Hotéis e restaurantes tiveram bom faturamento em julho

Mesmo com a pandemia, com a liberação das praias e balneários nos principais destinos turísticos do interior paraense, o faturamento da rede hoteleira e de estabelecimentos gastronômicos foi acima da expectativa calculada pelos associados do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS), que adotaram uma série de restrições para seguir com as atividades. Entre os destaques está o município de Salinópolis. Funcionando com 50% da capacidade, os meios de hospedagem dessa e outras cidades atingiram, em média, 80% da ocupação aos finais de semana de julho, dentro da capacidade disponível.

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O balanço preliminar feito pela entidade mostra ainda que o setor de alimentação também conseguiu manter um bom faturamento no período das férias, dentro da realidade atual, quando os estabelecimentos reduziram para 40% a quantidade de mesas disponibilizadas aos clientes. “Todas as cidades que têm balneários tiveram um faturamento compatível com a proporcionalidade que eles estavam trabalhando”, reforçou Fernando Soares, assessor jurídico do sindicato.

“Na parte de hospedagem, alguns estabelecimentos tiveram a ocupação de 100% da capacidade aos finais de semana, dentro da capacidade de 50% disponível ao público. Por mais que seja uma redução de 50% na ocupação, já é um alento. Não desafoga o setor nessas cidades balneárias, mas já dá para ter uma sobrevivência”, complementou.

PROTOCOLOS

Embora os estabelecimentos dos setores hoteleiro e de alimentação tenham conseguido se manter durante esse período, Fernando Soares ressaltou que não é possível fazer uma comparação do faturamento deste ano com os anos anteriores, justamente por ser um ano atípico, devido à pandemia do novo coronavírus. “Hoje os estabelecimentos funcionam de acordo com os protocolos definidos pelos decretos vigentes. Nos anos anteriores não havia pandemia, era possível transitar livremente, tinham as atrações noturnas onde se angariava muito dinheiro com a parte de venda de bebidas e tira-gosto”, avaliou.

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Nos balneários, os bares e restaurantes fecharam mais cedo. A partir de 17h o acesso às praias era proibido. Segundo o sindicato, o setor obteve um faturamento dentro da realidade atual, porém, aquém do que se registrou nos anos anteriores.

CÍRIO

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é a data que mais aquece o setor hoteleiro em Belém. Segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará, os 15 dias festivos e de procissões que reúnem milhares de pessoas pelas ruas de Belém garantem a sobrevivência de estabelecimentos gastronômicos e meios de hospedagem até fevereiro do próximo ano, somado ao período de Natal e de Réveillon. Mas, diante das incertezas sobre a festa religiosa este ano, esses setores já vislumbram prejuízos.

“É inimaginável aos nossos olhos que, no meio de uma pandemia, hajam cinco, dez ou duas procissões, que vão reunir de um a dois milhões de pessoas nas ruas com um vírus circulando. Será um prejuízo tremendo ao setor de hospedagem e, também, na parte de alimentação fora do lar, porque a hospedagem traz a reboque lanchonetes, carrinhos de comidas regionais, restaurantes, pizzarias, todo tipo de empresa de alimentação fora do lar”, disse Fernando Soares.

Ele acrescenta que a pandemia da Covid-19 já resultou no fechamento de pelo menos oito meios de hospedagem locais, como pousadas e hostels. Reservas feitas por turistas desde o ano passado, para o período de Círio, foram canceladas.