A finalização das obras no Porto do Açaí, um dos mais importantes para economia local de Belém, segue apenas na promessa. Situado na avenida Bernardo Sayão, no bairro do Jurunas, o porto continua funcionando com sua estrutura inacabada, boxes fechados e com uma ponte improvisada para o embarque e desembarque de passageiros e mercadorias que, na maioria das vezes, vem das ilhas localizadas ao redor da capital paraense.
No final do mês de outubro, a equipe de reportagem do DIÁRIO esteve no local ouvindo as denúncias de trabalhadores sobre as condições do porto e o cronograma das obras que estão em atraso. Na época, a Secretaria Municipal de Urbanismo de Belém (Seurb) informou que os serviços, custando mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos, estavam praticamente concluídos, faltando apenas a instalação de um flutuante para que a obra fosse entregue finalizada a população.
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A requalificação estrutural, que foi iniciada pela Prefeitura de Belém há 5 anos, ainda parece estar longe de ser concluída. Mesmo com parte da estrutura erguida, o público que transita pelo local reclama das condições do porto. “Eles colocaram a cobertura, que deu auxílio para a gente não ficar tanto no sol, mas por enquanto, nem sinal de quando vão entregar isso aqui com o trapiche completo. Só o fato de carregar as mercadorias no ombro já é ruim, imagina ter que subir uma escadinha de madeira várias vezes, aí piora tudo mesmo”, disse o carregador André Corrêa, 45 anos.
IMPROVISADA
A escadaria em questão foi construída de forma improvisada pelo próprios trabalhadores do porto. Com medo de acidentes, algumas pessoas pedem permissão para embarcar e desembarcar em uma área privada, que fica ao lado do porto do açaí. “Estamos esperando há bastante tempo por essa inauguração, mas com o mandado desse atual prefeito terminando acho que vai ficar difícil. Talvez o próximo que entre tenha uma visão melhor e olhe para essa área que ajuda a garantir o sustento de várias famílias”, desabafou um barqueiro que não quis se identificar.
A equipe de reportagem entrou em contato com a prefeitura de Belém para obter mais informações sobre a situação da obra e um posicionamento sobre o que foi relatado pelos trabalhadores do local. Porém, até o fechamento desta edição não obteve respostas.
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