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Gás de cozinha aumentou quase 60% na Grande Belém

A sequência de reajustes tem deixado em uma situação complicada os revendedores de botijão, que se esforçam ao máximo para evitar que o preço final do produto seja afetado nos pontos espalhados pela Grande Belém

Imagem ilustrativa da notícia Gás de cozinha aumentou quase 60% na Grande Belém camera Haroldo Damasceno trabalha com revenda de gás de cozinha há mais de 15 anos. Ele tem enfrentado tempos difíceis com os aumentos | Ricardo Amanajás

Após o anúncio de mais um aumento sobre o valor do preço de gás de cozinha feito pela Petrobrás no início de novembro, os consumidores da capital paraense estão tendo de pagar mais caro pelo produto nos diversos postos de revenda espalhados pela cidade. Segundo o Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado do Pará (Sergap), em 2020, o valor do produto foi reajustado nove vezes na refinaria, que somadas representam, em média, um aumento de 58% sobre o botijão de 13 quilos.

O presidente executivo do Sergap, Francinaldo Oliveira, conta que o preço do botijão cobrado atualmente pelos revendedores está bem abaixo do que deveria ser praticado por conta dos aumentos. “Se a gente for analisar o preço do gás do início do ano até agora, a variação não chegou a 5% para o consumidor final. Então, se os pontos fossem acompanhar de fato o mesmo percentual de aumentos que ocorreram na refinaria, o preço do botijão em Belém estaria custando R$ 115,”, afirma. “Apesar das pessoas terem razão de questionar o valor, temos também que levar em consideração que elas estão pagando um preço amortecido pela revenda, que não passa integralmente o aumento para o consumidor”, completa.

Essa seria também uma das razões que diferenciam os preços dos botijões nos pontos de venda espalhados pela cidade, explica o presidente. “Alguns estabelecimentos não conseguem segurar os aumentos, e são obrigados a repassar os valores. Outros que conseguem certamente estão tendo de cortar custos de outras formas”, observa.

Há 24 anos, Rafael Souza é proprietário de um posto de revenda de botijões de gás. Ele conta que nos últimos meses as reclamações de consumidores sobre o preço do produto têm sido constantes. “É difícil fazer o cliente entender que os aumentos não são dados por nós. Assim como o setor da carne, por exemplo, também estamos tendo dificuldades de mercado e fazendo o máximo para não repassar todo o valor para esse comprador final. Existem algumas taxas que a gente deixa de cobrar, justamente para não encarecer ainda mais o botijão”, diz.

Trabalhando há pelo menos 15 anos revendo gás de cozinha, Haroldo Damasceno conta que tem sido tempos difíceis para o ramo. “A gente faz de tudo para manter o ponto e pagar em dia todos os funcionários. Graças a Deus ainda está sendo possível honrar os compromissos, mas esses aumentos estão um absurdo. O ruim é que o consumidor acha que nós somos os culpados, já ouvi muitas reclamações e até de ladrão fui chamado. Mas infelizmente não temos muito o que fazer. No que posso dar desconto eu dou, mas não está fácil”, desabafa.

O DIÁRIO percorreu alguns pontos autorizados de revenda de gás de cozinha, em Belém, e comparou valores levando em consideração outras taxas como entrega e formas de pagamento. No bairro da Sacramenta, na revendedora de bandeira Paragás, localizada na rua Nova, o botijão de 13kg do gás de cozinha está custando R$ 77, se for comprado pelo cliente diretamente na portaria. Em um ponto no bairro do Marco, o produto é vendidoa R$ 78, se for adquirido na porta do estabelecimento.

Na Pedreira, em um ponto de revenda de bandeira Liquigás, localizado na travessa Angustura, o botijão (13kg) está saindo ao valor promocional de R$ 78 para o cliente comprar no local e levar para casa, à vista no dinheiro. Para entrega, o valor está custando R$ 83, também no pagamento à vista em dinheiro. Já no cartão de crédito, devido aos encargos da modalidade, o consumidor precisa desembolsar R$ 2 a mais sobre o valor, seja na função débito ou crédito.

No bairro do Telégrafo, os consumidores podem encontrar o produto também custando R$ 78 se for comprado na porta de uma revendedora situada na rua Rosa Moreira, próximo à avenida Pedro Álvares Cabral. Para entrega, o valor do botijão recebe um acréscimo e passa a custar R$ 85. Uma taxa de R$ 3 é aplicada ainda se o pagamento for feito nocartão de crédito ou débito.

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