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BALANÇO

Setores da economia começam a voltar a crescer

Nos primeiros 6 meses deste ano a economia no mundo sofreu impactos devastadores causados pela pandemia de Covid-19. E no Pará não foi diferente. Mas, apesar da doença ainda estar forte no país, os números já registram sinais de melhora gradual nos indica

Imagem ilustrativa da notícia Setores da economia começam a voltar a crescer camera Wagner Almeida/Diário do Pará

Nos primeiros 6 meses deste ano a economia no mundo sofreu impactos devastadores causados pela pandemia de Covid-19. E no Pará não foi diferente. Mas, apesar da doença ainda estar forte no país, os números já registram sinais de melhora gradual nos indicadores no Estado. A indústria e o comércio começaram a apresentar recuperação no final do primeiro semestre no Pará. O agronegócio só cresceu. O setor de serviços, entretanto, permanece em queda segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria paraense iniciou o ano em queda de -4,9% em janeiro. Teve uma melhora em fevereiro, com aumento de 6,9%. Porém, em março a pandemia impactou o setor, ocasionando uma queda de -14,2%. “Felizmente, nos meses de abril e junho houve melhora, com aumento de 3,5% e 2,8%, respectivamente”, destaca Douglas Gomes de Oliveira, gerente de planejamento e gestão da unidade estadual do IBGE.

Segundo José Conrado Santos, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), as indústrias no Estado já vinham, desde o ano passado, enfrentando dificuldades com a competição de produtos de outros países. “Cada vez mais produtos acabados entram no Brasil e no Estado, impactando a produção local, seja em qualquer setor”.

Essa competição, diz, foi gerando dificuldade. “As pequenas e médias são justamente as que estão no meio, entre a grandes e as micro, e a pandemia global veio como um vendaval para elas. As mega indústrias não foram impactadas nesse aspecto, porque os contratos de venda são a longo prazo. Elas é quem sustentaram a arrecadação do Estado e da balança comercial no Pará e continuaram gerando empregos diretos e indiretos”.

Para enfrentar a crise, as pequenas e médias reduziram jornadas de trabalho e salários. Outras só reduziram jornadas e trabalharam com banco de horas. Há ainda as que anteciparam férias. No momento, está havendo a retomada das atividades, mas continua o problema de competição com produtos de fora.

“Como é tradição no nosso país, os grandes consumidores ainda são as prefeituras e os governos. Então vamos precisar, a partir de agora, de políticas nos municípios e Estado para incentivar o consumo, proteger o nosso mercado incentivando as compras locais e partir para uma modernização do nosso parque industrial”.

Para isso, a Fiepa está em contato com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme). “Nossa maior preocupação é que como as empresas já fizeram de tudo, inclusive tomaram empréstimo, para segurar os efeitos da crise, talvez não haja outra saída futuramente a não ser as demissões em massa”.

Quanto ao comércio, o setor iniciou 2020 com um crescimento de menos de 1%, em janeiro e fevereiro. Porém, em março e abril ocorreu uma queda expressiva de -10,4% e -13,3%, respectivamente. “Entretanto, a partir de maio o comércio paraense começou a apresentar uma alta com 2,6%, subindo significativamente em junho para 39,1%”, aponta Douglas.

Lúcia Cristina de Andrade Lisboa, assessora econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Pará (Fecomércio) lembra que o setor produtivo do Pará sofre os efeitos da crise mundial e nacional, apesar das medidas adotadas pelo governo estadual, que contribuíram para amenizar os impactos.

Os sinais de reativação da economia, sobretudo em junho, segundo ela, são resultado, em parte, das medidas emergenciais, que tem efeitos limitados. “Ocorrem problemas estruturais e conjunturais da economia paraense, que impedem a recuperação mais acelerada e no mesmo nível de produção anterior à crise”, destaca.

Lúcia lembra que comércio, serviços e turismo foram muito impactados pela pandemia. “As perdas nesse primeiro semestre foram de queda nas vendas e receita baixa, inclusive muitas empresas não conseguiram retornar, mesmo após reabertura das atividades, sobretudo as micro e pequenas empresas”.

Em abril houve redução de -57% nas vendas do varejo e eventos de maior demanda, como Dia das Mães tiveram vendas reduzidas em até 80%. Como sinal claro da recuperação econômica, em junho, as vendas do comércio varejista para as empresas que possuem acima de 20 empregados cresceram 39%.

“Mas esse crescimento não recuperou os prejuízos acumulados”, diz. “No acumulado do primeiro semestre do ano, o comércio varejista ampliado permanece com volume de vendas inferior em -2,1% ao mesmo período de 2019”.

Lúcia ressalta ainda que para as micro e pequenas empresas do varejo, os impactos da Covid-19 permanecem altos com queda média no faturamento na ordem de -42%, mas já indicando uma recuperação, uma vez que em abril o desempenho mensal era de -69%. “Essa melhoria é provavelmente em função do auxílio emergencial, Fundo Esperança, reabertura dos negócios e a adaptação e estratégias de alternativas de vendas”.

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