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CORONAVÍRUS

Mesmo sem apoio Federal, Pará se destaca na redução de mortes por covid-19

O Pará está entre os dois Estados que menos receberam recursos do Governo Federal para o combate à covid-19. Os dados são do relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgado na última quarta-feira (22). Mesmo assim, sem o apoio Federal, o Pará, c

Imagem ilustrativa da notícia Mesmo sem apoio Federal, Pará se destaca na redução de mortes por covid-19 camera Mesmo sem auxílio do Governo Federal, o Pará investiu recursos próprios para minimizar os impactos causados pela covid-19. | Agência Pará

O Pará está entre os dois Estados que menos receberam recursos do Governo Federal para o combate à covid-19. Os dados são do relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgado na última quarta-feira (22). Mesmo assim, sem o apoio Federal, o Pará, com recursos próprios, está reduzindo cada vez mais a taxa de mortalidade e o controlando o aumento da covid-19.

Apesar da pouca ajuda financeira do Governo Federal, o Pará, Estado mais populoso do Norte, tem conseguido diminuir o impacto do vírus. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), divulgados na quinta-feira (24), a média móvel dos últimos 14 dias indica uma queda de 30% nos registros de mortes causados pela doença. O levantamento considera a data do falecimento e não a da notificação, o que permite observar a eficácia das ações do governo do Estado, conforme o comportamento da pandemia de Covid-19.

A distribuição de recursos de forma injusta ao Pará, também foi destaque em editorial do Estadão, no qual foi criticada a discriminação do governo Bolsonaro ao Pará.

Pará busca o controle da doença

Desde o primeiro caso confirmado no Pará, em 18 de março deste ano, o Governo do Estado toma medidas para redução e controle da doença. Até a quinta-feira (23), 146.252 casos e 5.646 óbitos pela Covid-19 foram registrados no Pará.

Mesmo sem apoio Federal, Pará se destaca na redução de mortes por covid-19
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Sozinho, o Hospital de Campanha de Belém tinha capacidade de mais 400 pacientes internados, incluindo leitos de UTI. (Foto: Agência Pará)

Hospitais de Campanha

Na capital paraense e nos municípios de Santarém (no oeste), Marabá (no sudeste) e em Breves (no Marajó), foram construídos Hospitais de Campanha para atender pacientes, disponibilizando mais de 700 leitos para as vítimas da Covid-19. Essa foi uma das medidas do governador Helder Barbalho para controlar o avanço da pandemia. Entre os meses de abril e maio, está ação do Estado minimizou os impactos nas unidades municipais de saúde, que viviam um caos sem médicos e equipamentos.

Em Belém, o Hospital de Campanha foi montado no Hangar – Centro de Convenções, e conta com 420 leitos de internação, sendo 300 clínicos e 120 de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O hospital foi entregue no dia 10 de abril e desde lá recebe diariamente pacientes de baixa e média complexidade. No local é realizado um atendimento humanizado, no qual os pacientes internados podem ter contato com a família através de videochamadas entre tablets. O diálogo é acompanhando por uma equipe técnica e ocorre frequentemente durante todo o dia.

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A Policlínica Itinerante foi uma medida que levou atendimento contra a covid-19 a mais de 70 municípios do Estado. (Foto: Agência Pará)

Em Marabá, a estrutura também foi montada no Centro de Convenções, disponibilizando 120 leitos. O espaço conta com uma área de 4 mil metros quadrados, para atender 39 municípios das regiões Sul e Sudeste.

Já em Breves, a estrutura foi instalada no Estádio Municipal, com 60 leitos, sendo 48 leitos clínicos, 6 de UTI e 8 leitos clínicos pediátricos, espalhados em uma área de 1,6 mil metros quadrados, garantindo atendimento para os moradores da Ilha do Marajó. Desde que iniciou as atividades, em 11 de maio, nunca teve mais de 50% de seus leitos ocupados. A estrutura foi estratégica para atender com mais agilidade pacientes vindos de Anajás, Bagre, Curralinho, Gurupá, Melgaço e Portel, localidades consideradas com pouca estrutura hospitalar.

Em uma área de 3,6 mil metros quadrados do espaço Pérola do Tapajós, o Hospital de Campanha de Santarém disponibiliza 120 leitos à população.

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Durante o pico da pandemia, o Hospital Abelardo Santos foi dedicado exclusivamente ao tratamento de pacientes com covid-19. (Foto: Agência Pará)

Hospital Abelardo Santos e Policlínica

Além dos hospitais de campanha, o Governo do Pará também mudou o formato de atendimento no Hospital Regional Abelardo Santos, no Distrito de Icoaraci, na Grande Belém, passando a atender exclusivamente pacientes da Covid-19, que não conseguiam socorro em unidades municipais de Saúde. Durante dois meses, mais de 38 mil pacientes foram atendidos no local. Graças a ação e o investimento financeiro do Governo do Pará, em julho, o hospital voltou ao seu perfil original de atendimento, com assistência de urgência e emergência pediátrica, urgência referenciada de adultos e também ambulatorial.

Apesar da ausência de apoio financeiro do Governo Federal, outra medida adotada para melhorar o fluxo de atendimento foi a utilização da Policlínica Metropolitana, em Belém, com consultas e exames de pacientes com suspeita de covid-19, em regime de porta aberta (sem necessidade de encaminhamento da Central de Regulação). O atendimento começou no dia 21 de abril, com consulta e os exames laboratoriais, além de tomografia para verificação da condição pulmonar.

O Governo do Pará ainda disponibilizou a Policlínica Itinerante, que já percorreu mais de 70 municípios desde 14 de maio, com estrutura de atendimento móvel, destinado para pessoas com sintomas leves e moderados da doença. Mais de 57 mil atendimentos forem registrados até a metade do mês de julho.

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O Estado ainda comprou respiradores e bombas de infusão para ampliar os leitos de UTI ao pacientes que necessitavam de atendimento. (Foto: Agência Pará)

Respiradores

Apesar do Governo Federal ignorar o pedido do Governo do Pará para o auxílio na aquisição de respiradores para o tratamento da covid-19, o Estado investiu recursos próprios para equipar 702 leitos de UTI, mediante a compra de respiradores e bombas de infusão, garantindo o atendimento dos pacientes graves atingidos pelo coronavírus.

Além dos respiradores, o Governo do Pará também disponibilizou 74,9 mil comprimidos de azitromicina (500mg) e 90,7 mil comprimidos de hidroxicloroquina (400mg) para hospitais com capacidade de atender pacientes de Covid-19 na rede pública e privada.

Crédito

Mesmo sem auxílio do Governo Federal, o Pará ainda conseguiu reduzir os impactos da pandemia na economia através do Fundo Espernaça, que utilizando recursos próprios do Estado, através do Banpará, ofereceu empréstimos para mais de 65 mil micros e pequenos empreendedores, trabalhadores informais e da economia criativa.

Mais de R$150 milhões foram sacados, o que corresponde a mais de 75% do valor total disponibilizado pelo governo estadual a fim de minimizar os impactos na economia da pandemia de Covid-19, colocando o Banpará como a instituição financeira do país que mais proporcionou acesso a quem procurou linhas de crédito durante a pandemia de Covid-19, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas.

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