Os 'novos' dias de aula dos alunos. Veja o que mudou na rotina escolar!

“Para nós, parece que também é o nosso primeiro dia de aula na escola. Hoje, remonta o dia 2 de fevereiro de 2004, quando iniciamos nossas atividades aqui na instituição”, lembrou Reginaldo Martins, diretor e professor do Sistema Educacional Acrópole, uma das escolas de ensino particular que retomaram suas atividades presenciais na manhã de ontem (1). O decreto estadual nº 800/2020 autorizou a volta às salas de aula desde que as instituições cumpram as medidas e regras estabelecidas de prevenção a Covid-19.

No Acrópole, as turmas regressaram com apenas 25% da lotação de cada sala de aula. Além da diminuição da quantidade de alunos nesse primeiro momento, a estrutura física do colégio passou por várias mudanças, explicou o coordenador administrativo, Itamar Magalhães. “Já estávamos trabalhando para esse retorno há pelo menos três meses, pensando em toda essa estratégia de volta”, explica.

A partir de um plano de retorno formado pela direção, mesmo antes do decreto ser publicado, o colégio começou a fazer as sinalizações que indicam o fluxo de entrada e saída dos alunos, assim como o direcionamento para as salas de aula e banheiros. “Tudo isso foi pensado bem antes até da liberação sair para evitar a questão do contato e aproximação física”, disse o coordenador.

Logo na entrada da escola os alunos eram recepcionados e tinham suas temperaturas corporais aferidas. Após, eram orientados a seguir pelas sinalizações instaladas que os levavam direto para os blocos e salas, já preparados seguindo as recomendações do protocolo de funcionamento e distanciamento.

Itamar lembra que a escola não tinha uma estrutura que separava os blocos de salas, por isso grades foram posicionadas estrategicamente para evitar que os alunos circulassem livremente, como era naturalmente. “Sabemos que essa situação dentro de um ambiente escolar não é tão boa, mas nesse momento se faz necessária e é fundamental para a preservação da saúde deles”, ressalta.

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PAIS E FILHOS

No primeiro dia de retorno os pais e responsáveis por alunos também aprovaram todas as medidas adotadas pela instituição, a expectativa era que tudo ocorresse da melhor forma possível. “Depois desse longo tempo as crianças já estavam ‘superloucas’ para voltar aqui para a escola, e a expectativa nossa como pais também era grande. Tenho certeza que a escola se preparou bem para receber os alunos e a gente espera que dê tudo certo”, disse o administrador Sérgio Batalha, 45 anos, pai de Matheus de seis anos, e do Vitor de apenas três anos.

A pequena Júlia chegou animada para o retorno das aulas no colégio. A mãe, Josiane Galvão, confessou que estava um pouco apreensiva, mas que confiava na preparação da escola para receber os alunos da melhor forma possível. “Há pelo menos três meses a escola já vinha conversando com a gente. Os pais vieram antes na escola para ver como estava essa preparação e tudo mais”, conta.

A mãe explica que desde casa já vinha fazendo um trabalho de orientação com a filha para prepará-la para esse momento. “Conversamos bastante em casa e ela já sabe que não vai poder abraçar o coleguinha, que vai dar ‘tchauzinho’ só de longe por causa do bichinho que é coronavírus. Ainda bem que as crianças de hoje já nascem bem espertas e assimilando rápido as situações”, diz Josiane.