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BRAZIL FORUM UK

Helder apresenta medidas de proteção e desenvolvimento da Amazônia em evento internacional

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), participou na tarde de hoje (19) da quinta edição em 2020 do “Brazil Forum UK”, que teve como tema “Governança Ambiental na Amazônia”. Estiveram em foco nos debates por videoconferência a proteção ambiental

Imagem ilustrativa da notícia Helder apresenta medidas
de proteção e desenvolvimento da Amazônia em evento internacional camera Marco Santis/Ag. Pará

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), participou na tarde de hoje (19) da quinta edição em 2020 do “Brazil Forum UK”, que teve como tema “Governança Ambiental na Amazônia”. Estiveram em foco nos debates por videoconferência a proteção ambiental e de povos indígenas, o combate ao desmatamento e queimadas e o desenvolvimento da região com equilíbrio ecológico e exploração de riquezas naturais, entre outros temas correlatos.

A conferência, que ocorre todos os anos desde 2016 na Escola de Economia e Ciência Política de Londres e na Universidade de Oxford, foi criada e organizada por um grupo de estudantes brasileiros no Reino Unido. O evento nessa sexta-feira teve transmissão pelas plataformas do jornal “O Estado de São Paulo” e TV Estado.

Helder Barbalho participou da interação com o cientista Carlos Nobre, referência nacional em estudos sobre aquecimento global e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe); Simone Karipuna, que compõe a coordenação da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp); e Adriana Ramos, assessora do Instituto Socioambiental (ISA). A mediação foi da consultora ambiental Julia Bussab.

O governador defendeu a informação ampla sobre a complexidade da Amazônia para iniciativas efetivas de combate a problemas como o desmatamento, cujo avanço ele admitiu que é crescente. No entanto, declarou que o Pará teve “1.000% de incremento” de profissionais para frear a depredação ambiental, sendo o primeiro Estado do País a solicitar reforço estrutural por meio do programa “Verde Brasil 2” do governo federal.

Ele propôs um “plano transcendental” que envolva “os territórios e interesses diversos” e a “reversão da lógica de exploração” em terras do Estado, “sem legitimar a grilagem”, mas considerando planos de manejo, as particularidades regionais e a importância das atividades dos pequenos agricultores. Também prometeu dar atenção à Floresta Estadual do Iriri (FLOTA Iriri), em Altamira, e na área do Xingu, sobre as quais recebeu no evento alerta de exploração desordenada.

Helder Barbalho declarou ainda que o governo leva em consideração às particularidades de comunidades tradicionais como as indígenas. Ele afirmou que o Poder Executivo tem empreendido ações que coíbem a mineração ilegal e invasão de territórios protegidos, bem como tem feito o que chamou de “atendimento personalizado” em hospitais regionais de referência aos povos indígenas no período de pandemia do novo coronavírus. “Não ficamos aguardando as ações do Ministério da Saúde”, garantiu.

DESASSISTIDOS

Helder Barbalho assegurou que estará determinando de imediato o deslocamento de estruturas de saúde na parte do Estado do Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, onde comunidades indígenas estão sendo atingidas pela doença, segundo revelou Simone Karipuna, da Apoiamp, que fez um depoimento emocionado sobre o impacto do vírus entre os povos. “Não sabemos como essa doença chegou lá”, salientou, afirmando tratar-se de um local em que só é possível o acesso por via aérea. “Queremos medicação pela preservação da vida”, solicitou. Ela lamentou a perda recente do líder caiapó Paulinho Paiakan, vítima de Covid-19. “Nosso coração sangra”, disse.

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2007, o cientista Carlos Nobre lembrou que levantamentos apontam que praticamente toda a população brasileira é contra o desmatamento, e que há como explorar de forma racional a biodiversidade da Amazônia. Segundo ele, estudos já comprovaram que a bioeconomia é um recurso com potencial mais rentável que a pecuária e o agronegócio. Para ele, 2020 é o “ano decisivo” para a mudanças de paradigmas. Em seu recado final, ele ressaltou: “Que seja mantida a floresta de pé e vamos respeitar as comunidades indígenas”.

Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental, afirmou que não existe governança ambiental sem respeitar os diretos das populações, implementando regularização fundiária e o combate à ilegalidade e invasões. Segundo ela, a preservação das florestas deve ocorrer com medidas efetivas no enfrentamento às explorações predatórias e que contribuem inclusive na indução das mudanças climáticas.

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