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VIDA DURA

Entregadores de aplicativos fazem greve em Belém e outras cidades para denunciar precariedade no trabalho

Os entregadores de aplicativo realizaram uma greve nacional esta quarta-feira (1º), exigindo melhores condições de trabalho, como aumento do valor recebido por entrega, o fim do sistema de pontuação e medidas de proteção contra o covid-19. Em Belém, os

Imagem ilustrativa da notícia Entregadores de aplicativos fazem greve em Belém e outras cidades para denunciar precariedade no trabalho camera Ricardo Amanajás/Diário do Pará

Os entregadores de aplicativo realizaram uma greve nacional esta quarta-feira (1º), exigindo melhores condições de trabalho, como aumento do valor recebido por entrega, o fim do sistema de pontuação e medidas de proteção contra o covid-19. Em Belém, os trabalhadores se concentraram na avenida Docas de Souza Franco, saindo em passeata pelas ruas do centro pela manhã.

Os protestos aconteceram por todo o Brasil. Em Brasília e São Paulo o número de grevistas ultrapassou o esperado. Os entregadores denunciam as precárias condições oferecidas pelas empresas de aplicativo de entrega, como Ifood, Rappi e Uber Eats. Ganhando menos de um real por quilômetro rodado, os trabalhadores não possuem garantias trabalhistas e arcam com custos de manutenção e saúde, caso sofram acidentes.

“Hoje nossa profissão piorou com a chegada desses aplicativos. Se antes eu ganhava 6 reais por entrega, hoje tem entrega que eu ganho dois. Se o clientes por algum motivo não ficar satisfeito com a comida, eles nos bloqueiam e ficamos proibidos de trabalhar de um a três dias”, diz Fernando Silva, entregador de Belém que participou dos protestos nessa quarta.

Os entregadores se referem ao sistema de pontuação que funciona de forma semelhante em todas as empresas do gênero. Cada trabalhador precisa de uma quantidade de pontos para serem autorizados a trabalhar no dia seguinte. Os pontos são adquiridos por critérios como avaliações dos clientes, tempo de entrega, e dias trabalhados, principalmente nos finais de semana. A cada dia não trabalhado, o entregador perde uma quantidade considerável de pontos, o que quase o obriga a ficar sem folga.

O sistema se tornou, segundo os entregadores, uma forma da empresa obriga-los a trabalharem de 10 a 15 horas por dia, sem direito a folga nos finais de semana. Quando um trabalhador é bloqueado pelo sistema de pontuação, a empresa reforça a mensagem de que não possui nenhum vínculo trabalhista com o funcionário, que não tem direito a seguro de vida ou desemprego.

Os aplicativos de entrega, como Uber Eats, Loggi, iFood, Rappi, entre muitos outros, vem crescendo no mundo e no Brasil. Diante desta explosão de opções, o número de trabalhadores que atuam na área de entrega aumentou em 201 mil pessoas no primeiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. A conclusão é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A reportagem entrou em contato com as empresas de aplicativo e aguarda resposta.

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