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AUXÍLIO EMERGENCIAL

Redução no valor do auxílio vai ficar ainda mais difícil pagar as contas

Pelo menos por enquanto, ainda não deu para pensar o que fazer com o novo valor do auxílio emergencial de R$ 300 anunciado pelo governo federal, no início deste mês. Isso porque boa parte dos beneficiários ainda tenta receber a quarta e, outros até mesmo

Imagem ilustrativa da notícia Redução no valor do auxílio vai ficar ainda mais difícil pagar as contas camera A única renda da Maria Oliveira é do auxílio | Irene Almeida

Pelo menos por enquanto, ainda não deu para pensar o que fazer com o novo valor do auxílio emergencial de R$ 300 anunciado pelo governo federal, no início deste mês. Isso porque boa parte dos beneficiários ainda tenta receber a quarta e, outros até mesmo a segunda parcela do benefício de R$ 600. E, por uma questão até de prioridade, muitos estão focados ainda em resolver questões dessas primeiras parcelas.

Maria Oliveira, de 59 anos, moradora do bairro do Paar, em Ananindeua, procurou cedo uma agência da Caixa Econômica Federal para receber a quarta parcela do auxílio de R$ 600. Essa, aliás, tem sido a sua única renda desde quando começou a pandemia e ela não conseguiu mais trabalhar como vendedora de porta em porta. Mas para a sua surpresa, o valor não estava disponível.

“Cheguei aqui (na agência) às 7h, esperei por quase duas horas na fila e quando chegou a minha vez, o gerente disse que essa quarta parcela só estará disponível no mês de outubro. Ainda não entendi o motivo, porque vinha recebendo normalmente todos os meses até agora”, disse ela, segurando um calendário do benefício nas mãos, apontando que o seu recebimento deveria ser no dia 09/09/2020.

Sem ter recebido uma explicação a contento para esclarecer as suas dúvidas, ela não sabia se tentava mais uma vez enfrentar a fila ou se ia para casa sem saber como sobreviver até o próximo mês. “Preciso desse auxílio para comprar comida e pagar a minha energia. Estou com três papeis atrasados, de uma renegociação que já fiz na qual estou pagando R$ 130 por mês. Ainda não sei como fazer para sobreviver até outubro sem receber”, contou ela, que mora com um neto e duas filhas.

COMIDA

Sobre o novo valor do auxílio, metade daquele usado para pagar as contas básicas e comprar alimentos, ela parece resiliente. “Vai ter que dar pelo menos para comer”, opinou.

Rosenildo Silva
📷 Rosenildo Silva |Irene Almeida

Quem também não conseguiu receber o auxílio na manhã do último dia 9 foi Rosenildo Silva, 56. Ele chegou cedo na agência da Caixa, na avenida Dr. Freitas, no bairro do Marco, mas ainda na fila foi informado por um funcionário que o seu benefício só estaria liberado no próximo mês. “Ainda estou tentando receber a terceira parcela. As outras duas consegui receber sem problemas, mas agora essa (a terceira) estão dizendo que só em outubro. Não tenho como ficar o mês todo sem nada”.

Até março, Rosenildo trabalhava como autônomo, mas, com a pandemia, viu a oferta de serviços desaparecer. “Fiquei sem trabalho e procurei o auxílio porque, apesar de ser separado e morar sozinho, ajudo os meus seis filhos”.

Para complementar a renda, ele diz conseguir vez por outra algum “bico” como pedreiro, mas nem sempre isso acontece. “Agora vou ter que correr atrás mesmo, porque com esse novo valor do auxílio que é a metade do que estamos recebendo, tudo vai ficar ainda mais difícil”.

Homero Hoshino
📷 Homero Hoshino |Irene Almeida

Debaixo do sol, quase 10h da manhã, o técnico em eletrônica Homero Hoshino, 39, aguardava desde as 8h30 para receber a segunda parcela no valor de R$ 600 do auxílio emergencial a que tem direito. Era a terceira vez que ele estava indo na Caixa para tentar receber o benefício. “Recebi a primeira, mas quando fui pegar a segunda apareceu um indício de fraude. Tive que vir aqui (na Caixa) umas três vezes para resolver, até que me disseram que hoje (dia 9) eu receberia”, disse.

Para tentar sobreviver enquanto aguardava a liberação do auxílio, ele tentou trabalhar como motorista de aplicativo, alugando carro, mas não teve muito sucesso. “É muito difícil, porque os custos ficam altos. Infelizmente esse valor atual do auxílio mal dá para pagar a conta de energia, que anda bem alta. Quando ficar menor então, vai ficar mais complicado ainda. O jeito é buscar ajuda da família, enquanto não aparece trabalho”.

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