O distanciamento social necessário por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus afetou a rotina da população. A necessidade de ficar mais isolado em casa e a mudança na rotina acabaram afetando, de certa forma, o equilíbrio emocional de muita gente. Esse quadro de incertezas tem contribuído para o aumento de queixas relacionadas a ansiedade e medo do futuro.
A psicóloga Niamey Granhen explica que a forma como esse período de pandemia tem afetado cada um depende de alguns fatores. “Estão relacionadas geralmente a questões da personalidade e a história de vida de cada pessoa. Mas tenho ouvido bastante questões relacionadas a sintomas de ansiedade, tristeza intensa, insegurança, síndrome do pânico e medo. Já a depressão é outra situação porque nesse caso é preciso haver uma pré-disposição. Mas sem dúvidas casos de ansiedade são os que mais tenho visto”, ressalta.
A psicóloga afirma ser importante ficar atento a alterações no comportamento. “Deve-se prestar atenção e reconhecer os sintomas, especialmente aqueles chamados imobilizadores, que é quando a pessoa tem dificuldades para desempenhar as atividades do dia a dia, não consegue trabalhar ou dormir, por exemplo. Quando isso ocorrer é hora de procurar ajuda profissional”, diz. “Pode ser de um psiquiatra ou de um psicólogo para fazer uma hipótese diagnóstica e, dependendo do caso, ver qual é o melhor tratamento, se será necessário o uso de medicamentos ou apenas a psicoterapia”.
Mas antes mesmo de chegar ao ponto de procurar um profissional, é possível agir de forma preventiva. “Existem estratégias de enfrentamento como conversar com os amigos usando os recursos das redes socais e procurar relaxar quando possível seja ouvindo música, descansando os pensamentos e ocupar a mente com coisas produtivas e prazerosas, mas sem fugir da realidade”, orienta.
É preciso ter cuidado também em relação ao volume de informações recebidas sobre a pandemia. “O excesso é ruim, mas a falta dela também é. Por isso é importante buscar o equilíbrio”.
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