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ELEIÇÃO

Balançar bandeiras de candidatos garante renda extra

A prática de balançar bandeirolas é antiga e uma oportunidade de ocupação temporária em período eleitoral.

Imagem ilustrativa da notícia Balançar bandeiras de candidatos garante renda extra camera Bandeirinhas trabalham 6 horas por dia e dizem ganhar R$ 200 por semana | Ricardo Amanajás

Desde que teve início a campanha eleitoral, uma figura tem sido constante nas esquinas das cidades: os “bandeirinhas”. São pessoas contratadas por candidatos para balançar bandeirolas pela cidade chamando atenção dos eleitores ainda indecisos. A prática é antiga, mas reaparece sempre a cada novo pleito. Mas por trás de quem aceita essa missão, histórias de vida diferentes de quem viu nessa possibilidade a única oportunidade de uma ocupação, ainda que temporária.

Esse é o caso da universitária, Cássia Moraes, de 19 anos, estudante do curso História, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Por conta da pandemia, ela teve a vaga de estágio suspensa e acabou ficando sem renda. As aulas particulares de história acabaram minguando também. “Por isso, quando uma vizinha minha me convidou para trabalhar com as bandeirinhas acabei aceitando, já que estava com um tempo livre e as minhas aulas estão sendo apenas on-line”, conta.

Ela está na segunda semana de trabalho e diz que aos poucos está se habituando. “É bastante cansativo, porque ficamos em pé por quase seis horas, mas também está sendo um aprendizado. Nunca tinha feito isso antes e esse será meu primeiro ano como eleitora, então me preocupei em aprender um pouco mais sobre a função do prefeito e do vereador e a prestar mais atenção no plano de governo dos candidatos”, garante.

Pelas seis horas de trabalho por dia, de segunda a sábado, ela dizer estar recebendo R$ 200 por semana e pretende, por enquanto, não usar o dinheiro, já que mora com os pais e não tem despesas maiores em casa. “Não quero gastar, vou guardar para depois comprar alguma coisa que esteja precisando”, explica.

DESPESAS

No caso da dona de casa Romilda Oliveira, 41, essa é a primeira experiência de trabalho fora de casa. “Estou gostando. É cansativo, mas está dando para fazer sim. Tem algumas coisas difíceis como ficar o tempo todo em pé, no sol, e quando chove a gente tem que correr para se abrigar em algum lugar, mas no geral, é bom sim”, afirma.

Casada e mãe de dois adolescentes, ela diz usar o valor recebido semanalmente para ajudar nas despesas da casa. “Meu marido é que mantém a família, mas com a pandemia a situação ficou bem difícil, tudo aumentou de preço, por isso quando uma vizinha me convidou para fazer esse trabalho, aceitei na hora e está dando para comprar algumas coisas para casa”, diz.

Aos 61 anos, Fátima Pinheiro se mantém com um benefício que recebe do INSS, mas viu no trabalho para candidatos a oportunidade de completar a renda mensal. “Uma vizinha me indicou e eu aceitei. Até agora estou gostando. Cansa um pouco, as pessoas nas ruas às vezes passam e gritam coisas para a gente. Mas não me importo não, o importante é estar ganhando o meu dinheirinho”, diz.

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