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Mosqueiro ficou lotada e máscaras sumiram das praias

Muita gente aproveitou o primeiro final de semana de agosto nas praias da Ilha de Mosqueiro. O distrito ficou lotado de veranistas para aproveitar o sol intenso do domingo (2). Mas infelizmente, as medidas de proteção como o uso de máscaras e o distanciam

Imagem ilustrativa da notícia Mosqueiro ficou lotada e máscaras sumiram das praias camera Muitos banhistas aproveitaram para curtir o final de semana na ilha, mas poucos se conscientizaram sobre os cuidados contra o coronavírus | Celso Rodrigues

Muita gente aproveitou o primeiro final de semana de agosto nas praias da Ilha de Mosqueiro. O distrito ficou lotado de veranistas para aproveitar o sol intenso do domingo (2). Mas infelizmente, as medidas de proteção como o uso de máscaras e o distanciamento social foram deixados de lado pela maioria das pessoas.

A comerciante Ane Brito moradora do município de Benevides, na região metropolitana de Belém decidiu aproveitar o domingo na Ilha com a família. “Estamos procurando ter todo o cuidado com a pandemia. Inclusive só tiramos as máscaras quando chegamos aqui na praia perto da água. Além disso, chegamos cedo para escolher um local afastado das outras pessoas, onde pudéssemos ficar mais tranquilos, porque a maioria não está tendo o cuidado esperado”, opinou.

A mineira Gabriela Lima não conhecia a ilha e aprovou o local. “É a primeira vez que estou vindo aqui e estou achando bem tranquilo. Estou gostando bastante. Mas estou também procurando me manter afastadas das pessoas”, contou ela que mora no Pará há dois anos.

Para os comerciantes da Ilha, apesar do intenso fluxo de pessoas na orla, as vendas foram consideradas fracas, não só por conta da pandemia. “Faltou uma programação para cá, mesmo que não fosse algo para aglomerar os veranistas, mas que elas pudessem se sentir motivadas a estarem aqui”, opinou a garçonete Stefani Rodrigues.

No distrito, areia tomada de veranistas, isolamento e proteção foram “deixados de lado”
📷 No distrito, areia tomada de veranistas, isolamento e proteção foram “deixados de lado” |Celso Rodrigues

Proprietária de uma barraca na beira da Praia do Farol há mais de 20 anos, Angelice Moura acredita que a pandemia acabou trazendo um reflexo negativo nas vendas do mês. “Por conta da covid-19 muita gente ficou desempregada e isso acabou refletindo negativamente nas vendas. Para se ter uma ideia, no mês de julho as vendas foram bem piores que no carnaval, quando o movimento de pessoas foi bem menor”, disse.

Proprietária de um restaurante na orla da ilha, Vera Martins considerou as vendas boas. No entanto, para ela, as pessoas acabaram deixando de lado os cuidados com o coronavírus. “Aqui no meu estabelecimento não permito que ninguém entre sem máscaras. Tem até um aviso na porta. Além disso, espalho álcool em pontos estratégicos, mas vejo infelizmente que as pessoas não estão tento cuidado algum”, ressalta.

Ao longo da orla da ilha era possível ver que o uso da máscara de proteção era uma exceção. Na principal rua, onde ficam as Praias do Chapéu Virado e Farol, a equipe de reportagem flagrou um guarda da Superintendência Executiva de Mobilidade Social (Semob) organizando o trânsito sem máscaras, apesar de estar em vigor um decreto municipal que determina que o uso desse item é obrigatório em áreas públicas, como avenidas.

LIXO

Mas não foi apenas a falta do uso de máscara de proteção e a ausência do distanciamento social que chamou atenção na ilha. Em vários pontos da orla havia muito lixo acumulado, assim como na areia da praia. Na praia do Murubira, inclusive, um cachorro morto estava há dois dias no local. Vizinhos próximos denunciaram que já tinham solicitado a retirada do local, mas até ontem pela manhã, issoainda não havia ocorrido.

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