacionada com a liberação de funcionamento de estabelecimentos, principalmente restaurantes, bares e casas de shows. São locais em que, segundo a médica, o risco de contaminação acaba sendo maior, devido a impossibilidade do uso de máscara e de manter o distanciamento. “Certamente, houve um relaxamento das medidas preventivas desde outubro, durante as festas particulares do Círio. E, agora, no final do ano quando teve o Natal e Réveillon, mesmo com a proibição de festas públicas maiores, houve festas particulares locais. Além disso, houve muitas festas dias antes e após essas datas que levaram a aglomerações”, disse.

Segundo a infectologista, a partir do final de outubro passado já começou a ser observado um aumento de atendimento nas urgências e emergências em Belém e, consequentemente, no número de internações de UTI, de pacientes graves. “Como os consultórios não fecharam, tem muita gente atendendo e esse atendimento inicial do paciente com suspeita ou confirmado com Covid-19 é muito importante. Está ajudando bastante a não chegar num caos, como ocorreu na primeira vez. E a manter leitos para o atendimento de casos graves”, acrescentou.

CEPA

Para além do aumento de casos da doença, há países da Europa que registraram o surgimento de uma nova cepa do novo coronavírus, ou seja, uma mutação do vírus SARS-CoV-2. A infectologista explicou que se trata de uma variante já esperada, uma vez que a pandemia completou um ano. “O vírus precisa se manter vivo, então ele criou uma pequena alteração. Ainda não se sabe se terá interferência no resultado da vacina. É possível que circule no Pará, tendo em vista que não existe nenhum bloqueio nas fronteiras”, reforçou.

Diante do cenário, a médica orienta que cada cidadão faça a sua parte para reduzir o número de casos e a mortalidade. “Se você não precisa sair, fique em casa. Se precisar, coloque a máscara, mantenha o distanciamento e evite aglomerações. Cada um tem de fazer a sua parte”, alertou.

Para atender pessoas com quadros leves e moderados de sintomas suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) mantém o atendimento em quatro postos da Policlínica Itinerante em Belém. Cada local distribui um determinado número de senhas para atender aos pacientes que ali chegam espontaneamente, a partir das 8h30. Os postos funcionam na Unidade Básica de Saúde da Pedreira, na Unidade de Referência Especializada (URE) Reduto, há também uma unidade montada no estacionamento do Hangar, além do Mangueirão.

Diretora técnica da Sespa, Carla Figueiredo informou que já é possível observar uma elevação na demanda de atendimentos após as festas de final de ano. Segundo ela, antes desse período estavam sendo realizados no posto do Hangar uma média de 200 atendimentos/dia. Agora são 300 atendimentos/dia. Além da triagem, após a consulta com o médico, o paciente pode ser submetido a realização de exames, incluindo o teste diagnóstico da Covid-19, e pode receber medicamentos para fazer o tratamento em casa. “Os pacientes devem procurar as policlínicas com sintomas leves e moderados ou outros sintomas gripais. Prevendo as aglomerações de final de ano, a Sespa se antecipou aumentando a quantidade de atendimentos, tanto no Hangar para 300 e no Mangueirão para 250 atendimentos”, disse Figueiredo.

A agente de endemias Luzilene Amaral, 32, esteve no Hangar ontem acompanhando a filha Ana Manuele Ferreira, 11, e a mãe Marina dos Santos Barbosa, 54. Ambas apresentavam sintomas suspeitos da Covid-19. “Resolvi trazer minha filha depois que ela apresentou falta de ar. Desde o dia 2 (de janeiro) ela estava tendo sintomas como coriza e febre. A minha mãe também está doente, desde o período do Natal. Ela sente fraqueza, febre e dores abdominais. No Natal e ano fomos para a igreja e tivemos contato com outras pessoas. Não sabemos se foi por isso”, comentou.

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