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Falsa normalidade impera em Belém com pessoas levando a vida como antes

Faz cerca de um mês que o artesão Luis Carlos Barros, 59, recebeu alta médica do hospital onde ficou internado durante 14 dias acometido pela Covid-19. Quando retornou para casa, toda a família já tinha apresentado os sintomas da doença provocada pelo nov

Imagem ilustrativa da notícia Falsa normalidade impera em Belém com pessoas levando a vida como antes camera Algumas pessoas ainda insistem em descumprir as recomendações das autoridades de saúde e saem às ruas sem máscaras, como no bairro do Guamá | Wagner Santana

Faz cerca de um mês que o artesão Luis Carlos Barros, 59, recebeu alta médica do hospital onde ficou internado durante 14 dias acometido pela Covid-19. Quando retornou para casa, toda a família já tinha apresentado os sintomas da doença provocada pelo novo coronavírus e estava na fase final do tratamento. Por sorte, apenas o genitor precisou de internação, já que teve 50% dos pulmões comprometidos. O filho dele, Luis Ricardo Barros, 28, foi o segundo morador da casa a manifestar os sintomas. A fraqueza e a perda de olfato e paladar vieram no dia seguinte após o pai ter dado entrada no Hospital de Campanha montado no Hangar, no dia 24 de abril. “Eu senti, em seguida a minha mãe adoeceu e a minha irmã. Todo mundo em casa foi acometido”, afirmou Ricardo.

Apesar de todos terem se curado, a rotina deles mudou completamente. As máscaras não deixam de ser usadas mesmo quando estão dentro de casa. O álcool em gel fica pelos quartos e também na sala. “Já mantínhamos cuidado desde o início da pandemia e agora redobramos as formas de prevenção porque temos vizinhos. Não queremos que outras pessoas peguem a doença”, frisou Luis Ricardo,que é servidor público.

A família mora numa vila no bairro de Fátima, em Belém, que concentra 191 casos confirmados de Covid-19 e 18 mortes em decorrência da doença. Os números até podem ser considerados baixos, mas não deixam de ser motivos de preocupação. Principalmente porque Fátima faz “fronteira” com três dos cinco bairros de Belém onde o número de pacientes acometidos pela covid-19 já ultrapassou a faixa dos mil casos confirmados, entre eles o Marco (que possui 1.461 casos positivados para coronavírus), Pedreira (1.415) e Umarizal (1.039).

RELAXAMENTO

Mesmo assim é possível ver pessoas sem máscaras transitando pelas ruas ou ainda em situações de aglomerações. “Curiosamente todos os que tiveram Covid-19 em casa acabaram contraindo pneumonia. A nossa preocupação maior foi com a minha mãe (a dona de casa Neuza Leal, 62) que faz parte do grupo de risco)”, disse Ricardo.

A família de Luis Ricardo Barros foi acometida pelo novo coronavírus, mas todos já estão recuperados da doença
📷 A família de Luis Ricardo Barros foi acometida pelo novo coronavírus, mas todos já estão recuperados da doença |Wagner Santana

Ontem, ele trabalhava em casa, por meio de home office, e próximo a ele havia somente os pais. Visitas precisam manter a distância social mínima. “Épor precaução”, reiterou.

Os outros dois bairros de Belém que apresentam os maiores índices de Covid-19 são Guamá, com 1.146 casos confirmados, e a Marambaia, com 1.016 casos positivos. No bairro da Pedreira, o comerciante Manoel Raimundo Oliveira tenta se adaptar à nova forma de se relacionar com os clientes. É através das grades que ele consegue manter a distância social mínima ou ter o mínimo de contato.

Manoel faz parte do total de 1.415 moradores da Pedreira que foram infectados pelo novo coronavírus, em meados de abril. “Não foi fácil, fiquei um mês sem trabalhar. Passei nove dias com febre”, disse o comerciante.

 O comerciante Manoel Raimundo atende a clientela agora apenas pela grade
📷 O comerciante Manoel Raimundo atende a clientela agora apenas pela grade |Wagner Santana

Um antigo cliente dele – e também amigo pessoal – também contraiu Covid-19 e faleceu. A perda ainda é sentida por ele. “Toda tarde ele passava por aqui e ficávamos conversando. Situações como esta são difíceis de lidar e quero preservar os amigos e clientes que ainda estão vivos”, comentou. “Mas por enquanto, atendimento somente pela grade e para pessoas usando máscaras”, frisou.

Em Belém, o bairro do Marco concentra o maior número de óbitos em decorrência da Covid-19. São 134 mortes provocadas pelo coronavírus por lá. Em seguida, vem o bairro do Marco com 122 mortes pelo novo coronavírus e a Pedreira com 134.

Maior número de casos confirmados

- Marco: 1.461

- Pedreira: 1.415

- Guamá: 1.146

- Umarizal: 1.039

- Marambaia: 1.016

Maior número de mortes

- Guamá: 134

- Marco: 122

- Pedreira: 114

- Jurunas: 105

- Marambaia: 85

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