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Augusto Montenegro está cheia de calçadas quebradas, buracos e mato

Calçadas da avenida têm imensos buracos ou não existem, e a lama toma conta.

Imagem ilustrativa da notícia Augusto Montenegro está cheia de calçadas quebradas, buracos e mato camera Calçadas da avenida têm imensos buracos ou não existem, e a lama toma conta. | Irene Almeida/Diário do Pará

Quem anda a pé pelas ruas da capital paraense já deve ter percebido a situação precária das calçadas. Os problemas são inúmeros e vão desde desníveis, passando por buracos, mato e até mesmo a total ausência do passeio público. Uma das avenidas mais afetadas é a Augusto Montenegro, que mesmo tendo passado por uma obra de cerca de R$ 320 milhões – a do BRT Augusto Montenegro – deixou as calçadas literalmente de lado.

Ao longo da avenida é visível a falta de critério em relações a esses espaços. É possível diferenciar exatamente aquelas que foram construídas por particulares, em frente a supermercados, condomínios e shopping, quase sempre mais conservadas e niveladas em relação aquelas que ficaram a cargo do poder público municipal.

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Esse é o caso daquelas que foram contempladas pelas obras do BRT ou pelo menos deveriam ter sido. Enquanto algumas poucas ganharam pavimentação e pinturas, embora permaneçam malcuidadas, a maioria está tomada por buracos, lama, ou pior ainda, nem ao menos chegaram a ser construídas.

A situação se agrava quando mais se afasta do centro da cidade e se segue rumo ao distrito de Icoaraci. Próximo do Grêmio Literário Português, por exemplo, (no sentido centro) as muretas de proteção de concreto usadas nas obras do BRT saíram da pista e foram parar onde deveria estar a calçada.

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A situação obriga moradores da área a se arriscarem e caminhar pela avenida, onde é constante e intenso o fluxo de veículos. A falta de continuação também é comum ao longo de toda avenida.

Algumas terminam em buracos, outras em mato e lixo e não há nesses locais nenhum tipo de aviso ou sinalização para alertar quem precisa circular por essa área. Os pedestres costumam ser surpreendidos com o término da calçada e a necessidade de dividir espaço com os carros na rua.

ESPERA

Samara Saraiva trabalha como cozinheira há cerca de dois anos em um pequeno restaurante situado às margens da avenida. Ela conta que a situação só tem se agravado e parece longe de ter uma solução. “Quando o BRT estava sendo construído todo mundo aqui ficou com esperança de que as calçadas pudessem ser ajeitadas, mas infelizmente isso não aconteceu”, conta.

Segundo ela, no período de chuva a situação fica ainda pior. “A água chega quase na porta, é muito complicado”, diz. Cansado de esperar por uma providência da gestão municipal, o proprietário de dois pequenos comércios próximos, que não quis se identificar, decidiu ele mesmo mandar pavimentar o espaço onde deveria ser uma calçada. “Não dá para ficar como estava, mandei jogar um cimento e pronto, porque não dá mais para esperar pela prefeitura”, disse.

Apesar da situação encontrada pela reportagem, a Prefeitura de Belém informou por meio de nota, que a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) “está executando um programa específico de manutenção de calçadas que já contemplou mais de 100 pontos com novas calçadas, totalizando mais de 30 mil quilômetros quadrados de áreas reformadas em Belém e nos distritos”. Ainda de acordo com a nota “o recurso que está sendo utilizado para reformar calçadas é em torno de R$ 6 milhões”.

ACESSO ÀS CALÇADAS NO BRASIL

Uma consulta pública promovida pela ONG Corrida Amiga contou com a participação de 1.032 pessoas de todo o país, incluindo Pará e revelou ciladas e problemas de acesso para o pedestre em 993 unidades de saúde e educação, em 149 cidades distribuídas em 25 estados do Brasil.

A pesquisa coletou informações sobre os problemas encontrados no deslocamento a pé, incluindo a passagem por calçadas, ruas e acessos. Com ao menos uma participação em 25 estados do Brasil, os números seguem revelando, infelizmente, a falta de compromisso e o estado crítico das calçadas e da infraestrutura para o pedestre.

Os dados coletados serão encaminhados ao poder público de cada município demandando ampliação dos espaços para circulação a pé - especialmente no contexto da pandemia. Entre os resultados apontados pela consulta sobre o que mais incomoda o pedestre em seu deslocamento estão problemas nas calçadas, buracos e obstruções, além da falta de acessibilidade (rampas, piso tátil, semáforos sonoros), calçadas irregulares, com buracos, estreitas e obstruídas. O resultado completa da consulta por ser acompanhado neste endereço eletrônico.

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