Belém registra movimento tranquilo em unidades de saúde

Na tarde de ontem, uma equipe do DIÁRIO percorreu unidades de pronto atendimento (UPAs), o Hospital de Pronto-Socorro da 14 de Março, além do Hospital Dom Vicente Zico, o Hospital de Campanha instalado no Hangar e a Policlínica Itinerante para verificar a movimentação nos locais, em Belém.

A busca por atendimento de pessoas com sintomas de Covid-19 era considerada pequena. Do lado de fora da UPA da Sacramenta, a dona de casa Benedita Marçal, 47, aguardava pelo filho, que estava recebendo atendimento dentro da unidade, com sintomas de febre e dor no peito.

“Ele começou a sentir dor no peito anteontem e febre desde a noite de ontem. Ele viajou em julho para Cametá com as irmãs dele. Só ele está com esses sintomas. Tive Covid em abril e, nessa época, ele não teve sintomas. Ainda não sei se pode ser Covid”.

No HPSM da 14 de Março havia algumas pessoas do lado de fora aguardando para visitar parentes internados no hospital, mas acometidos por outras doenças, segundo os familiares. O mesmo ocorreu na UPA da Marambaia.

Convidado para chefiar missão, Temer precisa de autorização para sair do país

No Hospital de Campanha instalado no Hangar, havia movimentação de parentes de pacientes do lado de fora. A agricultora Maria das Graças, 47, é da cidade de Moju. A sua irmã está internada em leito de UTI. A paciente é a dona de casa Jarda Miranda, 59, que mora na Vila do Conde, em Barcarena. Segundo Maria, há cerca de uma semana a irmã apresentou uma piora dos sintomas e precisou vir para Belém buscar atendimento e, em seguida, foi internada. “O quadro dela agravou. Na sexta-feira, o médico disse que ainda não tem previsão para a alta dela”, diz.

Já o operador de máquinas pesadas, Celso Ribeiro, 49, veio de Barcarena para saber informações do quadro de saúde da filha Andressa Leão da Silva, 23. A dona de casa, que também mora naquele município, está internada em leito de UTI do Hospital de Campanha há mais de 20 dias. “Ela vinha sentindo sintomas há mais de um mês. Eu não estava sabendo. Ela mora com o esposo e o filho. Só procurou recurso quando estava ruim”.

Policlínica

Até às 15h de ontem, a Policlínica Itinerante havia realizado 21 atendimentos de casos suspeitos de coronavírus, de leves a moderados, com sintomas iniciais de febre, perda de olfato e paladar, cansaço, dor no peito e outros. De acordo com o clínico geral Davi Rolim, médico gestor da Policlínica Itinerante, o domingo de Dia dos Pais foi considerado atípico, em relação ao número de atendimentos, já que a média costuma ser de 100 por dia.

“Em geral, de junho a julho vinha ocorrendo um processo de redução de atendimentos. Mas nessa primeira semana de agosto observou-se um aumento pequeno, algo que podemos considerar esperado pelas pessoas retornarem das férias e por haver a abertura dos shoppings. Um aumento pequeno que não sobrecarrega o atendimento”, pontuou.

O Mercado do Choro é atração no Circular Dia dos Pais

Atendimentos

A Secretaria de Estado de Saúde Pública informou que entre a última segunda-feira e o sábado (08) a Policlínica do Hangar teve uma média de 110 atendimentos diários. A Policlínica Itinerante, que se encontra no Jurunas e Cabanagem, em Belém, tiveram em média durante o mesmo período 147 e 168 atendimentos, respectivamente.