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INCERTEZAS

Jader questiona MEC após novo adiamento de data do Enem

O Ministério da Educação (MEC) não confirmou ainda a data de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Apesar de ter sido votada e definida uma data pelos próprios inscritos em enquete on-line, cuja escolha foi feita a partir de três datas

Imagem ilustrativa da notícia Jader questiona MEC após novo adiamento de data do Enem camera Jader Barbalho enviou ofício ao ministro interino Antônio Vogel | Divulgação

O Ministério da Educação (MEC) não confirmou ainda a data de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Apesar de ter sido votada e definida uma data pelos próprios inscritos em enquete on-line, cuja escolha foi feita a partir de três datas sugeridas pela própria pasta, o governo federal não bateu o martelo na decisão sobre uma nova data para as provas. A votação pela internet definiu para maio do ano que vem, com 50% dos votos entre os que participaram da enquete.

Ao divulgar os resultados da votação encerrada em 30 de junho, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, afirmou que espera definir a nova data para o Enem em até três semanas.

Segundo ele, a escolha da nova data para o Enem 2020 “precisa ser debatida com entidades representantes do setor da educação” para que se defina entre as três datas mais votadas, e somente então divulgar a dataem que de fato serão realizadas as provas do Enem.

PREJUÍZO MENTAL

Para o senador Jader Barbalho (MDB-PA) a demora na escolha só faz causar mais ansiedade nos estudantes inscritos. “Essa confusa fase de definição entre a data que teve mais votos, portanto, vencedora, com 49,7% de escolha, e as demais - janeiro de 2021, que obteve 35,3% dos votos e dezembro de 2020, com 15% - me fez lembrar daquela música do saudoso poeta Vinícius de Moraes e do parceiro Toquinho, ‘Se foi pra desfazer, por que é que fez?’”, protestou o parlamentar paraense, que decidiu argumentar o ministro interino da Educação sobre mais uma indefinição no MEC, encaminhando o Ofício nº 20/2020 para o ministro interino da Educação, Antônio Paulo Vogel.

Durante o próprio processo de votação, estudantes de diversas partes do Brasil publicaram comentários em suas redes sociais relatando dificuldades para acessar a enquete com a escolha das datas para o Enem 2020. As publicações relatavam, mais uma vez, tensão entre os estudantes que não conseguiam nem mesmo concretizar seu voto na página do Inep.

Antes disso, foi necessária uma verdadeira pressão da sociedade civil e entidades, que pediam o adiamento do Enem devido à suspensão de aulas provocada pela pandemia do novo coronavírus. O próprio governo federal sugeriu que as datas do exame seriam escolhidas pelos próprios participantes e que as opções seriam em dezembro, janeiro e maio.

Com o voto da maioria decidindo pela realização da prova em maio de 2021, o MEC resolveu argumentar que a data atrasa o cronograma de faculdades. Segundo o governo, opções de datas são “diretrizes” para saber desejo dos estudantes e a confirmação sobre a realização do exame só será divulgada após consulta às entidades de ensino médio e superior. A expectativa é que issoocorra em até três semanas.

“O que precisamos neste momento é de mais definições do que dúvidas. É preciso considerar que, apesar do anúncio de adiamento do exame, da enquete realizada e resultado divulgado, continuamos tendo mais indefinições do que garantias sobre a sua realização”, protestou Jader Barbalho ao ter conhecimento de mais um obstáculo colocado no caminho dos estudantes brasileiros que lutam para conseguir fazer as provas do Enem. O senador lembra que o número de casos de coronavírus cresce de maneira importante em todo o país. “Não se sabe ainda quando teremos segurança para a retomada das aulas, quanto mais para a realização de uma prova presencial. Por mais distanciamento que possa ter durante a realização das provas, estamos falando de um exame que na última edição teve mais de cinco milhões de inscritos. Não será uma operação simples configurar toda essa logística garantindo total segurança aos que vão participar do exame e aos que vão trabalhar durante o evento”, argumenta.

“O que solicito é que sejam respeitadas as decisões democráticas e acertadas anteriormente. Que sejam considerados, sobretudo, os interesses dos estudantes, que votaram pela realização dos exames em maio de 2021. É preciso, principalmente, levar em consideração o estado de espírito desses estudantes, secundaristas, na maioria adolescentes que têm no exame do Enem a esperança de um futuro melhor”, apela ao ministro interino da Educação. “Vamos respeitar o futuro dos nossos brasileiros e brasileiras”, conclui o parlamentar paraense no documento, encaminhado ao MECem caráter de urgência.

Jader questiona MEC após novo adiamento de data do Enem
📷 |Divulgação

Maioria quer provas em maio de 2021, mas Ministério vai fazer consultas

Metade dos inscritos no Enem que participou de enquete sobre a data para realização do exame prefere fazer as provas em maio do ano que vem. Apesar do resultado, o MEC ainda vai consultar entidades, universidades e secretarias para a definição oficial.

A enquete fora anunciada pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que resistia a adiar o Enem apesar de pedidos de secretários de Educação, estudantes e especialistas. A interrupção de aulas por causa da pandemia motivou pressão pelo adiamento da prova, prevista inicialmente para novembro.

O governo colocou na consulta três opções de datas (dezembro, janeiro e maio). Dos 1,1 milhão de estudantes participantes da consulta, 49,7% votaram por maio. A escolha dos estudantes, entretanto, não será o único aspecto a ser levado em consideração pelo governo.

O resultado da enquete foi apresentado na manhã de ontem pelo secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, e pelo presidente do Inep, Alexandre Lopes.

O governo Jair Bolsonaro não tem ministro da Educação neste momento. Segundo Vogel, secretários estaduais de educação, universidades e instituições ligadas à área também serão ouvidos antes da definição da data.

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