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Salinas tem praias movimentadas na volta à rotina de lazer

Com a chegada do período mais quente do ano no estado, muitos moradores do município de Salinópolis (ou Salinas), no nordeste do Pará, vivem a expectativa para saber se os turistas irão poder acessar os diversos balneários existentes na cidade. Nas praias

Imagem ilustrativa da notícia Salinas tem praias movimentadas na volta à rotina de lazer camera Após flexibilização do isolamento por causa do coronavírus, moradores voltam às praias e comerciantes ainda tentam contar os prejuízos. Mas o acesso ainda está fechando aos turistas, mesmo próximo do mês de julho | Wagner Santana

Com a chegada do período mais quente do ano no estado, muitos moradores do município de Salinópolis (ou Salinas), no nordeste do Pará, vivem a expectativa para saber se os turistas irão poder acessar os diversos balneários existentes na cidade. Nas praias, como as do Atalaia e do Maçarico, o movimento no dia de ontem (7) era razoável e, com muitas pessoas sem máscaras, era como se não tivéssemos vivendo em tempos de pandemia. Desde o primeiro dia do mês de junho, a prefeitura da cidade flexibilizou o isolamento social, com o retorno do comércio, após cerca de dez dias de bloqueio total (lockdown) e a liberação das praias, após 68 dias fechadas para banhistas. Liberação esta que é válida apenas para moradores da cidade ou proprietários de imóvel no município.

Na praia do Atalaia, apesar do movimento não ser o típico de um mês de julho, foi possível identificar famílias inteiras em carros que estavam espalhados por toda a extensão da praia, mesmo com o decreto municipal proibindo a entrada de veículos no local, de acordo com o artigo 4º. Máscara era um item que dificilmente foi encontrado entre os banhistas.

Praias só estão abertas aos moradores que precisam comprovar, na barreira na entrada da cidade, que têm residência na cidade. Turistas permanecem proibidos
📷 Praias só estão abertas aos moradores que precisam comprovar, na barreira na entrada da cidade, que têm residência na cidade. Turistas permanecem proibidos |Wagner Santana

A professora Herocila Cardoso era uma das frequentadoras, que aproveitava o domingo de sol forte, mas reconheceu que ainda teme a Covid-19. Apesar disso ela alegou que, por estar afastada de aglomerações, o risco seria menor. “Eu não vejo que a praia seja um local fácil de pegar o coronavírus, mas é claro que pode ter um risco. Eu fiquei muito tempo no isolamento, acredito que podemos aproveitar este momento, mas se prevenindo e evitando aglomeração”, relatou.

Antônio da Silva Costa, de 57 anos, proprietário de uma barraca no local diz que nunca viu uma crise parecida e disse que só não passou este período com fome graças a pequena aposentadoria que recebe, devido ter a doença de mal de Parkinson que o deixou impossibilitado de trabalhar ativamente. “O movimento está devagar, tive muito prejuízo e três meses sem vender nada. Tenho esse ponto há 50 anos e nunca passei por algo parecido, essa é a primeira vez. A gente não fecha, mas vai ter muito barraqueiro que vai porque é um prejuízo muito grande”, afirmou.

TRIAGEM

Logo na entrada da cidade uma barreira sanitária foi montada para abordagem de veículos. A entrada é apenas liberada para quem possui residência no município, após ter a temperatura do corpo medida e perguntada se teve algum sintoma característico no novo coronavírus. Alguns moradores elogiam a ação como uma forma de evitar a propagação da doença na cidade, já outros veem com certo receio e medo de que a economia da cidade seja afetada negativamente com a proximidade do mês de julho. O soldador e morador da cidade, Luís Fernando é favorável a medida. “Eu acho uma coisa muito importante porque tem que ter um controle das pessoas que podem estar com coronavírus ou não. Isso protege os moradores de Salinas e até mesmo quem tem casa aqui e, com o verão chegando, os casos podem aumentar”, disse.

 A entrada foi apenas liberada para quem possui residência no município
📷 A entrada foi apenas liberada para quem possui residência no município |Wagner Santana

José Carlos Barros, proprietário de restaurante estima um prejuízo estimado em cerca de 250 mil reais por causa do isolamento. José diz que foi obrigado a suspender contratos de trabalho e mudar a forma de gerenciar o próprio negócio. “Foram 72 dias parados, sem vender uma água. A cidade fechou para valer e, só agora, em junho, que estamos voltando depois que deixaram os donos das casas entrarem e esperamos melhora nas vendas”, declarou. “Fizemos uma reunião com prefeito e apresentamos um protocolo de segurança a saúde aos clientes e colaboradores. O mais importante é um melhor comportamento das pessoas que tem ido à cidade, que deve ser definitivo” completou.

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