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VENDAS

Comerciantes sentem o impacto de movimento menor perto da Basílica

Alguns comerciantes dizem que estão tendo uma queda nas vendas.

Imagem ilustrativa da notícia Comerciantes sentem o impacto de movimento menor perto da Basílica camera Com a pandemia e a consequente redução de público que costumava movimentar as proximidades da Basílica por causa do Círio, alguns comerciantes dizem que estão tendo uma queda nas vendas. | Wagner Santana/Diário do Pará

Faltando menos de duas semanas para uma das maiores expressões da fé católica paraense, a capital vive o clima do Círio de Nossa Senhora de Nazaré de forma diferente este ano. A pandemia restringiu a celebração, que não terá as procissões e programações para reunir o público. Tradicionalmente, nesse período, já seria possível observar uma grande circulação de devotos pela cidade, sobretudo no entorno da Basílica Santuário, no bairro de Nazaré.

Quem experimentou essa vivência em Círios anteriores sente falta da agitação. O Círio representa um ganho expressivo para vários segmentos da economia, que foram impactados com as mudanças na festividade, devido à pandemia do novo coronavírus.

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Para os comerciantes e ambulantes que atuam nas proximidades da Basílica Santuário de Nazaré, é a época mais esperada do ano, principalmente em termos de faturamento. Um deles é o comerciante Wagner Nery, 38. Ele atua em uma loja de artigos católicos que existe há 3 anos e precisou buscar outras alternativas para manter as vendas durante a pandemia. A divulgação na internet e entregas na modalidade delivery foram as estratégias adotadas.

“Se a gente for comparar com o ano passado, está um pouco abaixo (as vendas). Mas ficamos na expectativa de que as pessoas venham para ter contato com a Basílica. Houve uma procura maior pelas imagens de Nossa Senhora da Saúde, lançada em função da pandemia”, disse o comerciante. A imagem em gesso custa R$ 70.

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“É um momento que a gente espera o ano todo, principalmente pela venda dos artigos de Nossa Senhora, porque realmente é um ganho a mais. Acreditamos que devemos ter uma queda nas vendas por não ter essa participação presencial das pessoas. Mas virtualmente estamos tendo bastante movimentação”, pontuou Wagner.

EM CASA

Proprietária de uma loja de artigos religiosos situada na travessa Generalíssimo Deodoro, Patrícia Nobre, 33, administra o espaço há 12 anos e lembra que, no mesmo período do ano passado, o parque e a feira no estacionamento do Centro Social de Nazaré já estavam em funcionamento e isso atraía muita movimentação, inclusive de turistas.

“Estamos tendo uma procura maior pelos artigos. Percebemos que as pessoas estão mais interessadas em deixar o lar preparado e bonito para o Círio, que será em casa. Apesar de não ter aquele turismo que a gente sente falta, estamos percebendo que o paraense está comprando mais”, diz.

“A gente se emociona muito. Tem casos de pessoas que perderam a família (na pandemia) e elas estão procurando um conforto. Outras vêm à Basílica e depois querem comprar algo aqui. A gente diz que Nossa Senhora está nos abençoando porque o mercado está aquecido. Estamos sentindo falta mesmo dessa alegria, mas, por outro lado, temos muito o que agradecer”, declarou.

A venda de comidas típicas é também uma característica daquela área da cidade. Os ambulantes que atuam ali se preparam todos os anos para receber os devotos e as pessoas que vêm de fora para celebrar o Círio. Uma dessas pessoas é Mariana Silva, 44, que trabalha há 9 anos em uma barraca de comidas típicas em frente à Basílica. Ela conta que a pandemia mudou o cenário. Em anos anteriores, já nessa época, o trabalho iniciava por volta das 8h e não tinha hora para terminar.

Mas, com a pandemia e a movimentação considerada normal, as barracas passaram a funcionar de 9h às 20h todos os dias. “Para nós é o Natal. Uma renda extra. Estamos tendo esse desfalque na renda e tristes porque não teremos procissões, romarias, com devotos e pessoas que vêm de outros lugares e lotam essa avenida”, comentou. “Estamos numa expectativa de ver romarias pequenas”.

Já Ismael Moraes, 39, proprietário de uma banca de revista na área, faturou ano passado com a venda de mantos e artigos da festa. Porém, esse ano ele observa um movimento fraco. “Chega essa época, a gente coloca os artigos da Santa para vender pro pessoal de fora. Ano passado vendi muito e esse ano, com a pandemia, está fraco. Tinha uma senhora que vinha de Fortaleza e ficava vendendo as imagens e eu os mantos. Ela não virá dessa vez”, explicou.

Ismael sente-se privilegiado de poder acompanhar toda essa comoção de perto. “Todos os anos a gente trabalha bastante, se emociona. O Círio é tudo. Uma época que, além do trabalho, reúne a família, amigos, pessoas de fora que a gente conhece e faz uma amizade. Esse não será assim”.

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