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PANDEMIA COVID-19

Caso de reinfecção reforça que cuidados devem ser mantidos 

Esta semana a confirmação de cientistas em Hong Kong sobre o primeiro caso no mundo de reinfecção pelo novo coronavírus acendeu novos questionamentos sobre a pandemia. Um dos principais, diz respeito ao período que uma pessoa pode ficar, de fato, imune de

Imagem ilustrativa da notícia Caso de reinfecção reforça que cuidados devem ser mantidos  camera Nas ruas de Belém, máscaras ainda são comuns, mas há aglomerações, o que traz riscos. | Wagner Santana/Diário do Pará

Esta semana a confirmação de cientistas em Hong Kong sobre o primeiro caso no mundo de reinfecção pelo novo coronavírus acendeu novos questionamentos sobre a pandemia. Um dos principais, diz respeito ao período que uma pessoa pode ficar, de fato, imune depois de contrair a doença, já que no caso relatado, o novo contágio ocorreu exatamente cinco meses após o primeiro, mais ou menos o mesmo espaço de tempo que o primeiro caso de Covid-19 (18 de março) foi identificado em Belém. A notícia também reforça a necessidade de se manter as medidas de proteção, principalmente com relação ao uso de máscara, distanciamento social e a higienização das mãos, mesmo para quem já foi infectado pelo vírus.

A infectologista Marília Brasil explica que apesar de não haver, até essa confirmação, evidências bem documentadas sobre casos de reinfecção, essa já era uma notícia esperada por pesquisadores. “O que chamamos de reinfecção é uma infecção por uma outra cepa do mesmo vírus. O Sars-CoV-2 (covid-19) tem outra cepa e nós já sabíamos disso, porque os vírus, especialmente os respiratórios, como é o caso do influenza, costumam causar essa nova infecção por uma mutação do mesmo vírus”, ressalta.

A médica afirma que por ser um vírus novo – a primeira infecção detectada por ele foi em novembro de 2019 – muita coisa ainda é desconhecida pelos estudiosos. “Existe a necessidade de estudos porque ainda não se tem uma literatura sobre ele, até porque temos aí com apenas nove meses desde que surgiu e dentro desse período, ainda vem sofrendo mudanças”, destaca.

Estudos preliminares apontam para um tempo de imunidade entre seis meses e um ano, mas a infectologista lembra existirem outros meios de imunidade sendo estudados, além da presença de anticorpos. “Não sabemos ainda o que esse caso de reinfecção no período de cinco meses pode significar, até porque temos casos de pessoas que desenvolvem imunidade e outras não. Tudo é ainda muito novo”, avalia.

De concreto até agora, segundo a médica, existe o fato do vírus ser “altamente agressivo e capaz de causar sérios danos. Por isso, ficamos apreensivos em relação a saber o que realmente vai acontecer, a partir dessas modificações (que o vírus vem sofrendo) porque ainda não temos a vacina”, analisa.

Por outro lado, a infectologista lembra que a humanidade já passou por outras pandemias, como a da gripe espanhola (entre 1918 e 1919) e consegui superá-las. “Já temos uma vacina a caminho acredito que para o ano que vem. Lamentavelmente perdemos mais de 100 mil vidas e temos um número alto de infectados, mas os números de casos vêm diminuindo e nos casos de reinfecção os danos podem ser menores”, diz.

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RECOMENDAÇÕES

A médica reforça que o caso corrobora para que as recomendações de manter o distanciamento social, usar máscaras e higienizar as mãos sejam mantidos. “As pessoas devem entender que não temos como agir da mesma maneira de antes, que agora os cuidados fazem parte do nosso novo normal, porque enquanto não tivermos uma vacina, não se pode aglomerar”, ressalta.

Nas ruas da cidade é possível observar um relaxamento com as medidas protetivas, principalmente com relação ao uso de máscara em locais público – o que é obrigatório – assim como o não cumprimento do distanciamento social.

O casal formado pelo aposentado Pedro Wanzeler e pela serviços gerais, Elza Almeida afirma que tem procurado manter os cuidados para prevenir a Covid-19, mas vem percebendo um descaso geral da população. “Não usar máscara em um local público é uma falta de respeito muito grande e cada vez mais comum nas ruas. As pessoas realmente não estão mais tendo o mesmo cuidado”, opinou o aposentado.

Já Elza se diz temerosa pelo relaxamento com as medidas protetivas. “É um vírus com um contágio muito fácil. Ninguém da nossa família pegou, mas perdemos amigos e pessoas próximas, por isso preferimos manter todos os cuidados, apesar de perceber que a maioria das pessoas não está mais pensando dessa forma”, disse.

O vendedor de coco, Fábio Pantoja também vem constatando que as medidas protetivas vêm sendo deixadas de lado pela população. “Infelizmente isso está acontecendo e me preocupa muito porque sou asmático e procuro manter os mesmos cuidados de antes. Estou sempre de máscara e com álcool, especialmente porque trabalho com dinheiro, então estou sempre higienizado as mãos”, contou.

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