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MOVIMENTO

Realidade em Mosqueiro é de restaurantes fechados e praias quase vazias

O sol forte que tomou conta do céu na Região Metropolitana de Belém (RMB) na manhã deste domingo (28) é um claro sinal da chegada do veraneio paraense. Porém, diferente dos anos anteriores, quando muita gente já se dirigia aos balneários para aliviar o ca

Imagem ilustrativa da notícia Realidade em Mosqueiro é de restaurantes fechados e praias quase vazias camera No último domingo de junho a tranquilidade reinava em Mosqueiro.. As vendas de comidas só atendiam delivery ou para buscar e levar, e bem poucas pessoas eram vistas nas praias | Mauro Ângelo

O sol forte que tomou conta do céu na Região Metropolitana de Belém (RMB) na manhã deste domingo (28) é um claro sinal da chegada do veraneio paraense. Porém, diferente dos anos anteriores, quando muita gente já se dirigia aos balneários para aliviar o calor, o último domingo de junho foi de novos hábitos nas praias do distrito de Mosqueiro.

A primeira grande novidade observada no cenário das praias antes mais movimentadas da ilha ficava por conta dos bares e restaurantes. Desde a praia do Farol, passando pelo Chapéu Virado e Porto Arthur, as barracas instaladas repetiam o mesmo cenário: cadeiras empilhadas, balcões fechados e um imenso vazio. Tanto no calçadão quanto na areia da praia, a ausência de banhistas também chamava a atenção.

Ainda ao longo da avenida Beira Mar, a presença de algumas pessoas era vista apenas a partir da praia do Murubira. Mesmo que os restaurantes e bares se mantivessem fechados, grupos pequenos chegavam nos carros, estacionavam na orla e se sentavam na calçada a contemplar a maré que secava. Nada que se comparasse à intensa movimentação de veículos e pessoas encontrada no verão do ano anterior, quando a possibilidade de enfrentamento de uma pandemia causada por uma nova variação de coronavírus não era sequer cogitada.

Já no final da praia do Murubira, as demarcações encontradas no box de venda de tapioca eram mais um sinal da nova rotina que se estabeleceu também em Mosqueiro. Uma fita de isolamento mantinha os clientes distantes do balcão de atendimento, no chão a marcação em formato de ‘x’ indicava o local de espera e uma placa reforçava que a venda do produto só se daria por meio de delivery ou para buscar e levar, não sendo permitido o consumo no local.

MUDANÇAS

Proprietária da Tapioca do Gordo, Michele Araújo, 38 anos, conta que as mudanças visam atender às exigências das autoridades sanitárias para se evitar o risco de disseminação da Covid-19. “Tudo isso é para facilitar. Muitos clientes ainda não entendem que só estamos podendo fazer delivery. A gente precisa explicar que eles não podem consumir no local”, conta. “É complicado porque os clientes querem ficar e tomar o café em contato com a natureza, mas no momento não está sendo possível. Além do nosso cuidado, a Polícia Militar também tem feito fiscalizações o tempo todo”.

Michele Araújo
📷 Michele Araújo |Mauro Ângelo

Apesar das medidas necessárias, Michele conta que os comerciantes já têm visto a movimentação melhorar na ilha de Mosqueiro. “Mas de uma semana para cá já estamos conseguindo voltar a sonhar, voltar aos planos que a gente tinha para esse ano”, considera. “Aqui nós dependemos do turismo. O auxílio emergencial é pouco para quem tem família, então agora ficamos na esperança de que liberem as praias em julho para que a gente possa trabalhar sempre mantendo todos os cuidados”.

Mais à frente, já na praia do Ariramba, a expectativa pela reabertura das praias do Estado também é grande entre os proprietários e funcionários do Restaurante Jurubeba. Empregando 22 funcionários, o restaurante precisou se readequar para enfrentar o período da pandemia. “Durante esse período da pandemia ficaram quatro funcionários por final de semana atendendo apenas pedidos delivery. Já quando começou a expectativa de reabertura, iniciamos o processo de preparação do espaço e de capacitação do nosso pessoal para este novo momento”, explica o gestor do restaurante, Paulo Roberto.

 Paulo Roberto
📷 Paulo Roberto |Mauro Ângelo

“A expectativa para julho é muito alta porque o delivery é muito fraco. As pessoas que vêm para Mosqueiro querem esse contato com a natureza, então os pedidos delivery são poucos”.

Paulo reforça que o clamor no distrito é pela reabertura das praias no mês em que tradicionalmente o rendimento é maior. “Julho é o momento de dar uma respirada. É um mês que garante certa tranquilidade para o comerciante”, considera. “E na praia ainda temos a vantagem de estarmos instalados em locais abertos, arejados e ventilados. Então esperamos por essa reabertura”.

Em outra praia bastante frequentada aos finais de semana, a praia do Paraíso, algumas pessoas circulavam pelo local. Apesar disso, os restaurantes eram mantidos fechados ou atuavam apenas com delivery e retirada de pedidos. Na faixa de areia da praia, nenhuma cadeira ou guarda-sol havia sido montado. Para garantir o cumprimento das medidas de segurança em vigor, uma viatura da Polícia Militar realizava rondas no local.

Movimentação na busca pela tapioquinha

Diferente da maioria das praias visitadas pelo DIÁRIO na manhã de ontem (28), a Tapiocaria de Mosqueiro, na praça da Vila, concentrava uma quantidade razoável de pessoas em busca do tradicional café da manhã da ilha.

Pessoas levaram cadeiras para consumir tapioca na praça
📷 Pessoas levaram cadeiras para consumir tapioca na praça |Mauro Ângelo

Em decorrência da necessidade de se evitar a aglomeração de pessoas a fim de conter a disseminação do coronavírus, os boxes estão autorizados a vender o produto em sistema delivery ou para retirada. Apesar disso, muitas pessoas encontravam um meio de consumir as tapiocas ali. Ainda que não houvesse mesas disponíveis, grupos de pessoas abriam cadeiras para sentar-se enquanto tomavam o café.

O mesmo ocorria no gramado da praça, onde as cadeiras podiam ser instaladas um pouco mais distantes umas das outras. Mesmo após a refeição, alguns grupos de pessoas permaneciam conversando sem fazer uso de máscara de proteção.

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