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EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Aposentadoria: quanto poupar e a partir de quando? Veja as dicas!

Várias dúvidas surgem quando o assunto é fazer uma reserva visando o futuro. Confira orientações de especialistas em educação financeira!

Imagem ilustrativa da notícia Aposentadoria: quanto poupar e a partir de quando? Veja as dicas! camera Maitree Rimthong/Pexels

Quem almeja qualidade de vida após se aposentar deve pensar, cada vez mais cedo, em complementar o valor da previdência social.

De acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), para garantir uma renda mensal de R$ 2 mil a partir dos 65 anos, uma pessoa aos 20 anos precisará poupar R$ 284 por mês durante quatro décadas e meia; se começar só aos 50, essa quantia sobre para quase R$ 1,3 mil, e isso considerando que o dinheiro será investido em uma aplicação com rendimento médio de 2,5% ao ano, já descontada a inflação. Portanto, não existe idade certa ou ideal para começar a fazer algo sobre, mas é certo que, quanto mais cedo, melhor.

O Guilherme só tem dez anos de idade, e já começaram a poupar por ele. É que o pai do garoto, Igor Fabrício, que atua como analista em uma concessionária de energia, fez uma poupança em seu nome assim que ele nasceu. “Conheci um dentista que usou a poupança privada para investir na faculdade, então fiquei com essa ideia na cabeça. Quis garantir uma reserva para ele e para a mãe dele, e que ele pode usar para a aposentadoria, ou para investir em alguma outra coisa”, explica.

Igor Fabrício e seu filho Guilherme
📷 Igor Fabrício e seu filho Guilherme |Antônio Mello/Diário do Pará

Ele, Fabrício, também paga para si uma previdência privada. “Acho que todos deveríamos ter esse intuito de poupar. Acabamos pensando nisso muito tarde, quando chegamos já próximo da época de aposentar”, justifica.

Igor está certo quando atenta para o fato de que poupar não é uma preocupação da maioria, seja por qual motivo for. No entanto, a educadora financeira Débora Gomes admite que o Brasil evoluiu na oferta de planos de previdência privada, o que ela avalia como positivo, já que a maior competitividade possibilita mais chances de se conseguir bons produtos/serviços.

“O risco de escolher um plano de previdência inadequado à nossa demanda/necessidade decorre em grande medida pela falta de informações, bem como pelo fato da maioria da população acreditar que os planos de previdência são exclusivamente aqueles ofertados por grandes instituições bancárias, desconhecem que existem outras instituições que comercializam esses planos, como exemplo as corretoras de valores”, explica.

Débora Gomes
📷 Débora Gomes |Divulgação

Desmistificar e buscar entender as diferentes ofertas e possibilidades, e estudar qual melhor se enquadra no perfil pode ser a grande sacada. “Muita gente não dedica a atenção devida no momento da contratação de um plano, muitas vezes não sabe as diferenças entre as formas de um PGBL (Programa Gerador Benefícios Livres) ou VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), sendo que entender a diferença e os benefícios que cada um oferece vai fazer toda a diferença nos resultados”, afirma.

“Outro fator que as pessoas não atentam, ou muitas vezes elas nem sabem, é que pagarão taxas para esse fundo de previdência e, a depender do fundo, as taxas podem até superar os rendimentos, isso é terrível. Alguns fundos são absurdamente agressivos na cobranças de taxas, inclusive cobrando taxa de carregamento, uma taxa que certamente compromete a rentabilidade do investidor”, alerta Débora, informando ainda que é possível migrar de um plano para outro se houver interesse, observado o período de carência.

A educadora recomenda verificar os termos da contratação, pois no geral a norma prevê o estabelecimento em contrato de resgate total, para casos de cancelamento, com no mínimo 60 dias e no máximo 24 meses a partir da contratação. Há planos, sobretudo os contratados através de corretoras de valor, que permitem aportes esporádicos, respeitando somente a contribuição mínima mensal. É mais comum os bancos exigirem aporte mensal fixo - portanto, atenção na leitura do contrato é essencial.

Vantagens de poupar pensando na aposentadoria

Dedução tributária do seu IR de acordo com seus aportes em fundo de previdência (limitado a 12% da sua renda anual, caso opte por um plano PGBL)Alíquota de IR de apenas 10% (caso mantenha o dinheiro investido por mais de 10 anos em um modelo tributário regressivo)Ausência de come-cotas (o come-cotas é a cobrança antecipada do IR que acontece semestralmente em fundos comuns)Portabilidade (você pode trocar de gestor, corretora, seguradora sem resgatar o dinheiro, pagar taxas e reinvestir)Diversificação (existem fundos de previdência conservadores, moderados e agressivos)Sucessão patrimonial (esse investimento funciona como seguro de vida, assim ele não é enquadrado na norma comum de herança)

“O dinheiro guardado em casa perde poder de compra”

A também educadora financeira Ana Ferrari aprova a atitude de Igor e estimula quem pensa em constituir família e ter filhos a repetir o comportamento. “Um valor de desembolso pequeno como R$ 50 no futuro poderá garantir uma faculdade, a compra de um carro ou até mesmo aposentadoria. Os juros compostos neste caso podem ajudar a poupança a crescer ao longo dos anos”, orienta.

Para adultos, ela indica um pequeno passo a passo: fazer uma reserva financeira primeiro, equivalente a seis meses dos custos da família, e então buscar uma previdência privada também com aporte mensal, pensando em uma aposentadoria. Conforme o salário for reajustado, pode-se pensar em aporte anual, mais significativo, e mesmo partir para outros tipos de investimentos de acordo com o perfil.

Ana Ferrari
📷 Ana Ferrari |Divulgação

“Poupar para o futuro nunca é demais, e vale a pena. O dinheiro guardado em casa perde poder de compra, devido à inflação. Por isso, o ideal é buscar uma instituição financeira, com o planejamento financeiro realizado e orçamento doméstico. Os planos de previdência privada normalmente são constituídos por fundos de previdência. Eles funcionam como fundos de investimentos comuns, mas possuem vantagens fortes”, reforça Ana.

INSS

Para quem tem carteira assinada e acha que não precisa de uma poupança extra, a educadora lembra que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de fato oferece garantias aos beneficiários, como aposentadoria por idade, tempo de contribuição ou invalidez, e em outras situações em que é necessária a substituição de renda caso a pessoa torne-se impedida de trabalhar por algum motivo. Só que não são recursos aos quais o cidadão tem acesso sempre que quer ou precisa.

“Por essa razão, vale a pena ter uma reserva financeira, para casos de urgência mesmo. Dessa forma, não é preciso recorrer às linhas de créditos pagando juros elevados. Por exemplo, tenho um casamento e sou madrinha, e agora? Terei gastos com compra ou aluguel do vestido, maquiagem, cabelo, unha, presente para o casal, condução até o local etc. Só pegar na reserva e depois repor, sem juros abusivos. São muitos os benefícios de ter um plano de previdência privada”, finaliza Ana Ferrari.

Na prática, como funciona?

Se a meta é ter R$ 1 milhão como reserva para aposentadoria, vamos considerar que você consiga uma taxa de retorno de 7% ao ano.

Se Adão tem 21 anos e Eva 50, e ambos desejam atingir a meta, ele teria de aportar mensalmente R$ 250, e ela, R$ 1,8 mil.

Ou seja, o que vai definir o percentual ideal para cada um são os fatores tempo, idade e a meta imposta.

Dicas que podem ajudar nessa escolha

Se você paga e declara Imposto de Renda no formulário completo, a melhor opção é uma plano de previdência PGBL

Se você não costuma pagar Imposto de Renda ou declara no formulário simplificado, a melhor opção pode ser VGBLSe você pretende investir em um prazo longo, a tabela regressiva (IR) será melhor.

Se você pretende investir em um prazo curto e se sua renda projetada ficar dentro do limite da tabela de isenção do Imposto de Renda, a tabela progressiva será melhor.

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