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SAÚDE

Pacientes recuperados ainda podem  ter sequelas pós-coronavírus

Com mais de cem mil pessoas recuperadas da Covid-19 no Pará, superar a doença, que já deixou mais de cinco mil mortos no estado, é algo para ser celebrado. Apesar disso, é possível que algumas sequelas da doença sigam por mais quarenta dias naqueles que v

Imagem ilustrativa da notícia Pacientes recuperados ainda podem  ter sequelas pós-coronavírus camera Problemas respiratórios podem continuar presentes em pacientes mesmo após recuperação | Divulgação

Com mais de cem mil pessoas recuperadas da Covid-19 no Pará, superar a doença, que já deixou mais de cinco mil mortos no estado, é algo para ser celebrado. Apesar disso, é possível que algumas sequelas da doença sigam por mais quarenta dias naqueles que venceram a luta contra o novo coronavírus. Sintomas como a perda do olfato e paladar, dores no corpo, problemas pulmonares e cansaço excessivo são alguns dos efeitos que podem permanecer por mais algum tempo e que costumam ser relatados por quem não tem mais a doença.

A médica infectologista e mestra em doenças tropicais, Eliane Fonseca Santos, afirma que é possível o paciente que já tenha se livrado do vírus precise de um cuidado maior após superar a doença e que o tempo de permanência dos sintomas não são iguais para todos. “A primeira coisa que a covid-19 produz é uma intensa liberação de substâncias no nosso organismo que promovem inflamação em diversos órgãos, como o acúmulo de ácido láctico nos músculos (causadores das dores musculares). Pacientes que tiveram comprometimento pulmonar refletem também uma falta de ar causada por citocinas que podem produzir a fadiga (cansaço)”, explica.

Outra sequela que a covid-19 pode deixar é no coração de quem teve a doença. “O vírus tem uma afinidade pelo coração e pode causar miocardite e pericardite que são a inflamação dos músculos do coração e da membrana que a envolve. Isso também pode contribuir para um possível cansaço excessivo ou falta de ar”, detalha Eliane.

A doença também desencadeia outros problemas além das sequelas físicas, como crises de ansiedade. Causadas pelo trauma ao passar pelo período de isolamento social e medo de infectar outras pessoas. “Os casos de ansiedade é algo que ainda nos preocupa, devido ao medo de ter a doença novamente e passar aos familiares”,observa a médica.

Pelo grande período de tempo em que os sintomas permanecem no corpo humano mesmo após a recuperação da doença, Eliana defende que os cuidados pós-recuperação devem continuar. “Eu comparo o novo coronavírus com a dengue. Uma boa alimentação, hidratação e repouso são importantes. Liberamos os pacientes após 21 dias e quando voltam ao trabalho alguns não têm a mesma disposição de antes, com dificuldade para concentração e demonstrando cansaço. A literatura diz que alguns sintomas podem durar até 45 dias, mesmo em casos leves”, alerta a médica destacando ainda que a perda de olfato, um dos sintomas do novo coronavírus, pode durar de três a quatro semanas em média.

TRANSMISSÃO

Mesmo assim, o período de transmissão da Covid-19 permanece por até 21 dias a contar o primeiro dia do aparecimento da doença. A médica diz que após esse período a maioria das pessoas não transmite mais o vírus para outras pessoas, mas destacou que é preciso cuidado e avaliação médica constante para saber se realmente a pessoa não está mais com a doença. “Dentro dos 21 dias, a maior chance de pico e transmissão da doença é entre o terceiro e sétimo dia. Depois dos 21 dias, a maioria dos casos é seguro de que não tem transmissão. Mas claro que existem as exceções. Por isso que o paciente não pode simplesmente ter a covid-19 e não procurar médico porque tem muita coisa que ainda não sabemos”, relatou sobre a doença que ainda é nova e precisa de mais estudos.

A médica finaliza dizendo que o retorno ao convívio familiar após os 21 dias de isolamento social recomendados pode ser feito conforme o estado de cada paciente com a doença. Se a doença ainda estiver em estado muito avançado, com o paciente necessitando de mais cuidados, não tem como as atividades e convívio serem retomados. Apenas uma avaliação médica detalhada pode apontar a recuperação de um paciente que teve a doença em estado mais grave.

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