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GIOVANNI MAIORANA

Após atropelar e matar 2 pessoas, filho de Rômulo Jr. continua livre

Um ano e nove meses depois o processo continua inconcluso e com fortes indícios de impunidade. Giovanni Maiorana, na época do acidente, pagou R$ 500 mil de fiança e desde então está em liberdade

Imagem ilustrativa da notícia Após atropelar e matar 2 pessoas, filho de Rômulo Jr. continua livre camera Giovanni, ao lado do pai, empresário e dono de portal de notícias: jovem estaria embriagado quando atropelou e matou dois jovens em 2018, Gabriela e Alexsandro | Arquivo Pessoal

Dia 27 de setembro próximo completam dois anos que o empresário Giovanni Ricardi Chaves Maiorana, filho do empresário da comunicação Rômulo Maiorana Júnior, dono do Portal Roma News, atropelou e matou duas pessoas e deixou outra ferida numa rua movimentada do centro de Belém.

Um ano e nove meses depois o processo continua inconcluso e com fortes indícios de impunidade. E o atropelador continua livre, leve e solto como se nada tivesse ocorrido. Na época, o condutor do veículo e causador do acidente abandonou o local do atropelamento sem prestar qualquer tipo de socorro às vítimas.

O filho de Rômulo Júnior responde por homicídio qualificado. O processo criminal está na 2ª instância no Tribunal de Justiça do Estado, na 1ª Turma de Direito Penal, sob a responsabilidade da desembargadora Maria Edwiges Miranda Lobato. A última movimentação do processo ocorreu no dia 20/11/2019, ou seja, há sete meses. Em seu despacho a magistrada encaminha o recurso em sentido estrito impetrado pela defesa do réu para parecer do Ministério Público.

O recurso da defesa já passou pelas mãos de dois desembargadores que alegaram “motivo de foro íntimo” e se julgaram suspeitos em relatar o caso, ambos em datas diferentes em outubro do ano passado.

Dono de uma empresa de produção de eventos, Giovanni espera a data do julgamento e poderá ser sentenciado pelo Tribunal do Júri ou por uma vara criminal singular de acordo com despacho do dia 30 de agosto do ano passado, exarado pela a juíza Blenda Nery Rison Cardoso, da 2ª vara criminal da capital.

Giovanni vive tranquilamente, como se nada tivesse acontecido após casar em janeiro desse ano numa cerimônia luxuosa. Vida totalmente diferente dos familiares de Gabriela Cristina Jardim da Costa e Alexsandro Guedes Silva, ambos de 19 anos, mortos no acidente.

A forte colisão provocada pelo empresário, na época também com 19 anos, ocorreu na madrugada de uma quinta-feira, dia 27 de setembro de 2018. Ao todo, cinco carros foram atingidos. Policiais Militares que registraram o boletim de ocorrência informaram na ocasião que Giovanni Maiorana estava visivelmente embriagado. Dentro do carro do filho do dono do Portal Roma News foram encontradas latas de cerveja.

Atropelamento ocorreu em setembro de 2018 e duas pessoas foram mortas
📷 Atropelamento ocorreu em setembro de 2018 e duas pessoas foram mortas ||Arquivo

Gabriela estava entrando num táxi quando foi atropelada e não resistiu. A outra vítima foi Alexsandro, que chegou a ser socorrido, mas também não resistiu aos ferimentos. A terceira vítima foi taxista Milton Costa Júnior, que ficou internado no Hospital Metropolitano, em Ananindeua.

Após causar o acidente, Giovanni Maiorana foi detido e levado para a Seccional de São Brás e encaminhado para fazer exame de dosagem alcoólica no Instituto Médico Legal (IML), mas se recusou a fazer o teste. A recusa não alterou a autuação, já que os sintomas de alcoolemia eram visíveis, de acordo com a polícia.

Na ocasião, Giovanni pagou fiança de R$ 500 mil determinada pelo juiz da Vara Penal de Belém, Heyder Tavares, e foi colocado em liberdade, onde se encontra até hoje, apesar do recurso do Ministério Público à época pedindo a prisão do filho de Rômulo Júnior.

MP: atropelador estaria alcoolizado

No recurso impetrado contra a soltura do réu, o MP alegou que o acusado foi preso em flagrante logo após o ocorrido afirmando que “o nacional Giovanni Ricardi Chaves Maiorana, ao dirigir veículo automotor, marca/modelo: Jeep Compass Longitude D, 2017/2017, sob a suposta influência de álcool, teria praticado homicídio, em face das vítimas Gabriela Cristina Jardim da Costa e Alexsandro Guedes Silva, ambos com 19 anos de idade, assim como teria lesionado um taxista...”

O órgão ministerial diz ainda que “os depoimentos do condutor do flagrante (Raimundo Nonato Ferreira dos Santos) e das testemunhas do fato (Tiago Carlos Oliveira Gonçalves, Gilberto de Jesus Silva Júnior e Marcos Teotônio Ramalho) convergem no sentido de verificar sinais de embriaguez alcoólica no recorrido”.

A tragédia teve repercussão nacional. Informações e reportagens publicadas em sites davam conta que, antes da colisão, Giovanni Maiorana estaria numa farra regada a muito álcool com o digital influencer “Gominho” para comemorar o lançamento de uma rádio de sua propriedade. Os amigos se encontraram num bar na capital paraense e teriam se embriagado.

Nas redes sociais à época, Gominho publicou uma série de vídeos e fotos com Giovanni, mas a família do empresário pediu para ele apagar os registros pela manhã. Conforme o colunista Léo Dias, o humorista não tinha conhecimento da gravidade do ocorrido, por isso deletou os arquivos do Instagram.

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