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SAÚDE

Conheça os sinais da depressão em crianças e adolescentes

Mal que não faz distinção entre faixas etárias, o transtorno depressivo também atinge crianças e adolescentes, e pelas peculiaridades inerentes à pouca idade, pode tornar-se ainda mais difícil de ser identificado e diagnosticado. Facilmente confundida com

Imagem ilustrativa da notícia Conheça os sinais da depressão em crianças e adolescentes camera A depressão pode atingir pessoas de diferentes faixas etárias, mas e quando ela acomete alguém tão jovem? Quais são os sinais de que algo está errado? Confira o que diz psicóloga | Reprodução/Psicologiaviva

Mal que não faz distinção entre faixas etárias, o transtorno depressivo também atinge crianças e adolescentes, e pelas peculiaridades inerentes à pouca idade, pode tornar-se ainda mais difícil de ser identificado e diagnosticado. Facilmente confundida com mudanças de humor e comportamentos comuns à transição entre fases tão intensas da vida humana, a doença pode cair no negacionismo, às vezes por parte até dos próprios pais e familiares, que não conseguem admitir a possibilidade de ter alguém tão jovem, e aparentemente sem motivos, enfrentando um quadro de depressão.

“A criança depende do adulto para dar significação ao que ela está sentindo, por isso tem a grande dificuldade de expressar que está deprimida, pois não sabe nomear o que está vivenciando”, explica Jéssica Leonardo, psicóloga do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE).

Segundo a profissional de saúde, essa dificuldade de comunicar ou verbalizar o sentimento pode acabar transformando-se em queixas de dores físicas, que são mais fáceis de descrever. E quanto menor a idade, mais difícil é a obtenção de um diagnóstico preciso. No caso de ocorrências na fase pré-escolar, que vai até os seis, sete anos, não é incomum um quadro de depressão passar batido como momentos de birra, mau humor, agressividade e má criação.

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“A partir dessa idade para frente, as manifestações já conseguem ser verbalizadas, e relatadas como tristeza, tédio, choro fácil, há o isolamento social daquela criança, que ou não tem muitos amigos, ou brinca pouco com outras. O desempenho escolar é fraco ou entra em declínio, e pode ocorrer até mesmo a recusa de ir à escola”, aponta Jéssica.

Jéssica Leonardo
📷 Jéssica Leonardo |Divulgação

Os sintomas expressados pelos adolescentes se aproximam daqueles observados em adultos e, independentemente de menos ou mais idade, a intensidade e a duração dos sentimentos devem ser cruciais para a elaboração do diagnóstico.

ANSIEDADE

“Aqui já entra com mais força o transtorno de ansiedade, que pode afetar hábitos alimentares, causar perda de apetite e até ser confundido com anorexia ou bulimia. A rebeldia, o transtorno de conduta, a fobia social. De qualquer modo, cada criança, cada adolescente vai manifestar de forma singular, devido ao seu processo de crescimento, dinâmica familiar, histórico de vida, etc”, detalha a psicóloga.

“Dietas milagrosas”: todo cuidado é pouco

A partir dos oito, nove anos de idade, pode haver uma tendência a comportamentos autodestrutivos. Então os sinais provavelmente estarão no comportamento. “O adolescente é, na maior parte das vezes, a maior fonte de informações sobre seu sofrimento psíquico. São as pessoas do círculo social que mais percebem. Pais nem sempre, porque tem o clichê da puberdade, a fase da ‘aborrecência’, e acabam excluindo ou agregando todos esses comportamentos. Isso pode contribuir para o aumento do sofrimento e desenvolvimento de formas mais graves da depressão”, alerta Jéssica Leonardo.

“Estamos falando de um transtorno de diferentes critérios de intensidade e duração dos sintomas. Se há a percepção de persistência por 15 a 20 dias de dois ou três desses, é importante a avaliação de um profissional capacitado”, recomenda.

Fatores genéticos, história de vida e fatores psicossociais podem contribuir para a composição de um transtorno depressivo infantil ou adolescente. “Aumenta três vezes a possibilidade se um dos pais tiver tido depressão. A doença também pode se manifestar em situações traumáticas: morte de uma pessoa importante, de animal de estimação, pela separação dos pais, mudança de colégio, hospitalização, abuso físico e sexual”, exemplifica.

Importância do acolhimento

De acordo com a psicóloga, a discussão do tema infantil é recente, vem da década de 70, e até então se achava que criança não tinha maturidade psicológica para desenvolver um quadro de depressão - daí a resistência dos pais em entender o comportamento como doença.

“A primeira reação da figura do cuidador é se sentir culpado, ou que errou na educação, mimou demais, criou mal. É importante desmistificar mais e mais essa temática, para que não haja demora em procurar ajuda profissional, principalmente em crianças menores. Os pais não devem se culpabilizar, mas se acolher, enquanto pais e humanos, e promover esse acolhimento para a criança e encaminhar à ajuda adequada. Na maior parte das vezes, o suporte familiar e psicológico é suficiente, embora haja casos que requeiram tratamento com remédios”, explica.

Serviço

Sintomas que podem sugerir a necessidade de uma avaliação psicológica

Idade pré escolar (até seis, sete anos): frequentes dores de cabeça, dor de barriga e abdominais; perda do prazer de brincar; dificuldade de aquisição de novas habilidades sociais adequadas; ansiedade de separação; fobia e alteração do sono.

Idade escolar (de sete a 12 anos): perceptível sentimento de tristeza; tédio; aparência triste; choro fácil; fadiga; isolamento; não brinca com os amigos; vínculos empobrecidos; baixa autoestima; sentimentos negativos da autoimagem (“não faço nada certo”, “sou bobo”, etc); declínio escolar ou perda do interesse escolar e de ir a escola.

A dolescência (12 anos em diante): manifestação de sintomas mais adultos, porém com instabilidade; irritabilidade; ter crises explosivas de raiva; dificuldade de concentração; falta de interesse; comportamentos autodestrutivos; ideação suicida; uso abusivo de álcool e/ou outras drogas; empobrecimento da relação com os pais.

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