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Espaço Palmeira segue esquecido pela Prefeitura e  sem reforma

Os mais de 60 dias de suspensão das atividades em razão da pandemia do novo coronavírus já seriam suficientes para acender o alerta de quem trabalha no Espaço Palmeira, mas a dificuldade de sobrevivência no local criado como alternativa aos trabalhadores

Imagem ilustrativa da notícia Espaço Palmeira segue esquecido pela Prefeitura e  sem reforma camera Sem as mínimas condições de trabalho, alguns ambulantes saíram do espaço e voltaram a tentar a vida com as vendas pelas ruas | Fernando Araújo

Os mais de 60 dias de suspensão das atividades em razão da pandemia do novo coronavírus já seriam suficientes para acender o alerta de quem trabalha no Espaço Palmeira, mas a dificuldade de sobrevivência no local criado como alternativa aos trabalhadores informais remanejados de vias do centro comercial de Belém já vem de muito antes. Há anos os mais de 200 permissionários aguardam uma solução para que a área tenha vida própria e assim permita o sustento digno das famílias que deles dependem.

Em janeiro deste ano, o DIÁRIO visitou a estrutura, localizada no bairro da Campina, centro comercial da cidade, e constatou o abandono. A deterioração do espaço já avançava em ritmo acelerado. Muitos comerciantes haviam deixado o ambiente por causa da sujeira, depredação de lonas, paredes e falta de atrativos para chamar a atenção dos consumidores. Após seis meses, o cenário é o mesmo. “Eles trocaram a lona, fora isso, não mudou muito. Os boxes continuam todos fechados. Pouca gente trabalha aqui, e com a reabertura, a gente precisa manter o distanciamento”, conta o vendedor de comida José Luiz, 64.

O horário reduzido ainda é um agravante para quem precisa correr atrás do prejuízo. O vendedor de comida garante que, apesar dos problemas, segue firme na rotina em busca do ritmo nas vendas. “A gente se vira como pode. Não vem muita gente aqui, mas as vendas seguem”. Às 15h, ele é um dos poucos permissionários a estar no local de trabalho.

Dos 210 cadastrados no município, quase 80% precisaram voltar às ruas por não encontrarem condições de trabalho. “Os donos de boxes que saíram estão na Manoel Barata, entre Padre Prudêncio e Presidente Vargas. Aguardamos essa reforma que há oito anos os coloca de forma provisória na rua”, diz o presidente da Associação dos Trabalhadores Informais do Centro Histórico de Belém, Raimundo Heleno.

A saga dos comerciantes já dura praticamente dez anos, que é tempo de existência do espaço, criado para receber os camelôs que ocupavam as calçadas da avenida Presidente Vargas, posteriormente lateral do shopping Pátio Belém e pôr fim do entorno do shopping Castanheira. Até hoje, no entanto, eles não conseguem uma solução definitiva. “As coisas estão sendo feitas por etapa. Depois da lona, esperamos que troquem ou ajeitem o piso e os boxes. Esperamos que até o final do ano todos retornem para o espaço”, acrescenta Heleno.

E realmente precisa. Ainda é possível ver muita sujeira, boxes depredados e fechados, piso deteriorado e cheio de algas. Muito problema, poucos trabalhadores e nenhum comprador.

Em nota, a Prefeitura de Belém informa que está em tratativa com os trabalhadores do local para viabilizar a reforma do espaço.

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