O trecho da avenida Pedro Miranda que vai da Lomas
Valentinas até a avenida Doutor Freitas, no bairro da Pedreira, é um centro de
comércio automotivo pulsante. São dezenas de lojas que comercializam peças,
fazem reparos, compram e vendem tudo ligado ao setor. Entretanto, um antigo
problema vira e mexe volta à tona: o excesso de sucatas de veículos que são
deixados ao longo da via traz uma dor de cabeça a quem mora e transita pela
área.
Entra ano e sai ano, o problema persiste e a solução
continua distante. Basta circular o perímetro para constatar o “cemitério” de
veículos. No geral, são colocados ali pelas lojas especializadas e acabam servindo
para abastecer com peças os clientes que chegam. Com um perfil essencialmente
comerciante, os poucos moradores que resistem sofrem com os transtornos. E com
medo de represálias, dizem que não adianta denunciar sem que haja fiscalização
adequada.
Um desses moradores, que prefere não se identificar, diz que
às vezes é difícil entrar em casa, tamanho é o tumulto de carros na rua. “Eles
formam fila tripla. Não tem nenhum tipo de fiscalização. Outro dia quase bato
um desses carros porque não conseguia espaço para manobrar e entrar em casa”,
reclama o morador de 63 anos. Há mais de 40 anos ele vive no local e diz que a
reclamação é antiga. “O pior de tudo é que nós nos conhecemos. Somos vizinhos e
fica ruim chegar num consenso”, lamenta.
Os carros deixados no meio da via são os mais diversos.
Desde modelos populares com poucos defeitos visíveis, até sucatas completamente
destruídas, com aparência de abandono a longo prazo. “Às vezes eles colocam o
carro e vão tirando as peças aos poucos. Quando vê já está na carcaça”,
complementa outro morador, que prefere não ter a identidade revelada. Outros
são colocados na rua por falta de espaço nas lojas.
Em nota, a Prefeitura de Belém diz que a Coordenadoria da
Ordem Pública realiza a fiscalização seguindo o Código de Posturas do
Município. Diz a nota que o órgão vai identificar e notificar os responsáveis
pelas sucatas e estabelecer um prazo de 24 horas para a retirada, sob pena de
multa.
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