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FÉRIAS

Praias paraenses registraram lotação no último final de semana

Centenas de pessoas procuraram as praias, em que pese a desobediência às medidas de distanciamento social na pandemia

Imagem ilustrativa da notícia Praias paraenses registraram lotação no último final de semana camera Foi difícil encontrar espaço na areia no último domingo. | Wagner Santana

Não fosse pelas máscaras usadas por algumas pessoas, seria até difícil imaginar que a humanidade enfrenta uma situação de pandemia a julgar apenas pelo cenário vivenciado na ilha de Cotijuba, em Belém, neste último final de semana de julho. Ao longo de toda a manhã de domingo (26), centenas de pessoas se dirigiram para as praias do distrito e o que se viu foi a total ausência de qualquer medida de distanciamento social.

A partir do Trapiche de Icoaraci, as embarcações que levavam os passageiros em direção à Ilha de Cotijuba saíam à medida que atingiam a lotação. Ainda na viagem de ida, a grande maioria dos passageiros fazia uso da máscara obrigatória, mas era impossível manter o distanciamento social recomendado pelas autoridades de saúde em decorrência da circulação do coronavírus no mundo. Com todos os lugares preenchidos, passageiros seguiam viagem sentados ‘ombro a ombro’ com os demais ocupantes do banco.

A 45 minutos de barco de Belém, Cotijuba desponta como um dos locais mais frequentados durante o verão paraense.
📷 A 45 minutos de barco de Belém, Cotijuba desponta como um dos locais mais frequentados durante o verão paraense. |Mauro Ângelo

Passados cerca de 45 minutos de travessia pela Baía do Guajará, a chegada ao trapiche de Cotijuba apresentava um cenário diferente, em que quase ninguém fazia uso de máscara. Aos poucos, os passageiros que chegavam das embarcações iam ocupando as motorretes – como são chamadas as espécies de carroças que, agora, são puxadas por motos e não mais por cavalos – e o bondinho. Mais uma vez, a impossibilidade de manter o distanciamento social ficava evidente. À medida que as motorretes lotavam, saíam em direção à praia escolhida pelos passageiros. Em alguns casos, era possível ver carroças com lotação superior ao número de vagas sentadas, inclusive com pessoas sentadas nos colos umas das outras e pessoas penduradas para o lado de fora.

Mais distante dentre as praias do distrito, localizada a cerca de 9 km do Porto de Cotijuba, a Praia do Vai Quem Quer era o destino de muitos dos visitantes. Por volta de 12h, com o sol a pino, veranistas lotavam as mesas dos restaurantes, se espalhavam pelas areias e se refrescavam na água.

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Aproveitando o sol, o autônomo José Cláudio Souza, 47 anos, contou que já estava com saudades da praia. Ele aponta que durante todo o mês de julho permaneceu em casa, em Belém. No último final de semana, porém, ele não resistiu e se dirigiu à ilha de Cotijuba para aproveitar o contato com a natureza. “Eu vim hoje (domingo) e já volto daqui a pouco. Esse sol no último final de semana pede uma praia e, para julho não passar batido, viemos para cá”, considerou.

Ainda que as mudanças impostas pelo cenário de uma pandemia tenham preocupado o autônomo Joel Albuquerque, 46 anos, no início do mês, a movimentação percebida na ilha de Cotijuba com o avançar dos dias gerou alívio. Há 10 anos trabalhando com a venda de pescado, camarão e abacaxi na praia, ele depende diretamente da presença dos visitantes para garantir o sustento de casa. “Está tudo dando certo. Estamos com um bom movimento”, comemorava. “A gente esperava que o mês de julho fosse ser ruim, mas graças a Deus melhorou e essa situação de pandemia logo vai passar”.

VENDAS

Diante da grande quantidade de pessoas que circulava pela praia do Vai Quem Quer, era fácil constatar o bom volume de vendas apontado por Vanderson. Com mesas lotadas de clientes, os garçons nos restaurantes seguiam apressados, de um lado a outro, em busca de atender aos pedidos. Além de Vanderson, apenas eles, os garçons dos restaurantes, faziam uso da máscara. Exemplo que não era seguido pelos visitantes que se sentavam à mesa, ou que circulavam pelas ruas de terra batida, já na saída do balneário.

O mesmo se repetia na Praia do Farol, já mais próxima do Porto de Cotijuba. Outro destino bastante procurado por quem visita a ilha, a praia estava tomada por banhistas que se espalhavam pela areia ou disputavam espaço na água. Por conta do sol muito intenso, dezenas de pessoas se aglomeravam na sombra de árvores ou nas áreas cobertas dos restaurantes.

De volta ao porto, a movimentação de retorno à Belém já seguia intensa por volta de 15h. Na fila para adentrar às embarcações menores que realizam o trajeto à medida que atingem a lotação, mais uma vez não se conseguia manter o distanciamento social. Já na porta do barco, a ocorrência de uma pandemia que ainda segue em curso era novamente lembrada. Álcool em gel era oferecido a todos que embarcavam e o uso obrigatório da máscara voltava a se fazer presente.

Sol, bronze e muita animação em Mosqueiro

Os banhistas ignoraram a pandemia para curtir o dia ensolarado na bucólica, ontem.
📷 Os banhistas ignoraram a pandemia para curtir o dia ensolarado na bucólica, ontem. |Ricardo Amanajás

Se comparar com o mesmo período do ano passado, quando não existia a pandemia de Covid-19, este último fim de semana de julho no Distrito de Mosqueiro, em Belém, em nada difere no que tange ao comportamento dos banhistas que frequentaram a bucólica. A ilha foi um dos destinos mais procurados por quem queria aproveitar o banho de praia de rio e tomar sol. Entretanto, curtir a alta temporada de veraneio este ano requer responsabilidades que já deveriam ter sido adotadas pela grande maioria das pessoas. Ontem (26), por exemplo, a última coisa que se via por lá eram máscaras nos rostos dos turistas. O equipamento de proteção individual é de uso obrigatório - inclusive por decretos municipal, estadual e federal - para diminuir os riscos de propagação do coronavírus.

Aliás, preocupação com a Covid-19 não era algo que prevalecia entre os populares. A ilha tem um total de 16 praias e as mais procuradas foram a do Chapéu Virado e Farol. A praia do Marahu, que costuma receber uma quantidade moderada de pessoas também ficou lotada neste domingo. O espaço funcionou como uma espécie de refúgio para quem tinha carro particular e queria evitar a aglomeração da praia do Farol.

Da orla no entorno do Pinguim, um quiosque que fica na curva que divide a praia do Porto Arthur com a do Chapéu Virado, era possível ver o quanto o balneário estava lotado. A imagem feita do alto lembrava uma espécie de formigueiro.

A maré estava cheia. O que favoreceu o mergulho na praia onde o rio faz ondas. Bom para os banhistas e um alerta para os salva-vidas do Corpo de Bombeiros que tiveram que ficar atentos ao grande público. “A maior demanda que estamos tendo é de crianças perdidas e que estamos conseguindo encontrar pela praia. Também já fizemos o trabalho de resgate ou retirada de banhistas em áreas de risco – só hoje foram 4 pessoas resgatadas de áreas fundas ou de forte correnteza”, enumerou o Major Leandro. Um banhista sofreu um princípio de afogamento. “Foi um afogamento de grau 1 e a vítima passa bem”, acrescentou o oficial dos bombeiros.

Somando os dados do fim de semana passado com os de ontem, até às 14h, os bombeiros já tinham localizado 11 crianças que se perderam dos pais nas praias de Mosqueiro. Durante a manhã, foram quatro crianças, sendo uma com 3 anos de idade e outra com 4. As demais tinham 6 e 7 anos de idade.

Com as praias lotadas o número de acidentes com animais marinhos também foi considerável. Os bombeiros atenderam seis ocorrências no fim de semana passado e também retrasado. Ontem, por exemplo, uma adolescente de 14 anos teve um acidente com um peixe da espécie Bagre, isso na praia do Chapéu Virado.

Com a maré cheia, a faixa de areia na praia reduz o que favorece as aglomerações. Mesmo assim, todo mundo conseguiu um espaço para brincar de vôlei ou futebol e se divertir com a família. O mecânico Marco Antônio Sales, 54, aceitou o convite do cunhado para passar o fim de semana em Mosqueiro. Ontem a família passou o dia na praia do Farol. “Temos que aproveitar. O dia está bonito e estamos nos confraternizando”, ressaltou.

Tanto pela orla quanto na areia da praia, apenas os trabalhadores dos quiosques e vendedores ambulantes usavam a máscara de proteção. A comerciante Cíntia Trindade, 47, retirava a máscara apenas na hora de encher as boias que vendia para a garotada. “O movimento hoje (ontem) que melhorou. Ontem foi muito fraco”, frisou. “Estamos tentando ganhar uma renda extra, espero que no fim do dia o saldo seja positivo”, desejou.

Multidão tomou conta das praias de Outeiro

Foi difícil encontrar espaço na areia no último domingo.
📷 Foi difícil encontrar espaço na areia no último domingo. |Wagner Santana

No quarto e último final de semana de julho, a Ilha do Outeiro, distrito de Belém, recebeu uma verdadeira multidão de veranistas em busca das praias, que tradicionalmente lotam nas férias. Somente na Praia do Amor, a maior da ilha, cerca de 25 mil pessoas estiveram durante todo o domingo, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Enquanto as famílias se divertiam, comerciantes reclamaram dos prejuízos ocasionados pelas regras impostas, relativas ao horário de funcionamento.

O sol escaldante somado ao calor e a liberação das praias fez com que muitas famílias e grupos de amigos corressem à ilha, que tem as praias mais próximas da capital. É o caso da garçonete Aline Borges, 22, que reuniu amigos próximos e decidiu passar o dia na Praia Grande. Segundo ela, foi a forma que encontraram para eliminar o estresse do dia a dia. “Outeiro é mais acessível para todos. Então, se está liberada, não vejo problemas de vir aqui brincar um pouco e reunir as pessoas que gostamos”, revela.

De longe dava pra perceber que o uso de máscaras era praticamente nulo. Pudera, em pleno verão amazônico, o acessório acabou fazendo parte apenas de quem trabalhava ou cuidava da segurança pública. Aliás, o Corpo de Bombeiros montou um esquema de segurança reforçado por toda ilha, com 46 homens espalhados nas praias Grande, do Amor, Barro Branco, Brasília e Paraíso. Não foram registradas ocorrências graves, de acordo com o Capitão Moura, responsável pela operação.

“As principais ocorrências que atendemos aqui são crianças perdidas, pequenos cortes provenientes de materiais descartados na areia, e a questão das linhas de pipa”.

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