Um dos dez acusados de envolvimento no assassinato com tortura da jovem Mayara da Silva Martins, de 19 anos, foi absolvido ao final da tarde desta quarta-feira (25) após julgamento presidido pela juíza Cristina Collyer no Fórum de Ananindeua, localizado na Região Metropolitana de Belém (RMB).
Clevyson Erick Sousa da Silva, conhecido como “Erick”, foi absolvido por falta de provas após tese apresentada pela Promotoria de Justiça e acatada pelo júri. Ele foi preso dentro da própria casa em 23 de março de 2017.
O julgamento foi iniciado na manhã da última terça (24), quando foram ouvidas três testemunhas de acusação e três de defesa. Das oito testemunhas arroladas, entretanto, duas faltaram.
Em relação aos demais réus, segundo informou o Tribunal de Justiça do Estado (TJPA), todos entraram com recursos em outras instâncias contra a sentença de pronúncia.
Requintes de crueldade
O crime aconteceu em 15 de julho de 2016 e chegou a ser gravado pelos algozes da vítima, que, de acordo com as investigações, foi apontada como informante de policiais militares. Os agentes, dias antes daquele mesmo ano, prenderam em flagrante algumas pessoas por tráfico de drogas, entre elas a prima do mandante do crime, homem identificado como “Bugalu”, a dona de um ponto de venda de drogas no bairro de Águas Lindas, a irmã da vítima e uma amiga da vítima, menor de idade.
Mayara foi sequestrada para uma área de matagal nas proximidades do Parque Ambiental do Utinga. Antes de ser executada com diversos disparos de arma de fogo, foi torturada pelos criminosos. Na época em que os vídeos da execução foram divulgados nas redes sociais, os algozes fizeram diversas perguntas à moça, além de ameaças. Em determinado momento, com a arma apontada para a cabeça da vítima, que implorou para não morrer, um homem conclui o crime.
O corpo da jovem foi encontrado por um popular que se preparava para pescar em um rio nas proximidades da mata; ao encontrar o corpo e reconhecer a vítima, avisou ao pai da mesma, que confirmou a identificação na época.
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