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Prefeitura gasta mais de R$ 600 mil e Praça Waldemar Henrique segue abandonada

A placa indica o início das obras no último dia 14 de agosto. Mas sinal de trabalho, que é bom, nada. Por todo espaço da praça Waldemar Henrique, no centro de Belém, quase nenhum sinal de benfeitoria, embora o local seja um dos mais representativos na his

Imagem ilustrativa da notícia Prefeitura gasta mais de R$ 600 mil e Praça Waldemar Henrique segue abandonada camera Prefeitura diz que vai gastar R$ 638 mil em três meses, mas até agora nem sinal de obras. | Celso Rodrigues/Diário do Pará

A placa indica o início das obras no último dia 14 de agosto. Mas sinal de trabalho, que é bom, nada. Por todo espaço da praça Waldemar Henrique, no centro de Belém, quase nenhum sinal de benfeitoria, embora o local seja um dos mais representativos na história da cultura popular da capital. Palco de shows, festivais, concursos de quadrilhas juninas e eventos culturais memoráveis, o logradouro hoje padece com um abandono que há quase duas décadas joga fora toda beleza projetada para ser um lar da cultura paraense e uma homenagem a um dos maiores compositores do país.

Segundo a placa fixada na avenida Assis de Vasconcelos, serão 90 dias de obra, ao custo de R$ 638.573,70. Mas nenhuma movimentação é vista. Na verdade, não há visitantes, não há vendedores, não há razão de ir a um lugar tão sujo, insalubre, abandonado e perigoso. A realidade da Praça Waldemar Henrique é triste: de palco cultural, tornou-se hospedagem de moradores de rua e usuários de drogas.

Prefeitura gasta mais de R$ 600 mil e Praça Waldemar Henrique segue abandonada
📷 |Celso Rodrigues/Diário do Pará

A concha acústica virou um grande abrigo a céu aberto; o violão que dá vida ao escorregador infantil há tempos não funciona. O monumento ao maestro que dá nome a praça está todo pichado, coberto por mato e rodeado de fezes. O odor que exala é insuportável ao ponto de provocar ânsia de vômito em quem se depara com tanta imundice. O palco piano e as arquibancadas que testemunharam as grandes batalhas juninas dos concursos anuais, hoje só servem para abrigar gente em situação de risco.

Parte da estrutura da arquibancada, que fica sobre a parada de ônibus, está cedendo. Aliás, até mesmo os vendedores, que antes insistiam em permanecer nos quiosques, parecem ter desistido de trabalhar ali.

Durante a tarde, no auge do calor, absolutamente ninguém é visto no local. Apenas dois funcionários, que aparentemente pertencem a obra da Prefeitura de Belém, que conta com recursos federais, estavam no local. Por meio nota, a Seurb informou que os serviços de reforma geral da praça iniciaram pelos banheiros. A empresa executora, diz a nota, está nas etapas iniciais com mobilização de material, equipamentos e pessoal.

Prefeitura gasta mais de R$ 600 mil e Praça Waldemar Henrique segue abandonada
📷 |Celso Rodrigues/Diário do Pará

A PRAÇA

A Praça Waldemar Henrique foi inaugurada em 1999 pelo então prefeito Edmilson Rodrigues. Ela foi pensada para, além de homenagear o maestro, ser um ponto de integração para os diferentes bairros da cidade. A praça tem como foco o universo musical tanto em sua estrutura quanto em seu aspecto abstrato, com espaço para crianças com brinquedos em forma de instrumentos musicais, uma concha acústica e jardins.

O MAESTRO

Pianista, maestro e compositor de algumas das mais belas canções do repertório lírico brasileiro, como “Uirapuru” e “Foi boto, sinhá”, Waldemar Henrique compôs cerca de 200 canções inspiradas no folclore amazônico. Por mais de dez anos, dirigiu o Theatro da Paz em Belém, cidade onde, em setembro de 1979, foi inaugurado um teatro para 220 pessoas, batizado com seu nome. Waldemar nasceu em Belém no dia 15 de fevereiro de 1905 e faleceu em 27 de março de 1995.

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