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PREVENÇÃO

Comportamento da população será decisivo para evitar 2ª onda de Covid-19

Embora os números que apontam estabilidade e tendência de queda no número de novos casos da Covid-19 e de óbitos relacionados deem a impressão de que a pandemia caminha para o fim no Estado do Pará, é possível que o comportamento dos moradores na Região M

Imagem ilustrativa da notícia Comportamento da população será decisivo para evitar 2ª onda de Covid-19 camera Praias do Pará lotadas no mês de julho geraram preocupações nos médicos infectologistas. | Fernando Araújo/Diário do Pará

Embora os números que apontam estabilidade e tendência de queda no número de novos casos da Covid-19 e de óbitos relacionados deem a impressão de que a pandemia caminha para o fim no Estado do Pará, é possível que o comportamento dos moradores na Região Metropolitana de Belém (RMB) neste mês de férias contribua para uma nova onda de contaminação neste segundo semestre.

“Esta é uma possibilidade, sim! No momento, não temos informações epidemiológicas suficientes que nos permitam dizer que a população alcançou a imunidade de rebanho ao ponto de nos dar a segurança para afirmar que não haverá uma segunda onda. Estudos soroepidemiológicos são necessários para avaliarmos a extensão de contato com o vírus e, consequentemente, a possível imunidade de rebanho”, detalha o pesquisador e professor Antonio Carlos Rosário Vallinoto, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará (ICB/UFPA), um dos participantes dos estudos elaborados pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) que foram utilizados pelo Governo do Estado para a elaboração do plano de reabertura gradual das atividades não essenciais.

Por se tratar de uma doença sobre a qual ainda se sabe muito pouco, é difícil, segundo o estudioso, fazer inferências sobre como serão os próximos meses. “Isso dependerá de uma série de fatores associados, tais como: comportamentais e biológicos. Dentre o comportamental, a manutenção de práticas de distanciamento social, o uso de máscaras, higienização das mãos e, dentre os biológicos, a resposta imune da população já mencionada anteriormente”, orienta. “Precisamos nos manter alertas, sem pânico, mas com responsabilidade social de maneira a passar por essa pandemia com o máximo de segurança possível. Isso vai passar”, recomenda Vallinoto.

REALIDADE

O médico Infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, e mestre em Saúde na Amazônia pelo Núcleo de Medicina Tropical da UFPA, Bernardo Porto, também reforça a necessidade de cuidados para que os números não regridam. Ele também não descarta os riscos nos próximos meses, já que a doença continua em ascensão no Brasil. “Permanecemos em segundo lugar, no ranking de países com o maior número de casos de Covid-19, no mundo. A despeito do que pode aparentar, a partir do comportamento recente da população do Estado, a região Norte do país ainda lidera os coeficientes de incidência e mortalidade. Pode parecer pouco, mas, quando os números viram rostos familiares, o significado da pandemia se revela”, sensibiliza.

Sobre a imunidade de rebanho, para ele, trata-se de uma realidade ainda muito distante. “O conceito se dá a partir da infecção pelo vírus, induzindo proteção e evitando novos casos. Para que isso se traduza em benefício, epidemiologicamente, seria necessário que pelo menos 50% da população se infectasse pelo novo coronavírus. O Pará tem mais de 8 milhões de habitantes.

Isso significa que o controle no número de casos novos se deve muito mais às políticas de isolamento social e higiene. “Enquanto não houver vacina ou tratamento específicos para a Covid-19, incentivar políticas anti-isolamento social, em prol de uma estratégia de imunidade de rebanho, é comprar o risco de mortalidade de uma doença, que já se provou nada inofensiva”, reforça o infectologista.

OTIMISMO

VACINAS

- Duas vacinas estão em fase 3, já sendo testadas em larga escala, no Brasil. Tanto a Coronavac, vacina chinesa, quanto a vacina de Oxford, demonstraram resultados positivos quanto à indução de resposta imune e segurança biológica nas fases 1 e 2 de estudo. “Já sabemos que não induzem efeitos adversos importantes. São seguras e capazes de induzir resposta imune. Agora resta concluir se esta resposta é duradoura e a quão protetora contra o novo coronavírus”, explica Bernardo Porto. “Não sabemos ainda se apenas evitará formas graves ou se de fato será capaz de prevenir a infecção por completo”, complementa. Vallinoto insiste que é preciso ser otimista. “ Ademais, os testes de fase I e II das vacinas em teste hoje no Brasil mostraram segurança e eficácia, o que nos dá esperança de que, em breve, teremos uma ou até mais vacinas disponíveis”, estimula.

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