Dois estudos realizados na Polônia sugerem que as pessoas com mais dificuldade em cumprir as orientações do uso de máscara e do distanciamento social durante a pandemia da Covid-19 geralmente têm traços de personalidade psicopática e narcisista.
De acordo com o estudo, mais de 1 mil voluntários participaram das pesquisas, feitas na Universidade de Varsóvia e na Universidade SWPS de Ciências Sociais e Humanas em Poznan. Os resultados foram publicados na revista científica Personality and Individual Differences.
Segundo o portal Daily Mail, os pesquisadores fizeram 755 entrevistas entre os dias 15 e 29 de março, primeiro mês em que as medidas de distanciamento social e fechamento de fronteiras foram adotadas no país.
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Os voluntários responderam uma série de perguntas sobre as consequências do vírus e a probabilidade de aderirem às regras para conter o aumento dos casos. Os que foram contra as medidas impostas pelo governo também se mostraram mais propensos a estocar itens essenciais, como papel higiênico.
Os resultados reforçam a teoria de que as pessoas que descumprem as regras se encaixam nas características da chamada “Dark Triad” – narcisismo, psicopatia e maquiavelismo e, consequentemente, são mais vaidosas, egoístas, insensíveis e manipuladoras.
Para os cientistas, esse grupo não acredita na eficácia das medidas ou não se importa com os efeitos que as ações delas (no caso, o descumprimento das regras) possam ter sobre os outros.
“Os participantes com características mais acentuadas da “Dark Triad” pareciam estar preocupados com aspectos negativos da prevenção e não consideravam os benefícios dela”, concluiu Bartłomiej Nowak, economista e um dos pesquisadores do SWPS, no estudo.
Outras 263 pessoas que foram ouvidas para a pesquisa da Universidade de Varsóvia, entre os dias 14 e 30 de abril. Os resultados se assemelham aos da SWPS: o cumprimento das diretrizes era baixo entre aqueles que apresentavam tendências narcísicas ou psicopáticas. Eles se posicionavam contra a maneira com a qual o governo impôs as regras, “contrariando o direito pessoal de escolha”.
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