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SEM AGLOMERAÇÕES

Mercadinhos de bairro viram alternativas de compras na pandemia

Com a pandemia do novo coronavírus, muita gente viu seu rendimento cair, seja com redução de salário ou até mesmo com a perda de emprego. Por este motivo e até mesmo para evitar aglomerações em grandes redes de supermercados e feiras, que muitos recorrera

Imagem ilustrativa da notícia Mercadinhos de bairro viram alternativas de compras na pandemia camera Bernadete ficou meses com o comércio fechado, mas contou com clientes fieis para se manter | Mauro Ângelo/Diário do Pará

Com a pandemia do novo coronavírus, muita gente viu seu rendimento cair, seja com redução de salário ou até mesmo com a perda de emprego. Por este motivo e até mesmo para evitar aglomerações em grandes redes de supermercados e feiras, que muitos recorreram aos famosos “mercadinhos” de bairro, que são próximos de casa, mais baratos e ainda podem fazer um “fiado” quando o dinheiro apertar.

Apesar de serem locais com um público específico, atendendo principalmente a vizinhança, muitos donos de estabelecimentos buscaram seguir à risca as regras de prevenção contra a covid-19. Entrada e atendimento apenas usando máscara e mesmo em locais pequenos, o distanciamento é cumprido na medida do possível.

Bernadete Verderosa é dona de um armarinho localizado na rua dos Mundurucus, próximo a travessa Guerra Passos, em Belém. Ela administra o próprio negócio há cinco anos e passou 71 dias com a loja fechada por conta da pandemia. Ela disse que os clientes próximos ao estabelecimento ajudaram e evitaram que o prejuízo não fosse maior.

“O movimento antes da pandemia era considerado bom, mas passamos 71 dias fechados e perdemos muitas mercadorias que foram danificadas. Porém pegamos o início de junho com festa junina e dia dos namorados e deu para começar bem. A gente espera que em agosto as coisas melhorem mais ainda. Eu tenho muitos clientes fiéis e são eles que me sustentam e isso facilita as vendas”, ressalta.

Ela mantém um caderno para anotar todas as vendas feitas no “fiado” e destaca que nunca teve problemas com calotes. “Eu tenho o famoso caderno com todas as dívidas dos clientes, muitos já quitaram e assim a gente segue. Por incrível que pareça eu nunca tive problema com nenhum deles. Muitos que eu vendo fiado também trabalham com confecção de materiais que eu vendo e, depois de vender, eles me pagam. É uma troca que tem funcionado”, completa.

MUDANÇA

Seu Edmilson Gomes, 66, é proprietário de um pequeno açougue, localizado na avenida Antônio Barreto, próximo ao Canal da 3 de Maio. Ele disse que seu pequeno comércio também sentiu os efeitos da pandemia e foi o jeito manter a venda no fiado já que muitos vizinhos não tinham renda. “A gente que tem comércio não escapa do fiado, não tem jeito. Mas o pessoal paga direitinho. Até que tem tido bastante anotação. De vez em quando a gente toma um calote, mas a maioria é fiel é paga em dia”.

Próximo dali, Ronaldo Elias Neves, 61 anos, mantém um depósito de água. Por conta da pandemia ele se viu forçado a mudar um pouco o foco do comércio e passou a vender produtos alimentícios. Isso ajudou os moradores a não ir em locais com aglomeração. Fazendo a venda na porta do próprio negócio, sem que ninguém entre na loja, evitando aglomeração em plena pandemia.

Ronaldo se adaptou e passou a vender produtos alimentícios
📷 Ronaldo se adaptou e passou a vender produtos alimentícios |Mauro Ângelo/Diário do Pará

“A pandemia deu uma quebrada no negócio. Uma faixa de 50% na queda das vendas e ainda não consegui recuperar mesmo com a reabertura. Antes eu vendia água, que tinha até saída durante a pandemia e o lockdown, mas não foi o suficiente. Agora vendo também alimentos e produtos de limpeza. Eu sempre tenho esperança de que melhore mais para a frente”, comenta esperançoso.

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