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Chiquita e Arrastão do Pavulagem se mantêm em edições on-line

Tão tradicionais no Círio quanto as procissões, Festa da Chiquita e Arrastão do Pavulagem se mantêm em edições on-line

Imagem ilustrativa da notícia Chiquita e Arrastão do Pavulagem se mantêm em edições on-line camera Eloi Iglesias comanda o show on-line que deve manter o clima de encontro de sua versão física, com a liberdade para as pessoas irem chegando e fazerem suas homenagens. | Thiago Araújo/Arquivo

Do palco de um teatro, com cenografia de Nando Lima e direção de Júnior Braga, a banda Arraial do Pavulagem promete uma véspera de Círio carregada de emoção e muita alegria, com a live “Arrastão do Pavulagem, Arraial do Futuro”, transmitida neste sábado, 10, a partir das 11h, pelo YouTube. O repertório, que abre com a canção “Senhora da Amazônia”, uma homenagem à “Nazica”, segue com “Balança de Ouro”, “Boi Brinquedo”, “Iniciais BP” e vários outras músicas que fazem sucesso nos cortejos do grupo.

Integrante do Instituto Arraial do Pavulagem, Walter Figueiredo destaca a importância dessa manifestação da cultura popular transcender os limites impostos pela pandemia e buscar alternativas para cumprir sua missão, que, segundo ele é “de brincar, alegrar, agregar as pessoas e suscitar mudanças de atitudes em relação a este planeta, que de forma tão generosa a todos acolhe”.

A exemplo dos anos anteriores, o brinquedo de miriti segue sendo a inspiração dos cortejos de Círio do Pavulagem, “pela ludicidade, plasticidade e singeleza apresentada, em harmonia com o ambiente da festividade religiosa”, diz ele.

CONVIDADOS

Para cantar e encantar o público junto à banda, a transmissão vai contar com os convidados musicais Marianne Lima e Vital Lima, conhecidos por participar das homenagens à Nossa Senhora de Nazaré. E também Waldiney Machado, artista que faz experimentação de sonoridades extraídas de instrumentos construídos com materiais reaproveitados da floresta, como ouriços, favas e cabaças. Em sua participação na live do Arraial do Pavulagem, ele traz um brinquedo sonoro, o roc-roc, típico da festa religiosa e que tem se perdido nos últimos anos.

As partes puramente musicais serão permeadas também por depoimentos e reflexões importantes sobre o brincar e a religiosidade. Entre este convidados está a baiana Lydia Hortélio, pesquisadora, educadora e pianista. Inspirada nos trabalhos de preservação das manifestações musicais da Hungria, Lydia investigou a cultura da criança, reuniu um vasto material sobre crianças brincando, além de uma coleção de mais de 3 mil itens, com brinquedos de diversas regiões brasileiras. Na live, ela fala sobre brinquedos, cantigas da infância e a importância do brincar na humanidade.

Ainda participam do encontro, os artesãos Valdeli e Gugu, da Miritong, a Associação Arte Miriti de Abaetetuba, criadores da barca-voadora “Rainha das Águas”, usada nos arrastões do Círio do Pavulagem; e o poeta e professor abaetetubense João de Jesus Paes Loureiro, que fala da simbologia e a poética por trás dos brinquedos de miriti de sua cidade natal. Ainda deságua na live um pouco da Festividade do Marierrê, que acontece na Vila de Carapajó, em Cametá, em devoção à Nossa Senhora do Rosário. E finaliza com o povo Assurini do Tracará, enviando para o mundo sua mensagem de sabedoria.

Chiquita resiste com liberdade

Não vai ter concentração na Praça da República, nem “transviadação” na Presidente Vargas, ou a espera do anúncio de que a Imagem Peregrina chegou ao seu destino, a Igreja da Sé, para que tudo comece. Mas Eloi Iglesias manda todo mundo se montar e se conectar porque a Festa da Chiquita também vai garantir o seu lugar no Círio de Nazaré em uma versão on-line. A partir das 18h deste sábado, 10, ele transmite direto de um estúdio o seu show em homenagem à Santa, e recebe a participação de artistas e outras personalidades que fizeram parte dos 42 anos de história dessa que é uma das manifestações culturais mais emblemáticas do Círio.

“A Chiquita nunca foi muito planejada, sempre tem muita gente que aparece e se apresenta ali, na hora; então um dos desafios deste ano é que a gente vai ter que se programar melhor. Mas queremos mantê-la como um espaço de encontro, em que as pessoas são livres para fazer suas homenagens, para saber uns dos outros”, comentou Eloi, em entrevista ao DIÁRIO, quando ainda cogitava a ida da festa para o Teatro Waldemar Henrique, o que foi suspenso pelos custos diante da falta de patrocínio.

Entre as participações gravadas, Eloi diz que vai contar com muitas pessoas em outros estados e até em outros países. “Vamos ter depoimentos de muita gente importante que já recebeu nossas premiações, como Dona Onete, Glória Perez, Dira Paes, Jean Wyllys, Fafá de Belém, pessoas que estamos entrando em contato para também ajudar a contar um pouco dessa história da Chiquita”.

Ele reforçou a importância de a Festa da Chiquita marcar seu lugar nas homenagens que se realizam para Nazinha. “A Chiquita não podia ficar de fora, já basta estar de fora das biografias oficiais, por causa do preconceito. As pessoas têm que começar a entender que o Círio é diversidade. A gente não pode mais perder nenhum espaço, então precisamos [com esta programação on-line] pelo menos dar uma demonstração de que estamos presentes”.

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