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ENTREVISTA

Desafios do jornalismo: "Os meios de comunicação se fortalecem trabalhando integrados"

Mudança de formato e adequação às novas mídias, aliando sempre a competência editorial e a inovação. Essa vem sendo a fórmula do sucesso editorial do DIÁRIO DO PARÁ ao longo dessas quase quatro décadas. Na vanguarda de sempre investir em novas tecnologias

Imagem ilustrativa da notícia Desafios do jornalismo: "Os meios de comunicação se fortalecem trabalhando integrados" camera Diretor Geral do Grupo RBA, Camilo Centeno diz que o jornalismo continua forte e a integração entre as redações é uma tendência irreversível no mundo moderno | Irene Almeida

Mudança de formato e adequação às novas mídias, aliando sempre a competência editorial e a inovação. Essa vem sendo a fórmula do sucesso editorial do DIÁRIO DO PARÁ ao longo dessas quase quatro décadas. Na vanguarda de sempre investir em novas tecnologias e nas mais modernas técnicas de impressão existentes no Brasil e no mundo, colocaram o jornal no patamar de maior do Pará e um dos mais acessados no País para quem quer conhecer os assuntos e temas da nossa terra. E foi assim que o Diário chegou aos seus 38 anos de idade. “Sempre nos desafiamos para fazer um grande jornal, competitivo, capaz de superar a concorrência. Muitos achavam que isso era impossível, mas conseguimos. Agora o novo desafio é enfrentar a concorrência da mídia digital. Os jornais precisam se reinventar na Internet”, diz Camilo Centeno, diretor geral do grupo RBA, que define o DIÁRIO como “um jornal de sucesso, jovem, antenado com o que se passa no Pará, no Brasil e no mundo e consciente do seu papel na história do desenvolvimento do nosso Estado”. Na entrevista a seguir, Camilo fala um pouco dos principais desafios da mídia impressa nos próximos anos.

D– Com o crescimento das redes sociais, o jornalismo passou por muitas mudanças nos últimos anos. Como você vê esse processo?

R: Assim como o mundo, o jornalismo passa por grandes transformações com a presença cada vez mais forte do mundo virtual. No jornalismo tradicional, o jornalista apurava de manhã para o jornal no início da tarde, ou para o telejornal no fim do dia. E o repórter do jornal impresso para o dia seguinte. Esse processo permanece, mas nos últimos anos o jornalismo digital, o on-line, mudou essa realidade. Hoje as coisas acontecem e são imediatamente postadas nas redes sociais e nos portais de notícia, dando mais dinâmica à informação. O que sai no dia seguinte é uma notícia mais trabalhada. Foi com essa perspectiva que criamos o DOL há 10 anos e não é à toa que hoje ele é o maior portal de notícias do Norte do País e um dos maiores do país.

D– Dentro dessa perspectiva, como fica o papel do jornalismo impresso sobretudo no Estado de grandes dimensões como o Pará?

R: O jornal impresso continua tendo um papel imprescindível, pois aprofunda as notícias, investiga, trata de opinião, indo além da simples divulgação de uma notícia factual. Não existe essa história de um veículo substituir ou enfraquecer o outro. Os diferentes meios de comunicação só se fortalecem trabalhando integrados. O hábito da leitura em papel permanece e cada vez mais os jornais vão ter que se aprimorar e se reinventar editorialmente. O jornal possui uma série de vantagens em relação à Internet e que jamais serão substituídas, como a possibilidade do leitor poder levá-lo para onde quiser e ler a qualquer momento; não necessitar estar conectado e nem ter energia...O jornal não vai acabar como muitos preveem. Aliás, essa discussão já é travada há muitos anos. Vai haver uma mudança de formato e uma adequação do veículo às novas mídias. A mídia eletrônica ocupa um grande espaço, sem dúvida, e os jornais tiveram uma redução e passaram a ocupar um outro nicho de mercado.

D–Jornais tradicionais, por exemplo, migraram também para leitura nas plataformas digitais... Essa seria a tendência?

R: A nova realidade imposta pela Internet e pelas mídias sociais obrigou a isso. Os leitores mudaram seus hábitos de consumir a notícia e os grandes jornais tiveram que se adaptar a isso. Hoje, se você soma a audiência dos jornais impressos e dos digitais, vemos que os impressos agregam mais público em relação ao que tinham antes. No caso do DIÁRIO, ao somarmos a audiência do jornal impresso e do DOL, vemos que crescemos 4% no ano passado. Isso ocorre também com o Estadão, Folha de São Paulo, O Globo, New York Times. Essa é a nova realidade: trabalhar as plataformas de maneira conjunta. Quando tomamos a decisão de unir as redações da RBA TV, Diário, DOL e das rádios, já estamos pensando nessa direção, onde a mesma notícia fosse compartilhada e cada veículo a divulgasse do seu modo. Na pandemia, por exemplo, tivemos uma queda inevitável na circulação do jornal. Como houve uma forte quarentena e isolamento social, as pessoas não iam para rua comprar jornal, o que ainda é uma forte característica aqui do nosso Estado, mas tivemos crescimento no número de assinantes e nos acessos ao jornal digital. O jornal não perdeu circulação. Quem deixou de ler no papel, passou a ler na versão digital.

D–O DIÁRIO é um jornal que sempre foi pioneiro em trazer para o Estado as mais modernas tecnologias nas mais variadas áreas

R Sem dúvida! Apesar de ter uma história de vida relativamente curta, o jornal já fez muita história no Pará: foi o primeiro do Norte a usar, em 2004, o “Computer To Plate (CTP)”, que aboliu o uso de fotolitos para produção de chapas de impressão, tornando o processo todo digital. A competência editorial e a inovação sempre foram nossa prioridade. Jamais deixamos de investir em novas tecnologias e nas mais modernas técnicas de impressão existentes no Brasil e no mundo. O jornal também foi o primeiro do Brasil, em 2005, a usar a tecnologia de impressão com tinta ultravioleta (UV), tecnologia avançada e ecologicamente correta. Investiu ainda num sistema digital de entintamento que dá maior precisão nas cores e reduz o consumo. Há 7 anos, o jornal instalou um sistema automático de controle da impressão da rotativa, que reduziu as perdas do início da impressão e permitiu total precisão na reprodução de imagens. Nesse aspecto da vanguarda, o DIÁRIO também foi o primeiro jornal do Norte a trazer QR Codes nas reportagens naquele que foi um dos primeiros passos na busca pela interatividade com o leitor.

Desafios do jornalismo: "Os meios de comunicação se fortalecem trabalhando integrados"
📷 |Irene Almeida

D–Lembro que na época de lançamento do DOL foi reforçado que o portal seria o “braço digital do DIÁRIO”

R: Exatamente. O portal cresceu muito nos últimos anos, agregando valor editorial, audiência cada vez maior, e hoje é um veículo totalmente independente, com equipes próprias. Com esse crescimento, o portal passou a ter tanta força quanto o jornal impresso. Hoje o DOL é uma referência em todo o Estado. É lido em todos os lugares do Brasil ou do mundo onde se queira saber notícias sobre o Pará. Em 2019, o DOL atingiu a impressionante marca de mais de 293 milhões de pageviews, ou páginas vistas, um crescimento de 53% em relação a 2018. Nenhum portal atingiu essa marca na Região Norte. A previsão é que cheguemos a 350 milhões de pageviews até o final de dezembro. Em julho do ano passado, tínhamos 2,6 milhões de usuários. Em julho desse ano pulamos para 3,4 milhões, o que representa um crescimento na ordem de 30%. O DOL é uma empresa consolidada no mercado. Temos feito muitos investimentos em tecnologia tornando o portal mais rápido, com maior velocidade de acesso. Temos hoje uma velocidade de carregamento até maior do que grandes portais brasileiros. O portal cada vez mais aprimora e agrega conteúdo, sempre trazendo novos produtos e novidades.

D–O jornal passou por vários momentos que ficaram na história da imprensa paraense...

R: Verdade... Nossa atual rotativa, uma Manugraph Dauphin Graphics Machines (DGM) 430 veio dos Estados Unidos, em 2002. Até então, tínhamos uma máquina velha, com baixa qualidade e poucos recursos. Nossa atual impressora é moderna, modular e nos permite fazer um produto com qualidade. Esse investimento mudou a nossa imagem junto aos anunciantes e aos leitores de uma forma surpreendente. A marca dessa virada tecnológica ocorreu na histórica edição do Círio 2002, quando o jornal circulou com todas as suas 169 páginas coloridas, feito nunca realizado no Pará até então. Em 2011 o jornal inovou novamente e colocou em operação uma nova CTP que deu um salto de qualidade na pré-impressão do jornal. Na época o modelo Kodak Trendsetter 800 era o mais avançado tecnologicamente e ecologicamente, preservando o meio ambiente, acabando por completo com a processo de revelação e a utilização de substâncias químicas na produção de chapas. Também em 2011 adquirimos mais uma torre de impressão para a rotativa. Foi a sexta expansão da máquina, que hoje permite a impressão de cadernos com até 24 páginas ou até dois cadernos de 12 páginas full color (todo em cores). Em 2014 o jornal adquiriu um moderno equipamento de impressão comercial: a impressora alemã Heydelberg Speedmasrer CD74, com 8 unidades de impressão e uma unidade de verniz, que imprime livros, revistas, cartazes, folders, blocos e até embalagens de produtos com altíssima qualidade.

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