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EDUCAÇÃO

Seap pretende erradicar o analfabetismo nas casas penais do Pará

Em uma das ações, os custodiados capacitados ensinam outros detentos, com o objetivo de oportunizar alfabetização e promover educação

Imagem ilustrativa da notícia Seap pretende erradicar o analfabetismo nas casas penais do Pará camera O projeto já beneficia cerca de 350 alunos custodiados | Reprodução

Muitas pessoas privadas de liberdade, custodiados no sistema penitenciário paraense, não tiveram acesso à educação básica e, por este motivo, não sabem ler e escrever. Com a meta de reduzir significativamente esses números, dando oportunidade à alfabetização, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) executa vários projetos, entre eles, um em que os custodiados capacitados ensinam outros custodiados. Atualmente, 24 unidades do Pará estão com ações ativas do programa.

Resultado de um convênio entre a Seap e o Instituto Brasileiro de Educação e Meio Ambiente (Ibraema), o projeto já beneficia cerca de 350 alunos custodiados e tem como objetivo oportunizar alfabetização e promover educação. Todos os participantes recebem um kit de material escolar e material didático com conteúdo para as aulas. No total, 19 unidades do Estado estão com curso do Ibraema e as aulas estão ocorrendo em todas as unidades seguindo o plano de contingência para enfrentamento da Covid-19. Em setembro, mais cinco casas penais receberam o projeto.

Na Cadeia Pública de Jovens e Adultos (CPJA), localizada no Complexo de Santa Izabel e no Centro de Reeducação Feminina (CRF), em Ananindeua, os monitores que ajudam os alunos na sala aula são custodiados com formação em pedagogia. O detento Luiz Henrique Santos, da CPJA, começou a ajudar seus colegas dentro da cela e recebeu a oportunidade de participar de outro convênio educacional, quando optou cursar pedagogia.

OPORTUNIDADE

Agora, ele ensina 20 alunos a ler e escrever. “Me sinto honrado por ter abraçado essa oportunidade que a casa me serviu, para que eu venha ser um monitor e assim contribuir com a sociedade. Fico muito feliz por estar ajudando os meus colegas a desenvolver e melhorar a leitura e a escrita”, ressalta.

O custodiado Waner Luiz Santos, 30 anos, não tinha conhecimento da educação básica, mas, com o projeto, ele aprendeu a ler e escrever. “Me sinto uma pessoa diferente com a oportunidade de estudar. Tudo que estou aprendendo está me ajudando a ser uma pessoa diferente e procurar mudança por meio dos estudos”.

A detenta Rosa Maria de Souza, que é a monitora do CRF, afirma que é importante compartilhar conhecimento e ajudar na alfabetização das suas colegas. “É um trabalho muito gratificante. Durante os quatro anos que estou no cárcere, tenho trabalhado com alfabetização e nada melhor do que estar aplicando o conhecimento”.

Até o final do ano, todas as unidades da capital devem ter o curso

De acordo com o diretor de Reinserção Social, Belchior Machado, até o final do ano, a previsão é que todas as unidades prisionais da capital terão o curso do Ibraema, que já está sendo expandido também para unidades do interior do Estado. “Nosso objetivo é erradicar o analfabetismo no sistema prisional paraense, e com um diferencial mais interessante ainda, que é formar e utilizar pessoas privadas de liberdade na alfabetização de outros, com a metodologia Ibraema, que é um parceiro do sistema. Chegaremos em todas as unidades do Estado, universalizando essa política pública de educação”, afirma.

Segundo o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, a gestão trabalha com um olhar social, voltado para a reinserção plena. “A transformação de criminosos em cidadãos é um paradigma que precisa ser repensado urgentemente e nós estamos fazendo isso na prática, mostrando que é possível que aquele dentro do cárcere, que estuda e trabalha, não reincide na criminalidade. A erradicação do analfabetismo é possível e necessária, por isso, unimos forças e executamos projetos para que os custodiados saiam em liberdade com possibilidades para uma nova vida, longe do crime”.

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